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Os habitantes de Ruivós recriaram a Paixão e Morte de Jesus, na Sexta-feira Santa, pelas ruas da paróquia. Às nove e meia da noite reuniram-se, junto ao Cemitério de Ruivós, largas dezenas de pessoas para assistir à recriação do momento mais significativo da fé dos cristãos.
O cenário era verdadeiramente bucólico. A noite tornou-se amena, deixando brilhar a lua cheia. Nas ruas havia apenas luz de candeias, tochas e fogueiras. Os personagens estavam vestidos a rigor, com roupas da época. Dos 5 aos 80 anos, todos os actores deram um fulgor especial à vivência das últimas horas da vida terrena de Jesus.
No papel de Jesus Cristo esteve João Reis, do Grupo de Teatro «Guardiões da Lua», que arrancou os mais sinceros elogios por parte dos espectadores. Os restantes 81 personagens eram maioritariamente habitantes de Ruivós, contando-se também alguns paroquianos de Ruvina, Vale das Éguas e Badamalos.
O texto da peça de teatro, com 5 actos e 10 cenas, foi uma adaptação da paixão de São João, com algumas aportações de outros evangelistas.
O primeiro acto começou no Largo do Cemitério, com Jesus a enviar dois dos seus discípulos a preparar a Ceia Pascal. Já dentro da Capela de São Paulo, os presentes assistiram a duas ceias pascais: a primeira de uma família moderna, a segunda a evocar a última Ceia de Jesus.
No segundo acto, no Horto das Oliveiras, assistiu-se à oração de Jesus e à sua prisão, levada a cabo pelos príncipes dos Sacerdotes, pelos anciãos do Templo e pelos soldados judaicos e romanos.
O terceiro acto teve lugar no Largo da Fonte, junto das casas de Anás e Caifás, onde Pedro negou conhecer o seu mestre.
Já no Largo da Igreja estava instalado o Sinédrio e a Casa de Pilatos. O quarto acto foi muito participativo, tendo a multidão acusado veementemente Jesus e pedido a Pilatos a sua morte.
A caminho do Calvário, apareceu Verónica, Simão de Cirene, Maria de Nazaré e as mulheres de Jerusalém.
No quinto acto atingiu-se o clímax da peça. Jesus foi despido das suas vestes e cruxificado. Já na cruz, ouviram-se as célebres últimas “sete palavras” de Jesus antes de morrer. No momento em que Jesus morreu brilhou no céu um relâmpago e ouviu-se um forte trovão.
Todo o percurso foi feito em silêncio religioso. No final o sentimento comum era de emoção e preenchimento espiritual.
O pároco, responsável pela encenação, fez um agradecimento a todos os que colaboraram e contribuíram para que esta actividade fosse possível, agradeceu a presença de tão numerosa assembleia e desejou a todos uma boa Páscoa.
Organizaram esta peça de teatro a paróquia e a junta de freguesia de Ruivós. Apoiaram esta actividade as «Confecções Torre», a Câmara Municipal do Sabugal, a Sabugal+ E.M. e a paróquia de Aldeia da Ponte. Colaboraram na organização uma dezena de costureiras e mais de uma dezena de pessoas na montagem e apoio técnico.
Padre Hélder Lopes
Excelente iniciativa e excelente direcção de «actores». Os nossos parabéns ao Padre Hélder pelo dinamismo que tem colocado na sua pastoral.
jcl
O Centro Cívico Nascente do Côa, nos Fóios, concelho do Sabugal, vai ter patente ao público a exposição «Côa: Reinventar a Arte da Nascente à Foz», que espelha as formas do rio e da arte primitiva que existe ao longo do seu curso.
A mostra vai ser inaugurada a 18 de Abril, Dia Internacional dos Monumentos, pelas 15 horas, no espaço «Portas do Côa», do Centro Cívico.
A iniciativa surgiu da junção de vontades entre a Câmara Municipal do Sabugal e a Fundação Côa Parque (Parque Arqueológico / Museu do Côa), e deveu-se ao papel catalisador da Junta de Freguesia dos Fóios, a terra onde o Côa nasce.
Para e realização da exposição adaptou-se uma sala, no Centro Cívico Nascente do Côa, que passou a designar-se sala «Portas do Côa». Serão ali apresentadas ao visitante, através de um percurso, as várias formas de arte que proliferam nas margens do Rio Côa – da arte património mundial da foz à arte local do Alto Côa – onde se destaca a Estela da Idade do Bronze dos Fóios.
Os conteúdos da exposição serão iminentemente gráficos, aplicados sobre o invólucro do espaço expositivo, com o complemento audiovisual de uma zona de projecção.
