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O vinho «Fundanus Prestige 2008» da Adega Cooperativa do Fundão conquistou a medalha de Ouro na XIII edição do Concurso Mundial de Vinhos «Wine Masters Challenge 2011» que se realiza anualmente no Hotel Palácio do Estoril. A edição deste ano teve a concurso 5103 vinhos produzidos em 55 países.

Adega Cooperativa Fundão - Fundanus Prestige 2008

O vinho «Fundanus Prestige 2008» da Adega Cooperativa do Fundão foi premiado com a medalha de Ouro no Concurso Mundial de Vinhos «Wine Masters Challenge 2011» tendo sido o único vinho da Beira Interior a ser medalhado com o mais alto galardão neste prestigiado Concurso Internacional.
Entre os portugueses a concurso apenas mais 12 vinhos nacionais acompanharam este excepcional vinho no mais prestigiado Concurso Internacional de Vinhos de Portugal que se realiza anualmente no Hotel Palácio do Estoril e onde foram apresentados a competição 5103 vinhos provenientes de 55 países.
Os vinhos foram testados por mais de 600 enólogos que comprovaram a excelência dos vinhos da Adega do Fundão. A adega da Beira Serra contribuiu decisivamente para o 14.º lugar a nível mundial da Região Vitivinícola da Beira Interior à frente de conceituadas regiões portuguesas como a Península de Setúbal.
Em 2010 o vinho «Fundanus Prestige», colheita de 2005, foi considerado por Marcelo Coppelo, um dos mais reputados enólogos brasileiros, como uma das nove melhores compras de vinhos portugueses no Brasil, conquistou, igualmente a medalha de ouro no Wine Masters Challenge e foi incluído na lista dos 50 melhores vinhos de Portugal.
A Adega Cooperativa do Fundão vai estar presente, em prova, com diversos vinhos de excelência nos dias 26, 27 e 28 de Abril na Expovinis em São Paulo e no dia 29, também em prova, em Belo Horizonte no Brasil.

:: Ficha Técnica do Fundanus Prestige 2008 ::
Este vinho é composto pelas castas Aragonês e Jaen provenientes de vinhas de solos graníticos, a sul da Serra da Gardunha. As vinhas são bafejadas por um Sol intenso, desde Junho até Setembro, mês em que a vindima é efectuada, ao clarear da manhã.
Magnífica cor, de boa concentração, transmitindo aromas a frutos silvestres, caramelo e tabaco. Na boca é macio, denso, com bom equilíbrio entre o seu corpo e os taninos, terminando com boa persistência.
Este vinho identifica o interior beirão pela sua robustez (álcool), personalidade (corpo) e hospitalidade (recordação que deixa depois de ser bebido).
Vinificado através de uma selecção de vinhas D.O.C. a sul da Gardunha. Tem na sua composição 60% de Aragonez e 40% de Jaen. Curtimenta prolongada com temperatura de fermentação a 28ºC. Estagiou em barricas novas de carvalho durante um ano e, posteriormente, em garrafa também durante um ano.
Colheita: 2005 | Classificação: DOC Beira Interior.
Tipo: Tinto | Castas: Aragonês e Jaen.
Tipo de solo: Graníticos, na sua maioria.
Produção: 30 000 garrafas.
Análise laboratorial: teor alcoólico – 20º (vol. %): 14; açúcares totais (g/dm3): menos de 4g/Lt; acidez total (g/dm3): 5,5; acidez volátil (g/dm3): 0,6; sulfuroso total (mg/ dm3): 90.
jcl

A adega particular é um espaço de convivência que se vai mantendo desde épocas remotas na generalidade das aldeias, ainda que os tempos a isso já não sejam propícios. A situação prevalece muito especialmente nos povoados que se inserem em regiões vinícolas, onde a vinha se mantém como cultura de apreciado rendimento.

Ao invés, há terras em que a vinha feneceu, transformando-se em matagal. Isso mesmo aconteceu nas terras raianas do concelho do Sabugal, onde antigamente todo o proprietário zeloso tinha a sua vinha, que tratava com o devido primor. Sem subsídios de ajuda à reconversão, nas zonas quedadas fora da orla de terrenos demarcados para a produção de vinho, deixaram apodrecer os pipos, dornas, prensas e demais instrumentos da feitura da pinga, ficando os lagares ao abandono ou transformados em arrecadações. Mas ainda há quem resista à pressão dos novos tempos.
Na adega, junto aos pipos e cubas pejados de vinho, o anfitrião recebia os convidados de sorriso rasgado, enxaguava numa tina o pichorro de barro ou de latão, volteava a torneira de madeira e enchia o recipiente, que depois cada um bebia de golpe e devolvia ao adegueiro que repetia o ritual até que a pinga chegasse a todos.
Se a carava era para durar, os amigos apenas sairiam após enjorcarem meia dúzia de canecos, arrancando depois dali para as demais adegas, porque todos, sucessivamente, queriam mostrar franqueza. Era ocasião para se contarem proezas e facécias, largar-se veredicto sobre a qualidade dos vinhos ou até para aprazar lautas patuscadas.
Os bebedores deambulavam pela aldeia, às noites ou nas tardes dos dias de guarda, numa roda-viva animada. Maior demora era onde o anfitrião decidia complementar a pinga com a oferta de uma mastiga. Podiam ser nozes e amêndoas que se escarcham a martelo. Outras vezes apresentavam-se azeitonas e tremoços (os chochos). Os mais francos traziam chouriças, que partiam às rodelas, ou um naco de presunto, que uma navalha afiada ia cortando em lascas finas.
Contudo, um dos mais apreciados petiscos das adegas era o pimento curtido. O dono da casa lançava a mão a uma malga e mergulhava uma gadanha na tina ou pote de barro onde os pimentos estavam envolvidos em vinagre. A tigela, encimada de pimentos carnudos, era abrangida aos convivas que, num credo, os rasgavam em pedaços e comiam com gosto. Ao lado estava sempre o corcho do sal, de onde alguns retiravam umas pedrinhas que esborralhavam sobre a tira de pimento, para lhe conferir melhor paladar. E ali se passavam momentos especiais, saboreando o precioso néctar que saía da cuba ou da barrica.
Este tipo de convívio já é raro nas nossas aldeias, que, progressivamente, vão ficando carentes de gente e dos bons produtos da lavoura de outrora.

