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Pegar ao forcão parece fácil para quem olha da bancada. O momento de esperar a investida do toiro é uma sensação de pura adrenalina prazeirosa. Mas pode ser um momento de momentâneo pânico. Tudo aconteceu em Aldeia da Ponte. O vídeo foi realizado por Dominique Ferreira.

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Mais um vídeo que merece figurar na galeria da história da Capeia Arraiana com origem no concelho do Sabugal.
jcl

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A Câmara Municipal da Guarda investiu 65 mil euros na aplicação de um plano que equipou dez escolas do primeiro ciclo com quadros interactivos, Internet sem fios e câmaras de videovigilância, que beneficiam um universo de 1.200 alunos.

O investimento tecnológico abrange edifícios escolares com boas condições para a prática pedagógica, onde os sistemas instalados beneficiam claramente os estabelecimentos de ensino, possibilitando um melhor desempenho dos agentes educativos, com condições para a inovação e para a aplicação de novos métodos de ensino, para além de uma significativa melhoria na segurança das escolas.
O vice-presidente da autarquia, Virgílio Bento, também responsável pelo pelouro da Educação, considerou, em declarações à Lusa que o plano abrangeu, para além dos três modernos centros escolares do concelho – Sequeira, Gonçalo e Vale do Mondego – as escolas mais antigas da cidade.
«Queremos dar aos professores colocados nas escolas todas as condições e todos os instrumentos para que possam ter um ensino de qualidade», disse o Virgílio Bento, que considerou ainda que a execução do projecto, designado «Escolas + Inter», irá «permitir uma aprendizagem de qualidade».
Foram investidos 30 mil euros na instalação de dez redes de área local nas dez escolas abrangidas, 23 mil euros em 16 quadros interactivos e 12 mil euros em sistemas de videovigilância aplicados em duas das escolas que reúnem o maior número de salas de aula (Santa Zita e centro escolar da Sequeira).
As redes de Internet e a aplicação de quadros interactivos contemplaram os centros escolares de Gonçalo, Vale do Mondego e Sequeira e as escolas de Augusto Gil, Guarda-Gare, Lameirinhas, Santa Zita, Bonfim, Espírito Santo e Adães Bermudes.
Para financiamento do investimento a autarquia apresentou uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
plb

Cinco Castelos, Cró, Côa, Trutas, Capeia e Bucho Raiano. E é disto que o concelho vive. Disto, do mês de Agosto, e de eleições de quatro em quatro anos.

A Côa

João Valente - Arroz com Todos - Capeia ArraianaI – A Côa
Muitas àguas leva a Côa,
Junto à vila do Sabugal;
Quando as àguas vão crescidas,
Ninguém passa no pontal.

O meu rio vai tão cheio,
Que não o posso atravessar!
Vai cheio de mil dores…
Ninguém o póde passar!

Foje a Côa, fujo eu,
Cada um com o seu fado,
Sempre em direcção ao mar,
Qual de nós o mais pesado?

Eu levando meus desgostos;
Ele, a rama dos salgueiros…
Qual de nós o mais pesado,
Correndo ambos ligeiros?

Mas debaixo da velha ponte,
Onde a àgua faz remanso,
Quando beija os salgueiros,
Tem a Côa bom descanso.

As àguas do arco grande,
Aos pés da velha muralha,
Em noite de lua cheia,
Há lá melhor mortalha?

O luar batendo nas àguas,
E nos salgueiros como ladrão,
Assim me roubou a Côa,
A alma e o coração.

Estas àguas da velha ponte,
Por querer seus amores,
Na alma me deixaram,
Mil penas e mil dores.

Mansas àguas tem a Côa,
E salgueiros ao Luar!
Mas quando a cheia é de máguas,
Ninguém as póde passar!

Obs: O meu avô Lourenço Martins, devido à sua conhecida paixão da pesca, foi o homem do concelho do Sabugal que mais conheceu e amou o Côa. Ele tratava o rio como mulher; «a Côa», pela fertilidade das suas águas. Este poema é, glozando uma cantiga de Antero de Quental, homenagem aos dois.

II – D. Pixote de La Raia
Era uma vez um certo país longínquo, em cujo Interior profundo havia uma pequena e histórica aldeia.
Nesta pequena e histórica aldeia havia um castelo com muralha envolvente; dentro da muralha, varias casas; fora da muralha, mais casas; e numa destas casas, vivia um homenzinho.
Era uma vez um certo país longínquo, em cujo interior profundo havia uma pequena e histórica aldeia; e nessa aldeia, um homenzinho que gostava de pás giratórias.
O homenzinho sonhou numa noite que seria bom ter moinhos junto às casas, à muralha e ao castelo daquela pequena aldeia do interior profundo, desse país longínquo.
Depois, o homenzinho enfadando-se do seu ócio diário, quis fazer os moinhos com grandes pás giratórias; e vieram operáros que abriram alicerces, junto às casas, à muralha e ao castelo daquela pequena e histórica aldeia do interior profundo, desse país longínquo.
E o homenzinho, visitando a obra, feriu-se num desses alicerces, abertos junto às casas, à muralha e ao castelo daquela pequena e histórica aldeia do Interior profundo desse país longínquo.
Veio então uma máquina voadora com umas grandes pás giratórias buscar o homenzinho daquela pequena e histórica aldeia do interior profundo, de um país longínquo…
Abreviando a História:
Era uma vez um homenzinho obececado em pás giratórias, que um dia andou de helicóptero!

III – Descendo à terra
Agora, que já assentou no Largo da Fonte a poeira do bailarico do Quim Barreiros, vamos às contas da festa.
O Sabugal é das mais enfadonhas, tristes e melancólicas vilas do Interior. Há várias razões para isso: O extremo das amplitudes térmicas do clima; a monocromia da paisagem, que só muda uma vez por ano, com as maias; as águas duras e indigestas da Côa, que tudo conjugado, dobram as vontades, embrutecem as inteligências, produzindo um mal de tristeza nas gentes.
Deste mal de tristeza – origem das mais diversas enfermidades do corpo, do espírito e do carácter – vemos apenas alguns dos sintomas que explicam como na política local se debatam sempre as velhas questões, sempre as mesmas, sem estudo, sem elevação, sem ideias, sem firmeza, sem novidade.
Mas a câmara municipal quiz capacitar-nos, pelo contrário, num programa televisivo, que nos corredores dos paços municipais fervilham ideias, projectos, realizações, que num esforço sobrenatural da intervenção da providência nas sobreditas limitações da condição humana, por milagre, mudarão o destino e a sorte dos seus munícipes e o futuro do concelho, trazendo a gente e dinheiro que faltam.
A câmara, finalmente, após dois anos de retiro para reflexão e estudo, veio apresentar-se aos munícipes e ao país, como corpo pensante, deliberativo e executivo de uma política concertada para o concelho!
E em que consiste essa política?
Cinco Castelos, Cró, Côa, Trutas, Capeia e Bucho Raiano. E é disto que o concelho vive. Disto, do mês de Agosto, e de eleições de quatro em quatro anos.
Numa conjuntura normal, espalhando-se ao país a notícia deste grande projecto civilizacinal, todo o país deprimido viria ao Sabugal comer o nosso cabrito, o bucho e a truta, esvaziar os nossos pipos, pescar nos açudes os mais saborosos bordalos e os mais grossos barbos, banhar-se no Cró, palminhar os nossos caminhos de onde melhor se avistam os brancos casarios das aldeias, emergindo por entre os carvalhos e castanheiros, ao longo de campos de giestas em flor.
Mas não é assim, porque é de notar que a tão cantada Riba-Côa que supomos ser o coração do paraíso terrestre, é tão extremamente pobre, relassa e deprimida como todo o resto do país.
«Arroz com Todos», opinião de João Valente

joaovalenteadvogado@gmail.com

Frank Gehry, o consagrado arquitecto norte-americano vai assinar o projecto da nova unidade hoteleira cinco estrelas, do empreendimento turístico Cegonha Negra Golf Resort & SPA, a edificar em Gonçalo, concelho da Guarda, cuja conclusão está prevista para 2014.

O contrato com o arquitecto foi assinado no dia 18 de Agosto, no seu atelier em Los Angeles, entre o promotor do complexo turístico (o empresário Alexandre Abreu) e Frank Gehry, estando presente o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Joaquim Valente.
O Cegonha Negra Golf Resort & SPA é um empreendimento turístico, para que está previsto um investimento de 66 milhões de euros e que criará 240 postos de trabalho. O projecto, a construir na Quinta da Bica, incluirá ainda a edificação do Museu da Draga e um campo de golfe 18 buracos, desenhado por Severiano Ballasteros.
O projecto parte de uma estrutura existente desde 2003, que oferece actualmente um campo de golfe de nove buracos, um restaurante (recomendado pelo guia Michelin), um ginásio e uma discoteca.
O Cegonha Negra Golf Resort & SPA integrará ainda um aldeamento turístico de cinco estrelas com 94 apartamentos, 65 vivendas, um medical SPA , num investimento que ronda os 25 milhões de euros.
A Câmara da Guarda e a Assembleia Municipal reconheceram já o interesse municipal do projecto, que contribuirá para a promoção turística e a dinamização económica da região.
Frank O. Gehry tem assinado projectos arquitectónicos de referência, como o Museu Aeroespacial da Califórnia, o Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles, o Fishdance Restaurant, no Japão, e o Vitra Design Museum, na Alemanha. Entre os variados galardões que recebeu encontra-se o prémio Pritzker Prize, em 1989. O seu trabalho mais conhecido é o Museu Guggenheim em Bilbao, na Espanha, recoberto de titânio, que foi finalizado em 1997.
plb

O autor da «Rota dos 5 Castelos em 3D do concelho do Sabugal», Nuno Dias, apresentou mais um trabalho para promoção e divulgação do património histórico da região beirã. O projecto «Valverde em 3D», retrata digitalmente em três dimensões os edifícios mais importantes da freguesia de Valverde, no concelho do Fundão.