A Exposição «Côa: Reinventar a Arte da Nascente à Foz» resulta da estratégia da Câmara Municipal do Sabugal na promoção dos territórios e do desenvolvimento do turismo, numa perspectiva sustentável. O projecto integra a Estratégia de Eficiência Colectiva PROVERE «Turismo e Património do Vale do Côa», tendo sido candidatado ao Programa Operacional Regional do Centro.
plb (com CM Sabugal)
O governo está a estudar o encerramento de boa parte das Repartições da Autoridade Tributária e Aduaneira, nomeadamente em zonas do Interior, onde a dimensão dos serviços não justifica a sua existência. No Distrito da Guarda teme-se o encerramento de diversas repartições, podendo uma delas ser a do Sabugal.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) tem manifestado preocupação com os termos de um eventual projecto de encerramento de algumas repartições de Finanças, agora rebaptizadas de Repartições da Autoridade Tributária e Aduaneira, face à possibilidade da passagem de alguns trabalhadores para o quadro da mobilidade especial.
No Ministério das Finanças o assunto está a ser analisado com toda a reserva, mas fala-se estar em cima da mesa a possibilidade de fechar um terço das Repartições de Finanças que estão espalhadas pelo país, sendo que no distrito da Guarda apenas terão por certo escapar à extinção as repartições de maiores dimensões, que serão as da Guarda, Seia e Gouveia. Fala-se que outros cenários apontam para que a repartição do Sabugal se mantenha, mas isso é por ora uma incógnita, na medida em que nada de concreto se sabe acerca dos termos da reforma da máquina fiscal.
Entretanto o grupo Parlamentas do Partido «Os Verdes», que recebeu em audiência uma delegação do STI, anunciou que questionou formalmente o Governo acerca da real intenção de encerrar repartições da Autoridade Tributária e Aduaneira e, em caso afirmativo, quais as que tenciona encerrar. Perguntam ainda «Os Verdes» quantos trabalhadores irão ser afectados na sequência desses encerramentos e que estudos foram feitos sobre os impactos desta medida nas populações.
O projecto que estará ser preparado no Ministério das Finanças, baseia-se nas directrizes do PRACE (Programa de Reestruturação da Administração Central) e prevê medidas de concentrações de serviços, fusões das tesourarias com os serviços de cobrança das autarquias e da Segurança Social.
Porém o «encolher» do Fisco poderá começar nas estruturas de topo, reduzindo-se o número de direcções distritais, que se passarão a chamar-se direcções regionais, o que permitirá diminuir também o número de dirigentes.
plb
Falar de mafiosos e criminosos nos tempos que correm é uma banalidade, todos nós sabemos que esse tipo de gente existe e cada vez está mais espalhada pelo Mundo. É gente sem valor ético, moral e cívico nenhum, mas enchem páginas de jornais, alimentam telejornais e alguns são bem queridos nas nossas sociedades.
Se eu chegar ao banco e depositar mil euros «sujos», venda de droga, por exemplo, o funcionário bancário aceita-os com um sorriso, e eu fico cliente do banco. Mas se por acaso lá chegar com mil milhões de euros para depositar, mais tarde ou mais cedo serei dono do banco, já não um simples cliente. Por isso, os banqueiros estão a ficar amedrontados, sabem que muitos grupos criminosos estão a infiltrar-se na actividade bancária e financeira, lavando dinheiro da droga, das armas e da prostituição.
O euro é uma coisa positiva, mas tem dentro dele grandes riscos, riscos a nível de crime económico, não há regras nesta Europa para a circulação do dinheiro, está a tornar-se por isso numa gigantesca máquina de lavagem de dinheiro «sujo». Qualquer um pode ter milhões de euros «sujos» em Lisboa e ir depositá-los a Berlim, não há controlo, ninguém lhe pergunta nada, isto acontece muito e cada vez mais. Não há regras, as finanças estão «sujas» em qualquer parte da Europa. Sabe agora querido leitor(a) porque o Neoliberalismo, a ideologia da União Europeia, não quer regulamentar nem intervir nas questões financeiras?
Há países que começam agora a reagir, o caso da Suíça, há uns anos atrás, quando alguém abria uma conta num banco suíço, ninguém lhe perguntava nada, ficava com um número, e tudo corria bem, hoje já pedem uma série de dados.
Esta Mundialização tudo liberalizou, facilitou o contacto entre criminosos e mercados (grandes empresas multinacionais). A abertura das fronteiras aumentou os movimentos migratórios, os criminosos servem-se destas comunidades de emigrantes para traficarem, principalmente com droga e mulheres, de uns países para outros. Este crime mundializado está a desestabilizar os sistemas políticos e até a alterar o funcionamento das economias locais, das economias dos países. O que fazem os sacrossantos doutores da lei? Nada! O que faz a classe política corrompida? Nada! E o que acontece a uma classe política de homens e mulheres honrados que tentam acabar com este tipo de crime? É humilhada, vilipendiada, desacreditada e até ameaçada nos órgãos de comunicação social, porque estes vivem à custa da publicidade de muito criminoso.
