You are currently browsing the daily archive for Quinta-feira, 26 Janeiro, 2012.
As árvores que ornamentavam a Praça da República, junto ao velho chafariz, foram derrubadas por ordem da Câmara Municipal do Sabugal, o que provocou a indignação de alguns sabugalenses.
Segundo o Capeia Arraiana apurou, alguém se queixou à Câmara Municipal de que as árvores antigas da Praça da República, junto à fonte, estavam caducas, em risco de queda iminente e que sujavam os automóveis quando se estacionavam naquele local. Vai daí, face à alegada queixa, decidiram cortar as árvores, ainda que fossem muito antigas.
Na manhã de hoje, 26 de Janeiro, alguns funcionários, munidos de motosserra, cumpriram as ordens superiores e cortaram rentes os troncos das árvores.
Naquele canto da emblemática Praça da República, o largo onde está sedeada a Câmara Municipal do Sabugal e que constitui o centro administrativo da cidade, está um antigo chafariz, que é o mesmo que o prémio Camões de 2011, o poeta sabugalense Manuel António Pina, diz estar entre as suas memórias de infância mais antigas. No local, à sombra das árvores, esteve durante anos instalada a praça municipal, onde todos os dias se vendiam frutas e legumes, antes de ser transferida para o largo fronteiro ao Tribunal.
Este tipo de árvores, que fazem parte dos núcleos históricos das nossas aldeias, vilas e cidades, deveriam ser rigorosamente protegidas e o seu eventual derrube teria de obedecer a critérios de rigor, que, preferencialmente, passassem por uma discussão pública acerca dessa necessidade e dessa oportunidade.
plb
Em comentário a uma das últimas crónicas minhas o meu amigo Quim Tomé escreve: «No Sabugal também há quem não esteja parado! No Sabugal também há quem muito faça às suas próprias custas pela terra!».
Não podia estar mais de acordo, e seria, da minha parte, uma grande injustiça não reconhecer todos aqueles que, contra ventos e marés, continuam a lutar por um Concelho do Sabugal melhor.
Quero antes de mais salientar os mais de 13.000 cidadãos que neste Concelho continuam a viver e a trabalhar, numa prova diária de que, embora difícil, existe um caminho a percorrer.
Mas de entre todos os que não deixam a esperança morrer, deixem-me salientar alguns exemplos, pedindo desde já desculpa aos que não vou referir, não por esquecimento, mas porque os que vou citar são apenas exemplos.
E começo, por alguns agentes económicos que, do espaço sabugalense souberam afirmar-se a nível nacional e, mesmo, internacional: a OLIPAL, a PALEGESSOS, a ENAT, a «Fausto Baltazar & Filhos», a LACTIBAR…
Também no setor da restauração e hotelaria, saliento os nomes dos restaurantes «Robalo», inserido em praticamente todos os roteiros gastronómicos nacionais e da «Casa da Esquila» que vem fazendo o seu caminho para o merecido reconhecimento como um dos melhores restaurantes beirões.
Natural destaque merece a «Casa do Castelo» pelo trabalho ímpar que vem desenvolvendo em prol da afirmação do Concelho e na defesa intransigente do património cultural do Concelho.
E não esqueço também o papel das IPSS que tornam o Concelho num exemplo a nível nacional.
Como não esqueço o trabalho de tantos e tantos sabugalenses que, melhor ou pior, continuam a defender nas suas associações culturais, desportivas e recreativas as suas aldeias e os seus conterrâneos.
Caro Quim Tomé: Percebo como poucos as razões que te assistem pela forma vergonhosa, para não dizer outra palavra mais forte, como alguns te trataram e ainda hoje te tratam.
Mas tenho a certeza que o pelotão dos sabugalenses que diariamente dão mais um contributo para o Concelho do Sabugal que todos queríamos fosse a nossa terra é grande e fortalece-se dia após dia!
PS 1: A morte de um sabugalense que tanto deu pela sua terra é um momento muito triste para todos, e em especial para mim, pois não tenho dúvidas que o Ti Fausto Baltazar me tinha como amigo.
Curiosamente a minha primeira lembrança do Ti Fausto vem sempre acompanhada de um saxofone, pois foi no «Jazz Transcudano», conjunto musical que houve no Sabugal na década de 50 do século passado, que me lembro de o ver tocar aquele instrumento, ao lado, entre outros, do meu pai que tocava trompete e cantava.
À família e aos meus grandes amigos Tó e Quim um abraço sentido de solidariedade nesta hora má.
PS 2: E lá fui a Évora em mais uma jornada gastronómica gloriosa, feita por um homem que em terras alentejanas ostenta de forma orgulhosa a sua qualidade de beirão e sabugalense.
Está de parabéns a Confraria do Bucho Rraiano e o meu amigo Zé Dias.
E muito folgámos em saber que a Confraria já é tão importante que até merece chamada de atenção em jornais diários (no caso o «i»), comparando-nos à Maçonaria! Como diria a Ivone Silva «está tudo grosso!…».
PS 3: Não posso deixar de me congratular com o facto de na última reunião de Câmara os vereadores do Partido Socialista terem apresentado a proposta para a elaboração do «Plano Estratégico do Concelho», proposta que foi aprovada por unanimidade.
Venho defendendo esta proposta há mais de 20 anos e é bom que, finalmente, a Câmara dê início à sua elaboração.
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
rmlmatos@gmail.com
Foi criado na Internet um movimento cívico que defende a modernização e reabertura do troço da linha ferroviária da Beira Baixa entre a Guarda e a Covilhã.
O movimento foi criado e colocado on-line por um eleito da Assembleia Municipal da Guarda, Júlio Seabra, do PS, que informou defender que «a Linha da Beira Baixa é vital para as populações e para as economias a si adjacentes».
A reivindicação foi colocada no portal do Governo (www.portugal.gov.pt) aproveitando a possibilidade que é dada aos portugueses para ali defenderem as suas causas.
Face ao facto do troço da linha da Beira Baixa entre a Guarda e a Covilhã estar encerrado há quase três anos, Júlio Seabra considera que é importante revitalizar este troço, «modernizando-o e abrindo-o novamente, com as devidas condições para as populações que dele queiram usufruir», justificou.
Aquela via ferroviária é uma alternativa à auto-estrada A23 (Guarda/Torres Novas), numa altura em que foram introduzidas portagens nesta via. As empresas da região poderão passar a escoar os seus produtos «de forma mais prática, económica e rápida», considera o fundador do movimento.
No texto da proposta, Júlio Seabra sustenta que a modernização e reabertura do troço da Linha da Beira Baixa entre a Guarda e a Covilhã, possibilitará «a circulação de composições de passageiros e mercadorias, num circuito Guarda/Pampilhosa/Entroncamento/Guarda» e na ligação à Europa.
Júlio Seabra defende ainda que «a Linha da Beira Baixa tornar-se-á num eixo importantíssimo no mapa ferroviário português, permitindo a diminuição de trânsito na Linha do Norte, sendo também uma alternativa a esta em situações de graves acidentes».
Para apoiar o movimento pode ir aqui.
plb
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