Valverde 3D

«Valverde em 3D» foi um projecto desenvolvido de modo a promover e divulgar digitalmente, em três dimensões (3D), os edifícios mais importantes da aldeia de Valverde, do concelho do Fundão. É um projecto pioneiro para uma aldeia de Portugal, sendo Valverde a «primeira aldeia de Portugal» a ter os seus edifícios mais importantes em 3D. A transposição do papel e da fotografia para a imagem animada por programas digitais possibilita serem vistos por qualquer pessoa em qualquer parte do Mundo, no maior portal geográfico do Mundo – o Google Earth.
O Projecto «Valverde em 3D» foi apresentado no dia 9 de Abril de 2011 aos seus habitantes, no Pavilhão Desportivo, na festa comemorativa do Dia da Freguesia.
Na «Visita Virtual 3D» projectada na sessão e disponível no blogue oficial foram visualizados os seguintes edifícios: o depósito da água, a igreja matriz, o museu D. João de Oliveira Matos, a Junta de Freguesia, a capela do Espirito Santo, a escola primária, o pavilhão desportivo, a capela de São Domingos e a capela do mártir São Sebastião, esta última situada na anexa Carvalhal.
«Além do “Valverde em 3D” sou, também, o autor da “Rota dos Cinco Castelos em 3D do concelho do Sabugal”, um projecto que lancei em 2009 e visou promover e divulgar os cinco castelos e que tem como objectivo promover e divulgar a nossa região», declarou ao Capeia Arraiana o autor, Nuno Dias, aproveitando para mostrar a sua satisfação pela divulgação do seu trabalho nos mais importantes meios de comunicação nacionais.

Blogue oficial de Valverde. Aqui.
Página no Sketchup com os 5 Castelos do Sabugal. Aqui.

Nuno Dias é natural do Fundão, Castelo Branco. Actualmente é freelancer na área de Modelação 3D e estudante de Licenciatura em Engenharia Civil na Universidade da Beira Interior, onde também é formador do curso «Iniciação ao Autocad».
aps

A Câmara Municipal da Guarda vai atribuir vales de livros e material escolar a 474 alunos necessitados do primeiro ciclo do ensino básico, numa ajuda que terá um valor superior a 24 mil euros.

A medida é aplicada pelo terceiro ano consecutivo e assume especial importância numa altura em que muitas famílias, por força da crise económica, enfrentam grandes dificuldades financeiras.
Os vales de ajuda serão entregues às famílias dos alunos carenciados a partir do dia 1 de Setembro, para que lhes seja possível aceder aos livros e demais material didáctico antes do início das aulas.
O auxílio do Município será dirigido a 474 alunos, que receberão vales de compras no valor de 50 euros (35 euros para livros e 15 euros para material escolar) e de 40 euros (28 euros para livros e 12 euros para material escolar). Os livros e o material escolar comparticipados terão obrigatoriamente que ser adquiridos nas livrarias do concelho da Guarda.
Ainda como ajuda aos alunos mais carenciados a Câmara da Guarda promoveu, através da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, uma campanha de recolha de manuais escolares usados. A acção permitirá ceder mais de 1.600 manuais escolares a alunos com carências económicas.
plb

O comércio local e a defesa dos comerciantes do concelho constitui um dos vectores estratégicos de desenvolvimento do município de Trancoso nos próximos anos.

Campo da Feira - Trancoso

A defesa dos comerciantes e do comércio local tem sido sublinhado pelo Presidente do Município, Júlio Sarmento, que considera este um dos sectores de actividade, a par do Turismo e Serviços, que determina o dinamismo da economia local e regional, o que é testemunhado no Plano de Desenvolvimento elaborado pelo gabinete do professor Jorge Gaspar.
Os investimentos realizados em Trancoso para que o comércio possa crescer e desenvolver-se, atraindo gente e fomentar a atractibilidade, é notória. Foi reabilitado e melhorado significativamente o Campo da Feira de São Bartolomeu adstrito ao Pavilhão Multiusos e estão em curso obras no Campo da Feira que constituem só por si um exemplo da determinação do Município de Trancoso e facultar condições modernas e dignas de funcionamento de uma área comercial importante, designadamente o Mercado Semanal (sextas-feiras) e outras realizações dirigidas a este sector.
A combinação da arquitectura com a Natureza, respeitando o ambiente, a instalação de infra-estruturas básicas no recinto da Feira e um aspecto visual atractivo conferem ao local maior funcionalidade para os comerciantes e também para o público.
O Presidente do Município, Júlio Sarmento, expressa que «Trancoso cresce, assim, de forma sustentada, rumo ao futuro, onde a combinação entre a tradição e o presente, o passado e a modernidade significa progresso e melhor qualidade de vida para a economia, especificamente neste caso e para os cidadãos, de forma geral».

Qualquer comparação com os terrenos onde se realiza o mercado do Sabugal é…
jcl (com Gabinete Comunicação e Imagem da C.M. Trancoso)

James Petras, professor de sociologia já aposentado, mas que leccionou em várias universidades dos Estados Unidos, mostra-nos num artigo seu o comportamento dos lobbys judaicos perante o poder local. A primeira parte são palavras dele, a segunda, são palavras minhas.

António EmidioI Parte
1º Um lobby judaico tenta controlar as candidaturas partidárias.
2º Tenta influenciar o resultado das eleições.
3º Tenta recrutar Presidentes de Câmara.
4º Tenta recrutar celebridades locais.
5º Tenta recrutar editoras e escritores.
6º Tenta recrutar jovens promissores, no campo político e intelectual.
7º Satura as populações com actos públicos e privados, algumas vezes estando presentes cônsules e embaixadores israelitas.

II Parte
Controlo das candidaturas partidárias, influência nos resultados eleitorais e, recrutamento de Presidentes de Câmara, está tudo ligado. Trata-se de um controlo do poder político. Tem por finalidade obrigar a propagandear e a ter trato preferencial tudo o que seja de origem judaica, história, música, cultura, religião e, política. Esta última relaciona-se com a política israelita em relação ao Médio Oriente, nomeadamente à Palestina. Um político assim controlado passa a ser um títere do lobby. Tem que estar sempre disponível para o servir. Um lobby judaico não traz desenvolvimento, não cria emprego, só traz o que a ele disser respeito. Turismo? Algum, mais judaico.
Celebridades locais. São pessoas muito conhecidas e com influência na região. Também pode ser alguém que não seja celebridade, mas quando assim é, tem de haver interesses mútuos.
Editoras e escritores. Há sempre uma tentativa de controlo de editoras e escritores, para propagandearem um dia a cultura judaica e a política israelita para o Médio Oriente. Essa será uma das maiores conquistas do lobby. A nível nacional são recrutados grandes nomes das letras, alguns chegam a converter-se ao judaísmo.
Jovens promissores. São recrutados principalmente no campo político, para apoiarem depois a política israelita nos Parlamentos e Governos. Também recrutam os formados em história e conhecedores de alta tecnologia.
Saturam as populações com actos públicos e privados, estando de vez em quando presentes cônsules e embaixadores israelitas.
Tenho medo que um dia se instale no Sabugal um lobby judaico, se isso acontecer, creio firmemente que nenhum político vá «rastejar» para a porta desse lobby, pedindo apoio para ganhar eleições. Algum tem vocação para títere? Algum está interessado que a Democracia do Concelho seja sequestrada? Algum está interessado em que a vontade de um lobby se oponha à vontade do Povo do Concelho? Penso que nenhum.

Termino, traduzindo de um artigo o que se passou no Congresso dos Estados Unidos: « …o discurso do Primeiro Ministro israelita Netanyahu perante ambas as Câmaras do Congresso dos U.S.A., onde repetiu com ênfase a sua oposição à proposta do Presidente Obama, foi acolhida com fortíssimas ovações e aplausos. Foi um espectáculo vergonhoso ver os representantes da Nação competindo entre si para assegurar o apoio do poderoso lobby americano israelita». Tudo tinha a ver com apolítica para o Médio Oriente, neste caso com a Palestina.
As regras do jogo são estas em qualquer parte do Mundo, tanto seja no Congresso americano como numa qualquer Assembleia Municipal.

«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio

ant.emidio@gmail.com

«É o associativismo que movimenta a sociedade.» Na consulta a um site sobre associações culturais e desportivas deparei com a frase que inicia esta crónica. Não é nova esta afirmação mas, reflectir sobre a mesma faz-nos tomar consciência de quão importante é o trabalho associativo, tenha ele a roupagem que tiver (cultural, desportivo ou comercial).