Porquê tudo isto? A crise de 2008, cuja responsabilidade foi atribuída a fluxos financeiros que circulavam pelo Mundo sem controlo, continuam na mesma sem controlo e ainda nada se fez para pôr cobro a isto. Pessoalmente creio que esta situação irá ter um fim, porque o que está a acontecer é um fenómeno moderno, não eterno, ou seja, a economia domina neste momento a política. Aliás, isto é uma ideologia, a ideologia do crime económico que em nada difere da ideologia do crime político, as ditaduras.
E agora uma pequena anedota: numa operação STOP foi interceptado um camião com 2000 quilos de cocaína. O comandante da força militar diz a um subordinado: sargento, aplicamos um bom golpe a estes tipos, apanhamos 2000 quilos de cocaína de boa qualidade, informe a base que recuperamos 1.500 quilos. O sargento chama o cabo e diz-lhe: informa a base que recuperámos 1.000 quilos da cocaína. O cabo transmite para a base: informamos que a operação foi um êxito, recuperamos 500 quilos de cocaína.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
O Comando Territorial da Guarda da GNR informou que na semana passada efectuou detenções por posse de armas proibidas, tráfico de estupefacientes e por furto, e também por condução com excesso de álcool no sangue. Durante a Operação Páscoa verificaram-se 13 acidentes nas estradas do distrito.
No dia 6 de Abril, a GNR deteve um homem e uma mulher de 31 e 26 anos de idade, respectivamente, residentes em Seia, por crime de posse ilegal de armas e tráfico de estupefacientes. Os suspeitos já estavam a ser investigados há algum tempo, no âmbito de um Inquérito a correr termos naquele no Núcleo de Investigação Criminal de Gouveia, tendo sido efectuadas buscas domiciliárias à sua residência onde lhes foram apreendidas uma arma de caça de calibre 12, uma carabina com supressor de ruído e alça telescópica de calibre 22mm e 260 munições desse calibre e uma arma branca, designada como faca borboleta. Foram ainda apreendidos na mesma residência, quatro vasos contendo plantas de cannabis sativa, uma estufa improvisada, um sistema de rega automático, um sistema artesanal de iluminação para plantas, sementes de cannabis, fertilizantes e um moinho artesanal.
Na tarde de 2 de Abril, militares da GNR detiveram um indivíduo de 43 anos de idade, residente Foz Côa, também por crime de posse ilegal de armas. A detenção ocorreu após ameaças e injúrias a um elemento da GNR, tendo sido, em cumprimento de mandados, efectuadas buscas domiciliárias à residência do suspeito onde lhe foram encontradas e apreendidas duas armas de fogo alteradas (pistolas) de calibre 6,35mm, duas munições do mesmo calibre, duas armas de ar comprimido de calibre 4,5mm e uma faca borboleta.
Na noite de 9 de Abril, militares do Destacamento de Trânsito da Guarda, detiveram um indivíduo, de 19 anos de idade, residente na Guarda, desempregado, por crime de furto em veículo. A detenção ocorreu após uma denúncia telefónica, tendo o suspeito sido surpreendido quando furtava gasóleo do depósito do veículo pesado de mercadorias que se encontrava parqueado junto à residência do respectivo motorista, na localidade de Arrifana, concelho da Guarda.
Na noite de 7 de Abril a GNR realizou uma operação de fiscalização, com particular incidência nos veículos de transporte de mercadorias, bem como na abordagem de suspeitos da prática de crimes, no decurso da qual foram fiscalizados 69 veículos de transporte de mercadorias, que se destinavam a ser comercializadas no mercado mensal de Vilar Formoso. Foram elaborados três autos por crime de contrafacçãoe foram apreendidos 211 artigos contrafeitos (vestuário, calçado, perfumes e relógios), de diversas marcas conceituadas no mercado, com o valor presumível de 12 mil euros. Em consequência, foram identificados três indivíduos, residentes nos concelhos do Gondomar, Paredes e Guarda como sendo os proprietários das mercadorias apreendidas, sendo os factos participados ao Tribunal Judicial de Almeida.
No âmbito da Operação Páscoa, que decorreu entre os dias 5 e 8 de Abril, a GNR registou 13 acidentes nas estradas do distrito da Guarda, de onde resultaram seis feridos leves. Comparativamente ao ano anterior, verificou-se uma diminuição do número de acidentes e um ligeiro aumento de feridos leves.
O Comando Territorial da GNR exerceu durante a operação um esforço significativo, efectuando 90 patrulhamentos, com o empenho de 183 efectivos. Verificado 10 situações de excesso de álcool, sendo detidos três condutores. Em matéria de velocidade foram registadas 105 situações de excesso. Foram ainda elaborados 142 autos de contra-ordenação por outras infracções rodoviárias.
plb
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