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O Judo Clube de Barcelos organizou, junto com o Clube de Judo do Porto um estágio Internacional com um dos melhores atletas de sempre da modalidade, o Holandês Mark Huizinga, campeão olímpico e quatro vezes campeão da Europa.
O evento teve lugar no Pavilhão Municipal da Maia, entre Sexta-feira 26 e Domingo 28 de Outubro. Participaram perto dos 100 atletas, onde se incluíam treinadores e atletas de competição, oriundos de todas a partes do país, desde o Algarve até Valença, Ilhas e ainda atletas da Galiza (Espanha).
Este antigo atleta é uma lenda do Judo Internacional, sendo portador de um curriculum invejável. Conquistou vários títulos Internacionais, sendo os mais marcantes medalha de ouro nos Jogos Olímpicos e duas medalhas de Bronze Olímpicas. Como técnico, tem vindo a aparecer agora em diferentes cargos, desde da sua retirada como atleta.
Esta marca a sua primeira vinda a Portugal, como orientador de um estágio que trousse grande proveito aos seus participantes, tirando partido dos conhecimentos do técnico Holandês para aprender novas situações e formas de melhorar o aspeto competitivo. Houve ainda no Sábado uma conferência aberta com o Mark Huizinga, permitindo uma maior interação entre os atletas e o holandês, conhecer o percurso do campeão e os momentos marcantes da sua carreira, podendo em alguns casos serem exemplos a seguir para os competidores.
A secção de judo do Sporting Clube do Sabugal esteve presente com três elementos, o treinador David Carreira e os judocas Carla Vaz, já uma referência do judo distrital e Emanuel Martins, uma jovem promessa a ter em conta para os próximos anos, com muita vontade de evoluir na modalidade.
djmc
No próximo dia 18 de Novembro os estudantes finalistas realizam uma caminhada que irá do Sabugal às Teixedas e regresso.
O ponto de partida é a Escola Secundária do Sabugal, às 08:30 horas. A chegada da caminhada, depois do percurso de ida e volta às Teixedas, está prevista para as 13 horas no local da partida.
Pelas 16 horas está ainda prevista a realização de um magusto, o qual terá animação garantida.
As inscrições serão aceites até ao dia 15 de Novembro em diferentes locais: Retrosaria Elisabete, Bar da Central de Autocarros, Escola Secundária do Sabugal, Osiris Bar, Bar Azul (Soito), Bar das Piscinas Municipais. O preço da inscrição inclui pequeno-almoço e almoço!
Para qualquer dúvida ou necessidade de ajuda na inscrição os finalistas disponibilizam o seguinte telefone: 969556524.
plb
Realizou-se nos passados dias 3 e 4 na Póvoa de Varzim, um Treino Nacional para os Karatecas da Seleção Nacional da Federação Nacional Karate – Portugal, onde Rita Morgado da AEKS esteve presente acompanhada da treinadora Carla Jerónimo.
Também nos mesmos dias Rui, José e Rosa Jerónimo estiveram presentes num Estágio Nacional de Formação que se realizou em Lisboa, sob a orientação de um mestre japonês Tatsuya Naka (7º Dan), que entre uma vasta formação académica e títulos desportivos, foi também ator principal em dois filmes, e tem já um terceiro agendado em Hollywood com rodagem para breve.
No sábado dia 3 na cidade de Pombal, realizou-se também um Treino Regional da FNKP, orientado pelo selecionador regional da Federação (Sensei Rui Diz), onde estiveram presentes três Karatecas da PKKS, Iara Silva (AEKS), Ana Isa Cardoso e Diogo Rafael (KST). A acompanhar os atletas esteve o treinador Eduardo Rafael.
Rui Jerónimo (Presidente do PKKS)
Há mais de meio século, que milhentas vezes fazia uma pergunta a mim próprio: onde estará a minha Professora Primária, ainda está na companhia dos vivos? Tinha umas pistas e havia necessidade de investigar, fazer prospeção e tentar a sua localização.