Associativismo

Em cada terra do nosso concelho, particularmente nos meses de Julho e Agosto e nas épocas festivas, proliferam actividades que envolvem as suas gentes – sócios e não sócios – que são a concretização desta força do associativismo. Felizmente que o espírito associativo está (ainda) bem presente e arraigado nas nossas mentes, na nossa sociedade. A ele se deve, na maioria dos casos, a continuidade e a realização de muitos eventos que vão animando a vida das nossas aldeias, votadas cada vez mais ao abandono e ao esquecimento. Neste remar contra a maré estão incluídos muitos sócios que fazem das tripas coração para que a vida continue e se desenvolva cada vez mais, para que as suas gentes e as suas terras marquem presença no mapa, seja ele regional ou nacional.
Um tributo de reconhecimento e apreço é devido a todos aqueles que, nas diversas instituições, desinteressadamente servem os outros. A maioria das nossas associações não tem fins lucrativos e quantos dos seus responsáveis não tem de se entregar de alma e coração a este bem colectivo!
Tempo, dinheiro, e sobretudo muita paixão e uma grande dedicação. Por favor não maltratem nem falem mal de quem tem esta missão! A carolice fica cara a quem a pratica. Mas, mesmo assim, é inevitável que aconteça, sobretudo quando a paixão e o serviço aos outros lhes está no sangue, é uma vocação.
Infelizmente, tem-se notado nos últimos tempos, por parte de particulares com interesses comerciais alguns ataques às associações culturais e Desportivas/Recreativas, particularmente no que se refere ao consumo de bens nos seus bares durante a realização dos eventos. Para informação e defesa das associações desejo comunicar que, o artigo 3º do Decreto-Lei n.º 234/2007, de 19 de Junho, alterado pela Lei n.º 16/2010, de 30 de Julho, excepciona os bares, cantinas e refeitórios das associações sem fins lucrativos do regime geral de licenciamento.
Que bom seria que nas nossas terras, já de si tão carecidas de tantas coisas, as pessoas e os seus organismos se entendessem num convívio franco e saudável. Cada qual no seu lugar, em respeito mútuo. Todos dependemos uns dos outros e ninguém é tão pobre que nada tenha para dar nem tão rico que nada possa receber. E já agora um cheirinho de espiritualidade franciscana. São Francisco de Assis na sua «Oração» diz assim: «Senhor fazei de mim um instrumento da vossa paz. Que eu procure mais consolar do que ser consolado; compreender que ser compreendido; amar que ser amado. Porque é dando que se recebe; é…» etc… Todos lucramos com a sociedade em movimento. E, é um dado adquirido, que são nossas associações que ao longo do ano vêm trazendo gente às nossas terras, dando-lhes vida e movimento. Não se justificam interesses mesquinhos e oxalá tenhamos todos um espírito cooperativo que nos leve a fazer pelos outros todo o bem de que somos capazes.. Aliás é mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa. Todos juntos seremos mais fortes e venceremos.
Para finalizar, algumas frases tão a meu gosto:
– «Na união está a força.»
– «Que força é esta, que força é esta?!»
– «O povo unido jamais será vencido»
– «E se todo o mundo é composto de mudança, troquemos-lhe as voltas que ainda o dia é uma criança.»

«Faz a paz, acolhe o amor,
Vai constrói um mundo melhor
Abraça a todos, são teus irmãos,
Serás feliz na união.»
Rui Chamusco
(director da Academia de Música e Dança do Sabugal)

No decurso do Festival Serra da estrela, realizado em Sameiro, Manteigas, a GNR efectuou uma operação, da qual resultou a detenção de seis jovens, por crime de tráfico para consumo de estupefacientes.

Os detidos, com idades compreendidas entre os 16 e os 28 anos, tinham na sua posse substâncias estupefacientes previsivelmente destinadas a serem consumidas durante o festival musical.
No decurso da operação foram realizadas diversas acções de fiscalização, nos dias 25, 26 e 27 de Agosto, no Ski Parque, em Sameiro, e suas imediações, com vista à detecção de estupefacientes para tráfico e consumo por ocasião do evento.
Segundo a nota semanal do comando da GNR, a totalidade de droga apreendida, na posse dos suspeitos, foi de 75,93 gramas de haxixe, 33,425 gramas de cannabis sativa, 3,276 gramas de MDA e 0,462 gramas de Cocaína (quantidades suficientes para 250 doses individuais).
Foram ainda elaborados 11 autos de contra-ordenação para a Comissão de Dissuasão da Toxicodependência.
Os detidos foram presentes ao Tribunal Judicial da Guarda e ficaram a aguarda o resultado dos Inquéritos, com a medida de coação de Termo de Identidade e Residência.
plb

Foi meio a brincar meio a sério que há tempos escrevi que o elefante Salomão (o tal do livro de Saramago) passou no Casteleiro.
Para mim, isso é indiscutível e não pode ter passado de Caria para Sortelha sem passar na Ribeira da Cal, no Casteleiro, na Serra da Vila: é a calçada «romana» (ou medieval? – e aqui começam as dúvidas).

A verdade é que desde esse dia o problema não me tem largado.
E lancei-me numa micro-investigação.
Li bastante.
Reflecti.
Concluí algumas coisas que quero partilhar com o leitor do «Capeia». Fiquei com muitas dúvidas.

Primeiro.
Há factos que provam que os romanos estiveram no Casteleiro?
Há.
Exemplos: foram encontrados em escavações e registados oficialmente pesos de tear e pedaços de loiça fina de tempos recuados – seguramente da era romana –, como os referidos por Pedro Carvalho («Por terras do Sabugal na Época Romana»), e essas descobertas provam-me duas coisas: que os romanos passaram aqui, que se estabeleceram aqui – e que construíram aqui as suas «indústrias» de artefactos úteis, como era seu timbre por toda a parte onde chegaram. Ver Aqui.

Segundo.
Estiveram aqui. Mas: onde? Em que locais?
A acreditar nas investigações deste arqueólogo, que coloca a questão no condicional («haveria»), a verdade é que parece provável que nos limites dos actuais concelhos de Belmonte e do Sabugal houvesse um importante vicus (povoado) mesmo ao fundo das terras do Casteleiro, na fronteira com as Inguias, parece.
Outras provas da presença romana por estas bandas foram encontradas em locais como a Quinta do Espírito Santo, Gralhais e a Quinta de Santo Amaro. Esses são os locais da Freguesia do Casteleiro referidos nos registos do Museu do Sabugal. Ver Aqui.

Terceiro.
Parece pacífico e por muitos investigadores aceite que a grande via romana que ligou a Idanha a Castelo Branco, Caria, Sabugal e daí até Ciudad Rodrigo e até Salamanca passou pelo Casteleiro.
O circuito, desde Caria, seria mais ou menos este: Caria, Inguias, Santo Amaro, Ribeira da Cal, Casteleiro, Serra do Mosteiro (Santo Estêvão), Aldeia de Santo António, Sabugal.
Terá sido assim?

Quarto.
Mas aqui cumpre acrescentar uma nota muito importante.
É que para lá desta via eventualmente principal, havia outra: a via secundária que, do Casteleiro (ali por volta da Escola Feminina) arrancava em direcção a Sortelha. Isso é indiscutível.
Ainda lá está, e não tão mal definida como isso: é a Calçada Romana que vai do Casteleiro à Serra da Vila, pelos campos do Marineto e pelas encostas em direcção à Serra da Vila.
No Casteleiro pode pois ter havido um importante entroncamento de vias romanas: uma que vinha do Sul e seguia para a Hispânia; outra que se iniciava nesta, no local em que hoje fica o Casteleiro e seguia para Sortelha.

Quinto.
Ora a viagem do elefante Salomão, na versão de José Saramago, seguiu, quanto a mim, pela via principal até ao Casteleiro e daí subiu a Sortelha por essa outra via secundária.

Gostaria de saber mais sobre o assunto. Mas as fontes são muito vagas. Como disse, alguns investigadores chegam a colocar as questões no condicional – o que retira as certezas da matéria.
Fiquemos pois por aqui neste momento, e continuemos a ler e a reflectir.
«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes

«É só para olhar um bocadito para trás e ganhar coragem para chegar ao Luxemburgo», diz um dos emigrantes que parou em Vilar Formoso. «Até para o ano!» é o desejo de histórias de vida que escrevem desde os anos 60 do século passado a história de Portugal. Reportagem, em Vilar Formoso, da jornalista Paula Pinto com imagem de Andrea Marques da Redacção da LocalVisãoTv (Guarda).

Local Visão Tv - Guarda
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jcl

Os mais atentos terão captado nos diferentes serviços noticiosos que o Instituto Português do Sangue tem em curso uma campanha de dádivas, designada «Dador-Salvador», tendo em vista aumentar as colheitas de sangue.

