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O vice-reitor da Universidade da Beira Interior, Victor Cavaleiro, pode vir a ser o candidato do CDS ao Município do Sabugal.
Victor Cavaleiro parece estar disponível para liderar uma candidatura do CDS à Câmara Municipal do Sabugal nas eleições autárquicas de Outubro de 2013.
Capeia Arraiana apurou que o professor universitário, já terá conversado com o presidente da Câmara, António Robalo, sondando-o acerca de uma eventual coligação PSD/CDS. Não há ainda resposta para essa eventualidade, mas se não houver acordo Victor Cavaleiro parece estar disposto a avançar pelo CDS.
Doutor em Engenharia Civil e mestre em Geologia Aplicada, Victor Manuel Pissarra Cavaleiro, de 58 anos, é natural de Pousafoles do Bispo, concelho do Sabugal. É o actual Vice-Reitor da UBI e director do Centro de Formação e Interacção daquela Universidade, sendo ainda docente do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura.
Nas eleições de 2009 o CDS apresentou a sufrágio Ana Isabel Charters, de Sortelha, obtendo apenas 212 votos, que corresponderam a 2,18% do total.
plb
O Capeia Arraiana está em condições de avançar esta sexta-feira, 2 de Novembro, que a Comissão Política do Partido Socialista do Sabugal aprovou o nome de António José Vaz para cabeça de lista nas eleições à Câmara Municipal que estão previstas para Outubro de 2013.
O Capeia Arraiana soube de fonte segura que a escolha de António José Vaz como cabeça de lista às eleições autárquicas de 2013 da estrutura concelhia do Partido Socialista (PS) aconteceu no sábado, 27 de Outubro, tendo sido já comunicada à distrital da Guarda, para ser ratificada pelos órgãos do partido.
António José Gonçalves dos Santos Vaz é actualmente director do Departamento Administrativo e Financeiro do Município de Tábua, onde exerce funções desde há alguns anos, depois de ter passado igualmente pelo Município do Sabugal, onde colaborou como técnico superior.
O eleito pela estrutura local do PS para candidato a presidente da Câmara Municipal do Sabugal foi deputado da Assembleia Municipal, entre 2005 e 2009, eleito nas listas socialistas na altura em que o candidato à Câmara foi José Freire, que perdeu para Manuel Rito, eleito pelo PSD.
António José Vaz, que tem 46 anos, nasceu no Sabugal, onde cresceu e frequentou os diferentes graus de ensino até ir estudar para Coimbra, em cuja Universidade se licenciou em Economia.
Nos termos do regulamente interno do PS para a escolha dos cabeças de lista candidatos às câmaras municipais, sendo aprovado e apresentado apenas um nome – o que terá sido, ainda de acordo com fonte segura, o caso no Sabugal – não necessita de ir a sufrágio dos militantes, pelo que o nome de António José Vaz já é dado como certo na candidatura socialista às próximas autárquicas.
Recordamos que nas eleições de 2009 o PS apresentou como candidato António Dionísio, que obteve 3.499 votos, correspondentes a 36% dos sufrágios. António Dionísio ficou a escassos 285 votos do candidato do PSD, António Robalo, que obteve a presidência do Município ainda que sem maioria absoluta.
Em declarações ao Capeia Arraiana o presidente da Concelhia do Sabugal, Nuno Teixeira, esclareceu que «o nome do candidato será confirmado depois da assembleia geral de militantes que ainda não tem data marcada».
jcl
No passado fim de semana, realizaram-se as Jornadas Parlamentares conjuntas do PSD e do CDS-PP. Sendo um acto normal da nossa democracia, as televisões mostraram umas jornadas em que os ministros foram desfilar e onde cada ministro desfiou a sua actividade enquanto ministro.