A última vez que tinha estado com ela, foi quando fiz exame da 4ª classe no Sabugal. Nos dias antecedentes, ainda tivéramos aulas na varanda da casa dos seus pais, numa quinta nos arredores daquela vila. Ao fim de algumas diligências, consegui localizá-la através de sua irmã Professora Joaquina Marques, residente no Sabugal, mas foram necessários diversos telefonemas, para que este aluno falasse com a sua professora. Quando o consegui fui invadido por uma emoção, por uma alegria, por uma felicidade, conversar com aquela que me abriu os caminhos do futuro, que me rasgou os horizontes da cultura e da arte. A minha Professora Primária, chama-se Otília d’Ascensão Marque Gonçalves, é natural de Águas Belas e filha de Joaquim Marques e de Alzira Pires Lages. Os pais eram proprietários de duas quintas, a Quinta Mateia e a Quinta Nova, junto à estrada nacional que liga o Sabugal à Guarda. O seu pai é de Águas Belas e a sua mãe, natural de Carvalhal Meão, e sobrinha do Padre Diamantino Lages, que durante muitos anos foi Pároco de Pega e Carvalhal Meão.
É originária de uma família muito respeitada, muito trabalhadora, organizada e amiga, solidária com todos os trabalhadores e com quem convivia. É a filha mais velha de cinco irmãos, três rapazes e duas raparigas. Todos estudaram e atingiram cargos superiores, na vida militar, no ensino e na engenharia.
Frequentou o Liceu na Guarda e quando terminou estes estudos, já funcionava a Escola do Magistério, formou-se como Professora Primária, em 19 de Agosto de 1952.
Em Outubro desse ano foi colocada na Escola Primária Feminina da Bismula – Sabugal-, como Professora do Quadro de Agregados. Iniciou na Bismula um longo e gratificante caminho de ensino. Seguiu-se a Escola de Penaverde – Aguiar da Beira. Em 1954 voltou novamente à Bismula, como Professora do Quadro Geral. Seguiu-se Vale de la Mula – Almeida-, e o Soito – Concelho do Sabugal. Voltou a fazer a “ terceira comissão“ e última na Bismula. Seguiu-se a Escola Primária de Alfaiates no Sabugal, Vila da Feira em Aveiro, Ota, Póvoa de Santa Iria, Vila Franca de Xira e Escola Secundária de Alenquer e Carregado.
Em 1973 tinha habilitações académicas para dar aulas na Escola Preparatória de Alenquer como Professora de História e Português. Continuou a estudar, frequentou a Universidade de Letras de Lisboa e fez a licenciatura em História, com grande sacrifício familiar. Eram as aulas, eram os filhos, eram os estudos. “Não foi fácil alcançar os meus objetivos, mas consegui com trabalho e esforço.”
Em Junho de 1993, com quarenta anos de ensino primário, preparatório e secundário, pediu a aposentação, por força da lei, terminando uma importante e brilhante carreira docente em Alenquer.
Teve um percurso frutuoso e maravilhoso na educação de milhares de jovens, onde me incluo com muita gratidão.
Na Bismula formou muitos jovens, aí alicerçou muitos homens e mulheres. Passou tempos felizes na primeira escola onde exerceu. «É sempre a primeira escola da minha vida profissional, o começo de uma vida a sério, de uma vida com responsabilidade, tanto para comigo própria, como para as crianças que eu ia ensinar e tentar abrir portas para a vida. Tive a sorte de encontra uma santa de uma senhora, a Senhora Antoninha Polónia, e a Família Vaz, que me ajudaram a ver a vida e o futuro. Esperava-me sempre com olhos de esperança e de confiança. Bons tempos!»
«Só havia uma pequena dificuldade: ir a pé ou a cavalo, da Bismula até à Nave e apanhar o transporte rodoviário da Viúva Monteiro para o Sabugal. Eram outros tempos… não havia estradas, havia caminhos onde mal se podia passar.»
A profissão de Professora é das mais importantes para mim, das mais importantes para a sociedade. É o seu pilar. São estes profissionais do ensino, sucessivamente vilipendiados pelos últimos governos, que ensinam com muita competência, responsabilidade, disciplina e missão, sem olharem a horários ou honorários extras, muitas vezes colocados em situações e locais difíceis, sem direito à mais pequena reivindicação.