Ventura Reis - TornadoiroBem pode a campanha andar pela comunicação social, tentando sensibilizar os portugueses para a dádiva benévola de sangue, que nada conseguirá comparando com as dádivas de outro tempo em que o dador era verdadeiramente compensado e louvado pelo seu gesto em favor dos outros.
O senhor Ministro da Saúde deu o exemplo, no passado dia 9 de Agosto, em Carcavelos, dando sangue e apelando para que as pessoas lhe sigam o exemplo. Só que o mesmo senhor ministro quer acabar com as isenções de taxas moderadoras para os dadores, dizendo que não é isso que faz as pessoas darem o seu sangue. Eu julgo que este homem está desfasado da realidade, pois acabar com a regalia que resta a quem dá sangue poderá colocar em causa a própria campanha em que ele mesmo se envolveu.
O problema actual da falta de dadores prende-se com o facto de se ter acabado com os incentivos para isso. E eu sei muito bem do que falo, porque fui dador durante uma boa parte da minha vida, deixando apenas de o ser quando o correr dos anos me conduziu à velhice.
Mas no meu tempo as dádivas eram compensadas, nomeadamente com dias de dispensa ao trabalho. Como funcionário público, a trabalhar numa repartição de finanças, ainda beneficiei dessas compensações e até recebi medalhas, diplomas e louvores de que me orgulho, pois ganhei-os com a minha generosidade em favor dos outros.
Nas forças armadas e nas forças policiais a compensação pela dádiva de sangue era um preceito seguido com todo o rigor, tendo em consideração a importância de fomentar a prática da dádiva entre militares e polícias, que assim prestariam um serviço essencial à sociedade.
No meu tempo de garoto ainda recordo que se usava a prática de se sangrarem as pessoas quando tinham maleita ruim ou andavam demasiado extenuadas. Acreditava-se que sangrando as pessoas retirava-se-lhe o sangue nocivo, possibilitando que o mesmo sangue se renovasse, ganhando assim uma melhor qualidade. Falo nisto porque nós, os que viemos das aldeias do interior para Lisboa, encarávamos a dádiva de sangue como algo que até nos ajudaria a renovar a seiva que nos corria nas veias e artérias, e fazíamo-lo com uma perna às costas. Ora se a isto se juntava o direito a dias de dispensa no trabalho, então a disponibilidade era ainda maior.
Recordo uma circular que existia na Policia de Segurança Pública, em 1948, definindo os critérios de compensação aos agentes dadores:
«Os agentes chamados aos hospitais para voluntariamente, e com autorização do Comando, darem sangue, devem fazer-se acompanhar no seu regresso de uma nota sobre a sua quantidade.
Os mesmos agentes serão louvados em Ordem de Serviço, receberão a medalha de agradecimento da Cruz Vermelha e serão dispensados do serviço conforme a tabela seguinte:
10 a 50 c.c. – 4 a 5 dias,
50 a 100 c.c. – 5 a 10 dias,
100 a 250 c.c. – 10 a 15 dias,
250 a 500 c.c. – 15 a 20 dias.»
O espírito de ajuda entre as pessoas e as regalias atribuídas aos dadores garantiam que noutro tempo se ultrapassassem com a maior das facilidades as faltas de sangue nos hospitais.
«Tornadoiro», crónica de Ventura Reis

D. Manuel Felício, bispo da Guarda, disse numa homilia a que presidiu em Fátima, que os católicos precisam de «coragem» para mudar a Igreja.

Segundo a agência católica Ecclesia, o prelado disse no dia 26 de Agosto, por ocasião da peregrinação da diocese da Guarda ao santuário de Fátima, que os católicos precisam de coragem para rever a vivência e anúncio da fé, o que obrigará a mudanças nas paróquias, organismos eclesiais e famílias, bem como nas opções de padres e leigos.
«Repensar a pastoral da Igreja exige que nós, sacerdotes, sejamos capazes de estabelecer novas prioridades na distribuição do nosso tempo e das nossas energias», sublinhou D. Manuel Felício.
Os leigos, por seu lado, devem «criar todas as condições» para que as comunidades cristãs «se convertam a essas novas prioridades», salientou o prelado, para quem a resistência à mudança constitui um obstáculo à transformação de mentalidades.
«O peso das tradições, que muitas vezes temos dificuldade em romper, dificulta, em boa medida, este repensar a pastoral da Igreja em muitos dos nossos ambientes», referiu D. Manuel Felício, acrescentando que as comunidades cristãs apresentam «sinais evidentes de que precisam de se renovar».
Para o bispo da Guarda, a sociedade, «onde faltam cada vez mais as razões de esperança e de vida com sentido», pede à Igreja Católica «iniciativas de nova evangelização» em ambientes «com muitas e profundas marcas de referências cristãs», mas onde as pessoas cedem «às pressões da moda» e vivem «como se Deus e Jesus Cristo não existissem».
plb (com Ecclesia)

O governo quer extinguir e fundir metade das 280 empresas municipais existentes, segundo o texto de uma proposta de lei, que será votada na próxima semana, na Assembleia da República.

O primeiro ministro, Pedro Passos Coelho, avança assim com uma medida prevista no plano da troika para Portugal, que tem como objectivo emagrecer o Estado, e em concreto a descontrolada Administração Local. O governo considera que a falta de fiscalização e a existência de investimentos injustificados através das empresas municipais criaram um situação de descalabro nas contas das autarquias, a que tem de se por cobro.
A proposta de lei, já aprovada em Conselho de Ministros, inviabiliza ainda a criação de novas empresas municipais, reforçando também os mecanismos de fiscalização sobre as existentes.
Ao abrigo da nova legislação, a Direção-Geral das Autarquias Locais vai fiscalizar os gastos e garantir um maior controlo nas contas das autarquias. As empresas municipais terão ainda responsabilidades acrescidas, ao nível do rigor dos registos contabilísticos.
O diploma desta reforma será discutido e votado na Assembleia da República já na próxima semana, sendo certo que a maioria composta por PSD e CDS garantirá a sua aprovação.
Segundo números avançados pelo jornal i, as nove empresas municipais das duas maiores cidades do país (Lisboa e Porto) acumularam um prejuízo superior a 42,5 milhões de euros, em apenas cinco anos.
No Sabugal existe uma empresa municipal, a Sabugal+, na qual tem havido sinais de descontrolo financeiro. A Sabugal+ criou entretanto uma outra empresa, a «Côa Camping», inicialmente formada com um parceiro privado, que entretanto vai vender as suas acções à Sabugal+. Na prática o Sabugal tem assim duas empresas municipais que poderão via a ser incluídas nas medidas de extinção e fusão a anunciar pelo governo.
Este é o início de um plano de reestruturação dos serviços do Estado, que está previsto também no plano da Administração Central.
plb

Os mordomos da Capeia Arraiana 2011 de Ruivós entenderam, e bem, homenagear o Rogério um dos filhos da terra que mais recordações e saudades continua a fazer sentir em todos nós.

Rogério Caramelo Madeira (foto tirada na montanha de Davos) - autoria: José Carlos Lages

José Carlos LagesPerdoem-me os mais académicos destas coisas da comunicação mas hoje vou escrever com a emoção na ponta dos cliques sobre uma personalidade que apenas precisou de 22 anos para se afirmar como uma referência para todos os que o conheceram e que tiveram o privilégio de com ele conviver. Vou recordar o meu primo Rogério.

Há pessoas assim. Nascem. Crescem. E em poucos anos vivem uma vida eterna. A Igreja diz que para se ser santo é preciso fazer milagres. E se isso fosse suficiente o Rogério já me fez um milagre. Conheci em vida o Rogério.
Deixou-nos cedo, demasiado cedo, com 22 anos, em 2001, num trágico acidente de viação na Suíça na carrinha da empresa. A notícia chegou ao final do dia feriado, 1 de Novembro, dia de todos os santos. Fui jantar a casa dos meus pais e, quando abriram a porta, percebi logo que alguma coisa não estava a correr bem. O meu irmão Paulo lá arranjou coragem para me dizer – «Morreu o Rogério» – Sentei-me, peguei em «A Bola» que trazia comigo e comecei a folhear as páginas como alibi para conseguir ficar em silêncio e desenhar os frames de um filme onde recordei os momentos que com ele partilhei.
As imagens tinham sempre um denominador comum. O seu eterno sorriso.
Recordo o seu sorriso, envergonhado, que desenhava um suave agradecimento a quem o recebia.
Recordo as visitas que lhe fazia, de passagem, nos Seminários do Fundão e da Guarda naquele eterno vaivém que mantenho há muitos anos entre Lisboa e o Sabugal.
Recordo o tempo que passou em minha casa quando esteve, cerca de oito meses, na tropa na Academia Militar na Amadora. Para ele tudo estava bem. As estórias que contava da sua «guerra» eram sempre sobre animadas aventuras que vivia durante a semana. Mas poucos fins-de-semana o consegui segurar em Lisboa. «Fugia» sempre que podia para Ruivós, para junto da Tia Ilda e da Maria Cerdeira. Muitas das vezes nem precisava de entrar na casa de família, há muito vazia.
Recordo a alegria com que me disse no dia em que terminou a tropa que, finalmente, ia juntar-se à sua família na Suíça (pai, mãe e irmão) de quem sempre tinha vivido separado.
Primeiro o pai, empreiteiro, que deixou o concelho do Sabugal e procurou melhor qualidade de vida nas terras helvéticas. Depois a mãe e o Miguel (o irmão mais novo) foram de abalada para Zurique e o Rogério de abalada para o Seminário do Fundão na companhia do Geraldo do Osíris do Sabugal.
Sportinguista «doente» viveu comigo uma eterna picardia. Se as coisas não corriam bem lá para os lados da Luz já sabia o que me esperava. O telefone tocava e o leão gozava com a águia. Sempre que possível claro que me desforrava.
Um dia, por alturas da festa de São Paulo, telefonou-me por um motivo diferente. Já não sei se me pediu ou apenas me deu conhecimento. Em Junho precisava de mim em Zurique. Sem mais apenas lhe disse que sim. Na Portela encontrei-me com José Fernando, o padre motard, seu grande amigo desde os tempos do Seminário do Fundão. Também ele ia a Zurique participar na cerimónia do crisma do Rogério. Eu, com ar importante estampado no rosto, aproveitei para lhe dar a notícia que ia ser o seu padrinho. Orgulhosamente.
Foi uma semana bem passada. O Rogério estava de férias e fizemos grandes viagens no seu orgulho – o Seat Cupra2 – que terminavam, inevitavelmente, à noite, numa passagem pelas Casas do Sporting e do Benfica em Zurique. E como ele ficou contente por lhe ter levado uma camisola do Sporting assinada por todos os jogadores do plantel.
Depois veio o mês de Agosto. Depois veio o primeiro dia de Novembro. E depois veio aquela viagem solitária que fiz até ao Porto para receber o seu corpo no aeroporto de Pedras Rubras e para o acompanhar em conjunto com os pais e o irmão até Ruivós. E depois vieram os gritos lancinantes que a carreta ouviu quando entrou no largo da fonte. E… E… E muito fica por contar.
No ano passado a tragédia abateu-se de novo sobre esta família. A Mariana, mãe do Rogério e do Miguel, e mulher do Fernando faleceu com cerca de 50 anos vitimada por um cancro.
Este ano, os mordomos da Capeia Arraiana de Ruivós, entenderem homenagear os dez anos do desaparecimento do Rogério. Justa e merecida homenagem. O meu bem-haja pela iniciativa destes mordomos.
Aproveito para acrescentar a este memorial a mãe Mariana, o pai Fernando e o irmão Miguel.
O Rogério (e a Mariana) estarão para sempre na memória daqueles que os conheceram.