A minha análise destas jornadas e de todas é que, em vez de se ouvir e de se discutir a actividade parlamentar, acertar estratégias e modos de intervenção política comum, elas serviram para que os ministros se mostrassem e justificassem a sua actividade. Falo destas jornadas, sabendo que as outras são a mesma coisa. É uma espécie de folclore da nossa política. Contudo estas, as da maioria, acontecem depois de mais uma desavença no governo e na maioria. Depois de ser criada uma comissão (especialidade cá do burgo) para acompanhar a coligação. Desta feita, foi uma espécie de declaração de amor, tipo as bodas de prata, ouro ou diamante de um casamento. As jornadas parlamentares desta maioria não discutiu o Orçamento de Estado que ia ser apresentado dois depois, nem acrescentou nada à política desastrada deste governo. Foram um desperdício de tempo e de dinheiro. Dinheiro este que vem do estado e, portanto, de todos nós. Era fundamental que, na actual crise que se vive, houvesse a coragem e o bom senso de terminar com o financiamento dos partidos através de dinheiros públicos. Um partido é uma instituição privada, não deve receber dinheiros públicos. Seria uma medida em que, para além de cortar despesa, era, também, uma medida higiénica politicamente. Dir-me-ão que a democracia vive dos partidos. Sem dúvida. Mas a democracia exige que os participantes nela não sejam os seus «chulos». Assim, quer os partidos, quer as pessoas, devem entender que a participação política e pública é uma actividade que se reveste de dever, direito, e da liberdade de escolha, no sentido de ser uma opção de cada um. Acontece que os partidos e as pessoas que se envolvem na política fazem-no para proveito próprio, desvirtuando a res publicae. Desta forma se vendem os princípios, a ideologia, a moral, a personalidade. Transformando a democracia numa amálgama de interesses obscuros e perniciosos. Contribuindo para a descrença na política e, principalmente, nos políticos.
O debate do Orçamento de Estado é a prova da opaca nuvem que move o parlamento. Por um lado, a ingenuidade do governo ou a sua manifesta má fé, na apresentação do seu modelo económico. Apresentando uma lei de orçamento e, ao mesmo tempo, apresentando desde já um plano B. Declarando, logo ali, que o orçamento que apresenta não vai ser cumprido. Por outro, a discussão do orçamento foi passada no enredo da “refundação”. Conceito que o sr. Primeiro Ministro trouxe para a ribalta nas jornadas parlamentares. A refundação do memorando, não é revê-lo, é refundar. Na refundação do estado. Não é acabar comas funções do estado, não é acabar com as suas funções, é… As reticências são propositadas. Não sei o que é refundar o estado. O sr. Primeiro Ministro não explicou. É acabar com as funções sociais? Reduzi-lo à mera recolha de impostos? As perguntas são mais que muitas. As respostas foram e são nulas. Aliás, uma verdadeira especialidade deste governo! E o debate lá foi prosseguindo, até terminar com uma intervenção final do sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros. E esta intervenção, em vez de falar do orçamento, das suas virtudes (o que se esperava de um ministro e do líder de um dos partidos da coligação governamental), não, vem falar da Europa! Como que querendo fazer de conta que não se estava a discutir um orçamento que assalta quem trabalha, que estrangula a economia, que propõe a miséria a milhares de pessoas, que ostraciza a sua população, deteriora os cuidados de saúde e de educação… mas que mantém os privilégios de classe aos magistrados, não corta nas mordomias dos estado, melhor, de quem o representa, não arrepia caminho quanto às privatizações ao desbarato e com muitas dúvidas nos processos negociais (vejam o caso BIC, foi vendido com desconto de 60% aos angolanos e ao seu testa de ferro, Mira Amaral), privilegiando amigos, não reduz e não corta no que é acessório (é possível a Assembleia da República ter um orçamento de 100 milhões de euros?!) e não cumprindo com o que efectivamente a troika dizia. Sabemos que este governo foi sempre muito mais longe do que aquilo que era exigido pelo memorando. O mesmo que tem sido usado pelo governo como pedra de arremesso. O problema tem sido a incompetência do governo. Alguém acredita nas contas do governo? Não. Depois de um ano em que todas, repito, todas, as contas do governo saíram erradas, ninguém acredita. Nem eles! E por isso o plano B. E o que é o Plano B? è um plano que tem como único objectivo um assalto anunciado aos bolsos dos funcionários públicos e aos trabalhadores. Aliás, e, também, a única actividade desenvolvida por este governo e, pelos vistos, a única ideia saída da brilhantíssima cabeça do génio Gaspar! Contudo, parece-me que este país, infelizmente, é meramente um plano B. Até no slogan mais ouvido pelas ruas é o B de «Basta».
«A Quinta Quina», crónica de Fernando Lopes
fernandolopus@gmail.com
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