Diz a minha Querida Professora Primária: «acho que fui sempre uma Professora que, ao exigir disciplina nas aulas, levava os alunos a desejarem aprender e a obter muitos bons resultados nos finais de cada ano escolar. A melhor prova foi que nenhum aluno da Bismula, levado a exame, reprovou.»
Nos arredores de Lisboa, viúva, chorando a partida de alguns familiares, com doenças irreversíveis, com a sua saúde precária, mas com a força, lucidez e ânimo, na companhia de dois filhos, respetivas noras e quatro netos. Minha Querida Professora Primária, um abraço de gratidão do tamanho do mundo, do seu aluno,
António Alves Fernandes – Aldeia de Joanes
António Alves Fernandes – Aldeia de Joanes
Nos meus passeios pelo Côa, vêm-me à memória episódios da minha adolescência. Um deles, inesquecível, foi a travessia do Pego (zona do rio Côa junto à cidade) a pé! Sim a pé, era um dia de Inverno, um dia gelado, o rio estava transformado numa estrada de gelo. Então eu, o João Leitão e o João Carriço, temerariamente atravessamos de uma margem à outra.
E hoje querido leitor(a)? Presumo, oxalá me engane, que o Côa não voltará a gelar da mesma maneira, todos sabemos porquê, cada vez se acentua mais o Aquecimento Global. Ninguém pode ignorar que uma catástrofe ecológica ameaça o nosso Planeta, a Mãe Terra está ferida e o futuro da Humanidade está em perigo. Quem feriu a Mãe Terra? Um sistema económico cuja lógica se baseia na concorrência entre empresas nesta economia mundializada e, no progresso e crescimento ilimitados. Este sistema de produção e consumo procura a ganância ilimitada, conseguiu com isto fazer a separação entre o homem e a natureza, entre o homem e a Mãe Terra. Esta, a Mãe Terra, é um ser vivo com a qual temos uma relação interdependente e também espiritual (quantos de vós queridos leitores[as] da Diáspora vos lembrais das vossas aldeias, dos vossos campos, dos vossos rios e ribeiros, e até dos animais que povoam as vossas terras), mas o homem tudo transformou numa mercadoria: a água, a biodiversidade, a vida, e até a morte. A desflorestação dos bosques é um autêntico atentado à natureza, só a Amazónia perde por ano uma superfície de perto de seis mil quilómetros quadrados de arvoredo, na África e na Ásia acontece o mesmo. A agricultura industrial envenena com pesticidas os campos agrícolas, estes pesticidas que são produtos tóxicos, estão incorporados na cadeia alimentar, o que comemos está envenenado, o aumento de casos de cancro é uma consequência disto. Há países na Europa cuja contaminação provocada pelas actividades industriais e agrícolas (agricultura industrial) afecta 80% dos seus rios e 50% das suas capas freáticas. Num outro, uma empresa siderúrgica, das maiores da Europa, contamina o Mar Mediterrâneo com toneladas de produtos tóxicos, calcula-se que entre 2007 e 2012, 10.000 pessoas morreram por doenças que tiveram origem nessas emissões tóxicas. Em Portugal, as agressões ambientais matam bastantes portugueses por ano.
A degradação do meio ambiente e a mudança climática atingem presentemente niveis críticos e são uma das principais causas das migrações internas e também externas, na África e na Ásia. Segundo algumas projecções, em 1995 havia aproximadamente 25 milhões de migrantes climáticos, presentemente são 50 milhões, e prevê-se que para o ano de 2050 sejam entre 200 e 1000 milhões de pessoas deslocadas por causas da mudança climática.
A Humanidade está num dilema: ou continuamos com a contaminação, a devastação e a morte, ou entramos no caminho da harmonia e de respeito com a natureza e com a vida. Não há meio-termo.
Querido leitor(a), não tenho saudades do passado, ninguém tem saudades do passado, do passado têm-se boas ou más recordações, tenho saudades de um futuro diferente, de um futuro melhor, de ver a Mãe Terra sarada, mas já não verei, sabe porquê ? Porque para estabilizar o sistema climático é preciso reduzir para metade as emissões de CO2 nos próximos 40 anos!
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
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