Aqui deixo publicamente o desafio para a atribuição de o nome de uma das ruas de Ruivós ao Rogério Caramelo Madeira. Não será difícil substituir uma «rua do saco», «rua do meio», «rua de cima», «rua de baixo», «rua do chafariz», «rua da fonte» ou «rua sem nome» por um sentimento com valor.
«A Cidade e as Terras», opinião de José Carlos Lages

jcglages@gmail.com

Mais uma vez a AAR-Associação dos Amigos de Ruivós apoiou os mordomos da Capeia Arraiana de Ruivós que decorreu no passado dia 6 de Agosto de 2011, no recinto de touros de Ruivós. Para sempre ficará na memória de todos os presentes o minuto de silêncio em memória de Rogério Caramelo Madeira que até os pássaros respeitaram.

Rogério Madeira - Capeia Ruivós 2011

A Capeia Arraiana 2011, em Ruivós, foi mais uma vez um sucesso e felizmente sem qualquer incidente e contou, também, com a presença do pároco da aldeia, Padre Hélder, a pegar ao Forcão em Ruivós.
Este ano os mordomos (Ricardo Leitão, Rui Moura, Miguel Caramelo e Marlene Leitão) e a AAR quiseram homenagear um amigo querido e nunca esquecido – Rogério Caramelo Madeira – que nos deixou à 10 anos e que estivesse ainda entre nós, teria concerteza lugar garantido no Forcão de Ruivós, pois como se sabe, o seu desejo era que Ruivós tivesse uma Capeia Arraiana, sonho que foi realizado depois da sua partida por um grupo de Amigos.
«A saudade é a prova que não te esquecemos!» foi a frase que representou o nosso sentimento na homenagem ao Rogério Madeira na Capeia de Ruivós de 2011.
Gonçalo Pires
(Presidente da Associação dos Amigos de Ruivós)

Mês de Agosto é sinónimo de Festas no concelho do Sabugal. E logo na primeira semana tiveram lugar em Ruivós noites de intenso convívio organizadas pelos mordomos da Capeia Arraiana e pela Associação dos Amigos de Ruivós.

Festa Associação Amigos Ruivós Agosto 2011

A semana em movimento, organizada pelos Mordomos da Capeia de 2011, revelou-se um importante marco para prender as nossas gentes na aldeia.
Desde o dia 1 até ao 6, a animação não parou e o Salão de Festas foi o local escolhido para os festejos. Em cada dia o tema festivo era diferente, desde os Anos 80, à caipirinha, à noite branca, à noite da mulher e à festa da cerveja e do shot.
O último dia – 6 de Agosto, foi dedicado ao Dia do Sócio da Associação dos Amigos de Ruivós (AAR), em que tiveram lugar: uma missa, um almoço convívio, a assembleia geral da AAR, a anual capeia nocturna e para o encerrar das festividades uma festa temática em que se comemorava o início do verão.
De facto, o principal motivo destas festas – a capeia – foi bem sucedido e, com grande agrado por parte dos mordomos, com grande assistência.
Sem dúvida, Ruivós esteve em movimento durante essa semana, pois todos os dias marcaram grande agitação desde a ginástica ritmica, jogos tradicionais e ainda um passeio de motas velhas pelo concelho do Sabugal que reuniu cerca de 25 motards.
No final, é grande a satisfação dos mordomos que desde o primeiro momento aceitaram o convite, para que a aldeia de Ruivós fosse espaço de festejos e animação neste mês onde o que não falta por aí são festas mas que nesta aldeia não exitem (existiam).
Os Mordomos da Capeia de 2011 agradecem a todos os que participaram e colaboraram nestes belos dias vividos em Ruivós.
Marlene Leitão
(Mordoma da Capeia Arraiana de 2011)

ALDEIA VELHA – CAPEIA E… ENCERRO

«O Forcão, guarnecido de homens, está a postos no meio da praça. Dispensam-se as cerimónias de cortesia, e o pedido da praça, tal como a música, as camisolas e os bonés estampados dos rapazes que pegam ao forcão. Tudo isso se reserva para a tarde. Por ora, trata-se apenas de testar a bravura dos bois, uma espécie de tenta, ou, talvez mais correcto, uma forma de dar expressão à ânsia incontida da festa, à fome dos touros! Na falta do clarim, quatro pancadas fortes na chapa metálica do portão dos curros avisam que o touro vai entrar em cena. Ei-lo, negro, bisco e desenvolto como um relâmpago, a sair de revés, a percorrer todo o perímetro do largo, a limpar, obrigando a recolher aos salva-vidas todos os que ainda permaneciam na arena. Finalmente o bicho apercebe-se do forcão, à sua direita, de onde os rapazes o desafiam insistentemente. Sem se fazer rogado, vai-se à galha, prega-lhe uma valente marrada que obriga a rodar harmonicamente todo o conjunto. Ouvem-se gritos de euforia e receio. A rapaziada aguenta firme e os aplausos irrompem, merecidos.»

Capeia

Negro
Mais negro que os fogueiros ào inferno;
Gordo,
Mais gordo que as mulheres de um rei negróide;
Bufão,
Mais bufão do que Noto, Eolo e Bóreas à compita;

Veloz,
Mais veloz que os golfinhos de Nereu –
Entrou na praça o boi galhardo.
Escarvando,
Olfacteou o argiloso chão,
Com um ar de Satã alucinado.

Depois,
Erguendo a cabeça,
Achou pequenas a pequenez da praça
E a amplidão dos céus.

Depois, ainda,
Mugiu
Em ódio clamoroso e clangoroso.
Então,
A praça entrou nos delírios do pavor.
O forcão
Quedou-se desamparado
No meio do terreiro
E os capinhas galgaram em pamco
O espaço que os separava das trincheiras.
Sozinho,
No meio da praça,
O boi,
Já gigante,
Mais se agigantava.

Empoleirado num carro,
Exalçado a lenha
E enfeitado a colchas,
O tamborileiro rufava,
Querendo rebentar o velho bode.

Então os solteiros ganharam coragem
E, saltando aos magotes para a arena,
Imobilizaram o boi
Entre os aplausos dos homens
E os gritos das mulheres.
Manuel Leal Freire

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Textos de António Cabanas e Fotos de Joaquim Tomé (Tutatux) retirados do livro «Forcão – Capeia Arraiana»
jcl

Lembrei-me daquela canção da luso-brasileira Carmen Miranda «O que é que a baiana tem?» a propósito do Crato…

Ramiro Matos – «Sabugal Melhor»E porquê?
Pois porque o Crato é um Concelho do Alto Alentejo com condições sócio-territoriais muito mais adversas que o nosso Concelho.
Se não, vejamos:
O Concelho é constituído por apenas 6 freguesias, com uma área total de 398 km², menos de metade da área do nosso Concelho (826,7 km²).
O Crato tinha, segundo os Censos de 2011, 3.786 habitantes, o que significa uma diminuição de 12,9% face a 2001, e uma perda acumulada desde 1991 de 25,2%, isto é o Crato perde um quarto da sua população em 20 anos, numa evolução idêntica à do Concelho do Sabugal!
O Concelho do Crato fica distante da cidade de Lisboa 221 km, e distante 47 km da A23, uma situação mais desfavorável que a do Sabugal, a que se deve ainda somar a distância muito maior ao Porto e a Espanha. A sua proximidade a Évora está prejudicada pelas novas acessibilidades, via auto-estrada, a esta cidade.
Do ponto de vista de motivos de atracção, o Crato fica claramente a perder face ao nosso Concelho, pois para além de algum património edificado na sede do Concelho, apenas se salienta a Pousada do Convento Flor da Rosa.
Então o que é que o Crato tem que o Sabugal não tem?
Tem o Festival do Crato que, começando há 27 anos como uma Feira de Artesanato e Gastronomia, se afirma hoje como um festival de grande valia no panorama de festivais de Verão.
A edição deste ano, começou a 24 e termina a 27 deste mês, salientando-se:
– O programa musical com os Expensive Soul, os Deolinda, os Clã, Gabriel O Pensador, os Gotan Project, entre muitos outros;

– A Feira de Artesanato com várias dezenas de expositores;
– O Festival de Gastronomia garantido por dois restaurantes oficiais que, durante os 4 dias servirão nos espaços para isso preparados os pratos tradicionais do norte alentejano;
– Um conjunto de actividades paralelas, desde exposições várias até a uma corrida de touros e ao Concurso Regional do Rafeiro do Alentejo.
Durante os dias do Festival está preparado um espaço para campismo.