Sabemos que a iniciativa «Rota das Adegas», realizada no sábado, dia 4 de Dezembro, em Ruivós, foi um sucesso. Isso demonstra bem que há tradições que merece a pena preservar, como a de produzir em cada ano alguns almudes de bom vinho «graminês», nem que seja para beber com os amigos nos dias de festa.
Paulo Leitão Batista

O povo da raia sabugalense designava por «graminês» o vinho de produção local, ou seja, o chamado vinho do lavrador, colhido na vinha, fermentado no lagar e guardado na adega.

«No fim de cada eirada tinham direito a um copo de graminês», escreveu Manuel Leal Freire, no livro Ribacoa em Contraluz, quando descrevia as malhas que antigamente juntavam dezenas de homens de manguais em punho, sovando o cereal sob o calor tórrido de Julho.
O termo não é porém exclusivo do concelho do Sabugal, sendo antes uma expressão do léxico regional, pois já em 1912 o recolhera A. Gomes Ferreira, colocando-o no seu Vocabulário da Guarda com a significação: «vinho fresco para uso da casa».
Ora tem-se falado por aí do vinho graminês, que aliás na semana passada foi rei na Rebolosa, onde regou a goela dos que foram feirar à Santa Catarina e tirar a licença para matar o marrano.
No próximo sábado, dia 4 de Dezembro, o vinho graminês voltará a ser rei em Ruivós, onde restam vários produtores locais que mantêm viva a tradição do trato das vinhas e da consequente produção de vinho. A «Rota das Adegas» levará os convivas, de cacharro de alumínio ao pescoço, a correr as lojas da aldeia onde o graminês jorrará dos pipos e das cubas.
Nos dias de hoje tratar uma vinha é já coisa rara, própria de quem não desiste de defender a tradição. Mas noutro tempo todos cuidavam as videiras com esmero, e vindimavam-nas nos primeiros dias de Outubro, numa jornada de trabalho comunal. Os «gachos» eram transportados em cestos de vime para a dorna assente no chedeiro do carro das vacas. Dali iam para o lagar, onde eram pisados e depois sucessivamente remexidos até fermentar. Já bem fervido o vinho era separado do engaço e transferido para as pipas, onde continuava a fermentação. O engaço era ainda espremido pela prensa, numa operação chamada o «pé», pela qual se aproveitava todo o néctar.
Em dia de são Martinho ia-se à adega de «pichel», ou «pichorro», em punho para se retirar o primeiro briol da pipa. Era a prova, para a qual era uso convidar os amigos. «Tomas uma pinga?», perguntava-se aos que passavam, mostrando-se a devida franqueza.
Depois de «desbobrar» (assentar e aclarar), o vinho estava pronto a ser consumido em barda. Porém, chegada a primavera, submetia-se a uma operação delicada, que era obra de quem sabia: a «estrafega». Tratava-se de transferir o vinho de uma pipa para outra, livrando-o da «borra», ou «sarro».
Com os calores do verão o vinho «desvanecia», perdendo o vigor e avinagrando. Mas o ciclo estava prestes a recomeçar pois as uvas já «pintavam» e a nova vindima era próxima.
O vinho dessedentava e dava força, mas também tinha, se consumido em excesso, consequências nefastas para a saúde individual e para a vida social.
Era também usado na produção alimentícia, desde logo na confecção da «migada», que era uma sopa de pão centeio amolecido com vinho. No verão era a alegria do lavrador e do cavador e até as mulheres se consolavam com o famoso gaspacho, onde se misturava com pão e água fresca para matar a sede. No tempo das malhas era uso começar o dia bebendo uma «gemada», que era um batido feito com vinho, água, ovos e açúcar, tido por bebida revigorante.
O jovem apenas saia à rua da sua aldeia quando pagasse o vinho à confraria dos solteiros, numa espécie de provação ou ritual iniciático a que tinha que se sujeitar. Só aí adquiria o estatuto de «solteiro», o que levava a família dizer com orgulho: «O nosso Zé já é rapaz solteiro». Então, sim, pago o graminês aos amigos, o novo rapaz solteiro já podia circular pelas ruas até altas horas da noite, entrar nos serões, participar nas rusgas e nas romagens nocturnas às aldeias vizinhas.
Quando se fazia um negócio, lá vinha o «albroque», em que os protagonistas e as testemunhas molhavam a goela na adega mais próxima. O mesmo sucedia na «molhadura», que era o acto de beber graminês à conta de quem exibia fato novo. E ainda havia a «patenta», que era o tributo em graminês daquele que ia namorar em terra alheia.
O graminês era pois o vinho bom que se produzia no lagar e que contrastava com o que vinho da taberna, vindo muitas vezes de longe. Ao vinho reles davam-se por sua vez outros nomes, como zurpa, zurrapa ou morraça, querendo contrapô-lo com o bom graminês que estava em cada adega.
Paulo Leitão Batista

JOAQUIM SAPINHO

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