Mais não digo, porque acredito que já todos perceberam «O que é que o Crato tem», e porque é que eu falo dele…
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos

(Presidente da Assembleia Municipal do Sabugal)
rmlmatos@gmail.com

BRAVURA E ARTE

«Tratando-se de um espectáculo onde a cor e a arte, numa palavra a beleza está sempre presente, achamos que a escrita não seria suficiente para traduzir toda a sua dimensão. Costuma dizer-se que uma boa imagem vale por mil palavras. E para a melhor tradição raiana só o seu melhor fotógrafo. A prova está à vista, não precisamos de elogiar. Mais do que um texto ilustrado com belas fotos, o resultado é um livro de fotos ilustrado com texto.»

Havia ribeiras, sim, como a Pêga ou as Cabras mas, qualquer delas, não poderia ser comparada ao Côa que era um rio grande, arraiano e, todo inteirinho, português.

Fernando Capelo - «Terras do Jarmelo»O Douro e o Tejo eram grandes, sim senhor, mas nasciam em Espanha. O Côa era grande, também, mas nascia em Portugal. Vinha dos lados do Sabugal. Contornava, a uma distância razoável, o Jarmelo e seguia por bandas de Espanha, sempre ao longo da fronteira sem nunca se internacionalizar. Propunha-se engordar o Douro, claro, como se aprendia na escola primária, na cantilena dos rios e afluentes. Mas, Côa e Douro, apenas se abraçariam numa raia mais a norte, nas proximidades de Vila Nova de Foz Côa.
Assumidamente fronteiriço o Côa esgueirava-se, escorregadio, qual cobra gigante e prateada, raia adentro, sinalizando a proximidade da fronteira sem se inibir de interferir nas vidas arraianas!
O Côa não era, portanto, um rio qualquer. Investia-se de missões específicas. Era tido e achado em muitos actos contrabandísticos e empenhava-se regulando-os. Por vezes ajudava os guardas. Outras vezes facilitava contrabandistas.
Nesses tempos, idos, há mais de três décadas, contrabandeava-se de tudo. As raias (portuguesa e espanhola) praticavam um comércio clandestino amalgamado e abrangente que incluía de um pouco de tudo: pão, galhetas, café, cacau, chocolates, carnes, azeites, óleos, alpergatas, botas, panos, enxadas, tabacos e muito, muito mais. De forma legal quase só os rios cruzavam a fronteira!
Aprendi o Côa, em meados dos anos sessenta, mesmo antes de o cantarolar na escola primária. Naquela altura os rios decoravam-se a cantar. Mas, para mim, o Côa nunca foi um rio de cantigas. Sempre foi real, extremamente real. Conheci-o, cruzei-o e molhei-me nele milhentas vezes.
O São Roque, sítio carismático da margem esquerda, associava-se ao rio. Foi e é local de feiras, festas e romarias. Foi praia, palco de brincadeiras, lugar de merendas e convívios. Há lá capela e ponte a ligar as arribas.
Na minha adolescência, por estas bandas, as águas do rio eram completamente isentas de poluições. Sobretudo no Verão, quando paradas e observadas de perto, lembravam espelhos enormes reflectindo não só a frescura do arvoredo marginal mas também as agruras dos montes medianamente afastados.
A minha relação com o rio é da minha idade e, entre nós, coexiste uma empatia crescente que se renovou em cada reencontro. Sobram-me, agora, retratos antigos que me reavivam imagens e recordações.
De quando em vez, faço questão de me pôr a sós com o Côa. Procuro-o como quem procura um velho amigo. Falo-lhe, conto-lhe, pergunto-lhe e escuto-o. Cheiro-lhe os ares, as águas e as margens. Lanço-lhe olhares profundos tentando decifrar-lhe segredos. Às vezes olho-o suavemente deixando que os meus olhos o percorram e se percam pelos sítios mais recônditos. Olhares profundos e olhares suaves acabam por se reencontrar sobre as águas, entre as margens. E, sempre, sempre após momentos da mais perfeita sintonia ambos (eu e o rio) concluímos que a raia só pode ser como é porque é assim o rio Côa.
«Terras do Jarmelo», crónica de Fernando Capelo

FÓIOS – CAPITAL DA RAIA

«A Capeia dos Foios realiza-se na terceira terça-feira do mês de Agosto integrada nas festas em honra do Santíssimo Sacramento. O encerro inicia-se no planalto do Lameiro, para onde os touros vêm de madrugada, e dirige-se para a aldeia pelo caminho da serra, seguindo depois pela estrada que vem da Aldeia do Bispo em direcção à praça. Como sempre, o professor Zé Manel, presidente da Junta quase uma vida, num breve discurso gritado no megafone, dirige-se à assistência: agradece aos forasteiros a visita, pede aos fojeiros que recebam bem e recomenda valentia e prudência aos que enfrentam os toiros.»

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Textos de António Cabanas e Fotos de Joaquim Tomé (Tutatux) retirados do livro «Forcão – Capeia Arraiana»
jcl

Segundo a polícia norueguesa, os atentados de Oslo e da ilha de Utoya, foram obra de um louco que atacou isoladamente e que é de ideologia extremista de direita. A comunicação social nem se digna duvidar um pouco desta posição da polícia, lança Urbi et Orbi os comunicados policiais como sendo a verdade absoluta. Foi assim com Kennedy, com João Paulo II e com outros, obra de um louco.

António EmidioVejamos uma sequência de acontecimentos que levam a duvidar do trabalho isolado do extremista/terrorista Anders Behring Breivik. O carro bomba que destruiu os edifícios governamentais no centro da cidade de Oslo, estava armadilhado com tal complexidade que quem o fez tinha de ter grandes conhecimentos e coordenação. Como é que um homem sozinho transporta uma bomba, rouba um carro, fá-la explodir sem problemas técnicos? Depois, veste-se de policia, leva um arsenal de munições num ferry, à chegada à ilha começa a matar, deu tempo para tudo, inclusive dar o tiro de misericórdia a alguns feridos, continua a matar os que fugiam a nado e, assim se divertiu, nem o Mac Gyver!
De acordo com as palavras do juiz que interrogou Anders B. Breivik, este declarou: «existem duas células mais na minha organização». Também de acordo com testemunhas na ilha de Utoya, ouviram-se vários disparos de armas diferentes, vindos de vários sítios.
E o papel da policia em tudo isto? Talvez cumplicidade com o terrorista, principalmente das altas patentes policiais. A policia levou 90 minutos a chegar à ilha, ao local do massacre, podendo fazer o percurso em 12 minutos de helicóptero e, 30 de lancha, mas parece que não havia helicóptero nem lancha! Quando a polícia chegou ao lugar do massacre, o assassino estava sem balas e entregou-se, nem dispararam um tiro. Foi tudo «mise en scène».
O assassino estava a matar jovens de esquerda, jovens trabalhistas, portanto, não havia que ter pressa… As vítimas aterrorizadas contavam aos seus familiares através de telemóvel, todo o drama que se estava a desenrolar.
O terrorista Anders Behring tinha sido militante do Partido do Progresso Norueguês, um grande partido islamofóbico de extrema direita. Ele próprio falava na «colonização islâmica da Europa» e que era «tolerada pelos marxistas». Matar dezenas de jovens trabalhistas, era liquidar futuros dirigentes do trabalhismo norueguês, era acabar com aqueles que segundo ele, abririam as portas aos imigrantes, permitindo a islamização da Europa. Ainda segundo Breivik «antes de começar a nossa cruzada devemos ter como tarefa dizimar o marxismo cultural» continua «uma vez que decides golpear é melhor matar muitos (…) ou nos arriscamos a reduzir o impacto do ataque».
Agora, o seu advogado, o mesmo que defendeu dois neonazis que mataram um norueguês de origem africana, vai usar o argumento da loucura como base da defesa de Breivik. Jamais saberemos a verdade, ou seja, quem o ajudou. Os noruegueses estão a aperceber-se que os trabalhistas só controlam uma parte do governo, o poder legislativo, os extremistas de direita têm muitíssima influência no aparelho estatal, a alta hierarquia policial por exemplo.
Segundo um extremista de direita, eurodeputado italiano, 20% de votos na U. E. são conseguidos com ideias idênticas às de Breivik, o que equivale a 100 milhões de pessoas a pensar como o terrorista de Oslo.
O sistema e a sociedade estão doentes.

Quero aqui dizer que o Trabalhismo, o Socialismo Democrático e a Social – Democracia, fazem parte da mesma família ideológica.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio

ant.emidio@gmail.com

O Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento Territorial de Pinhel da GNR deteve, no dia 19 de Agosto, durante a feira de S. Mateus, em Trancoso, um homem e uma mulher, de 55 e 51 anos de idade, respectivamente, naturais de Entroncamento e residentes em Quarteira – Loulé, pela prática de crime de furto de diversas carteiras (vulgo – carteiristas). A GNR procedeu ainda a outras detenções no distrito da Guarda durante a passada semana.

Preso algemadoSegundo o comunicado semanal do Comando Territorial da Guarda, da GNR, as detenções foram efectivadas em flagrante delito, no âmbito de uma Operação planeada, com o objectivo de prevenir a prática de furto por carteiristas. Os guardas vigiavam indivíduos suspeitos e detectaram um deles a subtrair uma carteira a uma senhora sexagenária.
Os detidos possuem antecedentes criminais pela prática de diversos crimes da mesmo tipo, cometidos em diversos locais do Território Nacional. Presentes ao Tribunal Judicial do Trancoso, foi-lhes aplicada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência.
O Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento Territorial da Guarda apreendeu, na manhã do dia 16 de Agosto, 7 plantas de Cannabis Sativa, que se encontravam cultivadas num terreno adjacente à residência do suspeito e dissimuladas no meio de um matagal, na localidade de Macainhas – Guarda.
Na sequência da apreensão, deteve um indivíduo de 41 anos de idade, residente naquela localidade, por crime de cultivo e posse de plantas consideradas produto de estupefacientes. Presente ao Tribunal Judicial da Guarda, foi-lhe aplicada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência.
Na manhã do dia 18 de Agosto, também o Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento Territorial de Gouveia apreendeu 29 plantas de Cannabis Sativa, com cerca de 1,50 metros de altura cada, que se encontravam cultivadas num terreno agrícola e dissimuladas entre outras culturas, na localidade de Melo, Gouveia.
Em consequência, foi detida uma mulher de 48 anos de idade, residente naquela localidade, que, presente ao Tribunal Judicial da Gouveia, lhe foi aplicada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência.
Na manhã de 18 de Agosto, militares do Núcleo de Protecção Ambiental do Destacamento Territorial de Pinhel detiveram uma mulher de 66 anos de idade, residente em Vila da Ponte – Sernancelhe, por crime de pesca. A suspeita andava a pescar, em época de defeso, na Quinta do Ferro – Rio de Mel – Trancoso, em águas classificadas de salmonídeas do rio Távora, prática que constitui crime de pesca, tendo-lhe sido apreendidos uma cana de pesca e um saco de rede.
Presente ao Tribunal Judicial de Foz Côa, foi-lhe aplicada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência.
Também na manhã de 20 de Agosto, militares do mesmo Núcleo de Protecção Ambiental detiveram um indivíduo de 64 anos de idade, residente em Almendra – Vila Nova de Foz Côa, pela prática do mesmo tipo de crime.
O suspeito andava a pescar no Rio Douro, junto à Estação da CP de Almendra – Foz Côa, utilizando para o efeito uma rede com malha ilegal (malha mais estreita que o permitido por Lei), o que constitui crime de pesca, tendo-lhe sido apreendidas uma embarcação com motor, três redes de pesca ilegais e 52,5 kg de peixes. O peixe maioritariamente “barbo”, foi entregue numa casa de beneficência (Lar de terceira idade) em Vila Nova de Foz Côa.
Presente ao Tribunal Judicial de Pinhel, foi-lhe aplicada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência.
plb

IDENTIDADE DE UM POVO (2)

«A afición das gentes de Riba Côa não fica atrás da de outras regiões onde ocorrem manifestações tauromáquicas. Pelo contrário, a sua adesão aos touros supera em muito a adesão das regiões onde se fazem touradas à portuguesa, que como se sabe têm sofrido nas últimas décadas um decréscimo de assistência. Qualquer capeia arraiana encherá todos os lugares disponíveis da praça, por maior que seja, a pontos de ser dizer na Raia que onde há cornos há gente.»

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Textos de António Cabanas e Fotos de Joaquim Tomé (Tutatux) retirados do livro «Forcão – Capeia Arraiana»
jcl

Deixem-me ser muito sincero. A verdade é que, em toda a minha vida já longa, nem antes nem depois do 25, nunca dei qualquer importância à Câmara do Sabugal. Cresci num ambiente e numa terra em que era assim. Sem desprezo: apenas com indiferença. Só de há uns três ou quatro anos a esta parte é que dou pela existência dessa Câmara.

Durante a minha adolescência, desde que me lembro de ter consciência das coisas, a Câmara do Sabugal não passava do sítio onde tinha de se ir tirar a licença da bicicleta.
Nada de melhoramentos no Casteleiro. Nada de ruas. Nada de jardins. Nada de equipamentos urbanos.
Nada de nada – passe a caricatura, que resulta mais da revolta do que de erro de análise.
Mas sei que para o Soito e não só a Câmara era uma fonte de bem-estar.
Mas nem pensem que me incomodava. Não, nada disso. Tanto se me dava. Para mim, vejam bem, era quase uma lei da vida: a Câmara servia mesmo para dar melhores condições de vida à Vila e, quando muito, ao Soito.
Nem sabia nessa altura que havia um orçamento municipal. Nem imaginava que esse orçamento vinha dos impostos das pessoas do Casteleiro (e das outras, sei hoje).
Meteram a água canalizada e vá lá. Saneamento – nem pensar…
Passaram anos e, depois do 25 de Abril, vieram as juntas democráticas e seus cadernos reivindicativos… Que eu saiba, pouco se alterou. Honra seja feita às Juntas de Freguesia e às suas iniciativas. Porque, por iniciativa da Câmara do Sabugal, nada que se veja. Vieram mais tarde uns dinheiritos para calçadas, caminhos e uns fontanários.
E penso que até há uns três anos atrás, pouco mais do que isso. Mais: nunca tinha visto no Casteleiro as autoridades civis locais. Só mesmo os guardas da GNR – que, estranhamente, sempre me foram ou neutros ou mesmo simpáticos, por mais estranho que isso hoje me pareça.
Depois criámos no Casteleiro o Centro de Animação Cultural. Era uma boa ocasião para a autarquia mostrar que valia a pena pertencer ao concelho. Mas nada, ou quase nada.
E assim tem sido a minha vida toda: nem dou pela existência da Câmara do Sabugal.
Logo eu que dedico a minha vida quase toda ao Poder Local.
Ora, bolas!
Quem me dera poder vir aqui elogiar a atitude da Câmara do Sabugal para com o Casteleiro a vida toda.
«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes

Realizou-se em Aldeia da Ponte mais uma edição do festival «Ó Forcão Rapazes», onde os pegadores de nove povoações do concelho do Sabugal com tradições tauromáquicas arreigadas mostram como se lida o toiro com o forcão, perante uma praça a abarrotar de gente.

A tarde acalorada e abafada de 20 de Agosto ficou marcada nas terras raianas pela excelente exibição na lide dos toiros com forcão, num espírito de rivalidade e de competição entre as diferentes aldeias, onde o convívio e a amizade entre os povos raianos também teve lugar. A força dos toiros de Zé Nói, ficou desde logo evidente com a forte investida do primeiro deles no forcão de serviço, cuja trave fronteira foi literalmente partida, deixando o instrumento inoperacional. O forcão suplente sofreu também com as imponentes investidas, com as galhas de carvalho a quebrarem-se sucessivamente, o que motivou a intervenção dos «especialistas», que, munidos de galhas novas e ferramentas apropriadas, consertaram o forcão em plena arena.
A evidente força dos touros, não deixou de motivar queixas de uma ou outra equipa que viu quedar-lhe em sorte um boi com menor sentido em investir nas galhas do forcão. No geral assistiu-se a boas intervenções, que cumpriram o objectivo de demonstrarem a espectacularidade da capeia arriana, enquanto diversão tauromáquica num ano em que o Município sabugalense avançou com a candidatura desta tradição a património imaterial da humanidade.
Para além dos touros e do forcão a tarde tórrida de Agosto proporcionou momentos de confraternização entre os povos das aldeias, malgrado a rivalidade e a disputa pela melhor pega. A solidariedade esteve exemplarmente à vista quando um elemento da equipa de pegadores de Aldeia da Ponte se sentiu mal durante a lide, num momento em que o toiro investia rijo. Face ao percalço, de que muitos mal se aperceberam, os rapazes de outras equipas saltaram para a arena, desviando a atenção do touro e retirando em ombros o jovem indisposto para a trincheira, onde foi prontamente assistido pelos bombeiros voluntários do Soito.
O festival «Ó Forcão Rapazes», é um excelente momento de divulgação da tradição raiana e de demonstração da bravura e coragem das suas gentes. Muitos vieram de longe para assistirem à excelente demonstração, o que traz à evidência a potencialidade da capeia arraiana como promoção do concelho do Sabugal.

A importância do festival na divulgação da capeia exige uma mais cuidada organização do evento. O ritual associado a esta tradição tem que ser mais bem cuidado e o orador de serviço (o nosso estimado amigo Esteves Carreirinha) deveria seguir um guião mais formal, no sentido de dizer apenas o que era necessário e no momento adequado. Os tempos mortos poderiam ser ocupados com alguma animação. É necessário fazer algo mais pelo Festival, dando-lhe outra dinâmica, numa altura em que o mesmo pode ser aproveitado como um dos grandes pólos de divulgação da Capeia Arraiana face à candidatura a património da humanidade.
plb

IDENTIDADE DE UM POVO (1)

«À hora da capeia todos os lugares estão preenchidos. Cada pessoa posiciona-se onde encontre sítio disponível. A afluência ultrapassa em muito a lotação das bancadas, apinhadas de gente nas posições mais caricatas. Há quem veja o espectáculo debaixo dos reboques, deitado por terra, outros permanecem durante toda a lide encalampeirados em postes de electricidade, telhados e outras estruturas. Janelas e varandas mal podem com tanta gente. Com a tourada prestes a iniciar, há ainda tempo para ajudar senhoras e crianças a subir para os tabuados e beber uns copos com os amigos, correndo-se o risco de não conseguir o melhor sítio para assistir ao primeiro touro, situação que se pode corrigir logo que alguém se levante para ir ao bar. Já que não há lugares marcados, os que vão ao bar deixam os lugares para os que deles precisam.»

Embora a ciência médica tenha evoluído muito nas últimas décadas, a verdade que regrediu em igual proporção a responsabilidade da prática da medicina, o que é perfeitamente visível na simples forma como são emitidas as prescrições terapêuticas.

Ventura ReisHá dias fui a uma consulta médica no Centro de Saúde da minha área de residência. O facultativo que me observou e sobretudo ouviu os meus queixumes, entendeu passar-me receita com alguns medicamentos.
Já na farmácia, a diligente funcionária que me atendeu tentou compreender os rabiscos da prescrição, mas teve de recorrer a uma colega, que também nada decifrou. Quando me apercebi, já todos os funcionários da farmácia estavam de roda do papel, dando palpites acerca dos gatafunhos da receita, mas sem que chegassem ao necessário consenso. Uma tentativa de contacto com o Centro de Saúde também foi em vão, pelo que, educadamente, me solicitaram que lá retornasse e solicitasse uma nova receita, por aquela ser absolutamente ilegível.
Voltei ao Centro de Saúde, mas o médico saíra e só voltaria a dar consultas daí a dois dias. A minha sugestão de alguém falar com outro médico não pegou e, face à postura irredutível dos funcionários, tive de ali voltar ao fim de dois dias para o médico, a contragosto, e vociferando contra os funcionários da farmácia, emitir novo receituário, com arabescos algo melhor desenhados do que aqueles que o papel anterior continha.
Esta irresponsabilidade do médico não poderia passar-se nos tempos antigos, quando a lucidez boiava à tona da água e todos cumpriam as regras estipuladas. Durante muitos anos vigorou o decreto-lei n.º 32.171, de 29 de Julho de 1942, cujo artigo 11º estipulava: «As receitas serão redigidas em língua portuguesa, usando-se sempre que as circunstâncias o permitam folhas apropriadas em que se contenham impressos o nome e morada do médico que as firme, sem emprego de abreviatura, com as doses expressas por extenso e de harmonia com o sistema decimal, datadas, e devendo o seu teor ser escrito a tinta e com letra bem legível, de forma a serem facilmente entendidas pelos farmacêuticos. Quando se prescreva dose menos usual deve esta assinalar-se, quer sublinhando as palavras que a indicarem, quer escrevendo-as não só por extenso, mas também por algarismos.»
E lá vinha a disposição sancionatória, para que a norma tivesse eficácia: «A infracção ao disposto é punida com multa de 100 a 500 escudos».
No Sabugal recordo dois grandes clínicos, que ali tinham consultório, os doutores Francisco Maria Manso e Raul Baptista Monteiro, cuja letra aposta nas prescrições era cuidadosamente desenhada, tal qual o professor Frederico, de Vila Boa, a ensinara nos bancos da escola, para que todos a compreendessem.
«Tornadoiro», crónica de Ventura Reis

Ó FORCÃO RAPAZES

«O festival Ó Forcão Rapazes realiza-se por volta do dia 20 de Agosto, no segundo ou no terceiro sábado, conforme o maior ou menor avanço do calendário. Com a Praça de Touros a regurgitar de gente, completamente esgotada por uma assistência vibrante e colorida, a rapaziada da Raia demonstra a sua raça na espera dos bravos e corpulentos touros. A lide, com duração de 15 minutos para cada equipa, é controlada pela organização. Antes do início da capeia tem lugar o espectacular desfile das equipas, marcado pelo rufar dos tambores e pelos aplausos ruidosos dos apoiantes de cada uma das equipas. No final do desfile, os grupos alinham-se em conjunto no centro da Praça, lado a lado, e escutam as palavras de circunstância e de estímulo proferidas pela entidade oficial convidada, normalmente o presidente da Câmara, representante máximo do concelho. Terminado o discurso, as equipas voltam a desfilar, desta vezpara a trincheira, onde aguardarão a sua vezde medir forças com o touro que lhes calhou em sorteio.»

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Textos de António Cabanas e Fotos de Joaquim Tomé (Tutatux) retirados do livro «Forcão – Capeia Arraiana»
jcl

Atletas do Sporting Clube do Sabugal participaram em Alcains no Estágio de Verão da Escola de Judo Ana Hormigo.

Judocas Sporting Sabugal

Teve lugar em Alcains entre o dia 2 e 6 de Agosto, o estágio de Verão realizado pela Escola de Judo da atleta olímpica Ana Hormigo, que no mês passado venceu a prova alemã da taça da Europa.
Tem vindo a ser costume o convite ao clube raiano para participar nos estágios realizados por aquela instituição que conta para além da atleta olímpica, com mais alguns judocas da seleção Nacional em vários escalões etários.
A qualidade do estágio permitiu aos seis judocas do Sporting do Sabugal, que abdicaram do repouso do inicio do mês de Agosto, para além de manter a forma e a rotina competitiva, conviver com os atletas da região de Castelo Branco. O estágio contava com dois treinos de Judo por dia, corrida matinal, canoagem, BTT e visitas locais de interesse cultural, entre outras.
De lembrar que a época ainda não acabou para o escalão de seniores, que têm ainda algumas competições pontuáveis para o Ranking de acesso á respectiva prova Nacional, sendo o campeonato Regional Norte, onde irão participar os atletas do Distrito da Guarda, a 17 de Setembro e organizado pela Associação de Viana do Castelo.
djmc

FORCÃO (3)

«O forcão é empunhado por uma trintena de jovens, distribuídos pelos mais de 300 quilos de toda a estrutura. O rabiche, leme do artefacto, é operado à altura da cabeça dos rabejadores, enquanto a base se mantém pela cintura ou até mais abaixo, dependendo da forma como investem os touros. Estes, ao marrarem, por vezes levantam a cabeça (derrote), e com ela o próprio forcão, obrigando os rapazes da respectiva galha a dependurarem-se nele, fazendo peso para o baixar. Há, porém, outros que marram de cima para baixo, humilhando, podendo ainda ser bons trepadores, o que causa, por vezes, alguns embaraços aos jovens. Neste caso é preciso usar de toda a força para levantar o forcão.»

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Textos de António Cabanas e Fotos de Joaquim Tomé (Tutatux) retirados do livro «Forcão – Capeia Arraiana»
jcl

Há cerca de 50 anos foram construídas duas casas florestais na área geográfica de Fóios e uma na área de Quadrazais, no concelho de Sabugal. As referidas casas foram habitadas por guardas florestais, com as respectivas famílias, durante uma dezena de anos. Os guardas tinham por missão fiscalizar as áreas de baldio que haviam sido florestadas.

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José Manuel Campos - Presidente Junta Freguesia Fóios - Capeia ArraianaNessa altura havia muitos pastores em toda a zona e era necessário e conveniente que as cabras não entrassem nas áreas florestadas.
Depois das árvores se terem desenvolvido, e quando o gado já podia entrar nas respectivas áreas, e também porque era desumano terem essas famílias a cerca de quatro ou cinco quilómetros dos povoados, os Serviços Florestais deixaram as casas ao abandono.
No princípio da década dos anos 90, altura em que o engº Renato Costa foi Director da Reserva Natural da Serra da Malcata e, sob proposta dele, o ICN adquiriu, aos Serviços Florestais, as três casas, tendo conseguido, através da aprovação de um projecto, uma verba que foi muitíssimo bem aplicada. As casas foram, na verdade, muito bem recuperadas e equipadas para a prática do turismo. Acontece, porém, que entretanto o senhor engº Renato Costa foi substituído e os directores vindouros nunca manifestaram grande interesse em alugar as casas, para a prática do turismo, muito embora a procura seja enorme.
Para que serviu o dispêndio da verba em causa se as casas continuam igualmente fechadas e com os equipamentos a degradarem-se? É de bradar aos céus. Somos, de facto, um País que nem se governa nem se deixa governar. A quem interessará que as casas continuem fechadas e abandonadas? É, na verdade, um crime de lesa Pátria.
Numa altura em que tanto se fala em turismo rural, e vindo tantos grupos para esta bonita zona raiana, não haverá alguém que consiga dar uma ordem e pôr as coisas no devido lugar? Somos pobres porque nos fazem ser pobres.
Enviem para os Vossos contactos para ver se conseguimos envergonhar senhores responsáveis pelo ICNB.
Enquanto continuarmos a ser governados por quem não nos conhece, pobre interior.
«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos

(Presidente da Junta de Freguesia de Foios)
jmncampos@gmail.com

FORCÃO (2)

«Falar da capeia arraiana é falar do artefacto que a torna tão peculiar. Não é difícil, ao analisarem-se outras tauromaquias, encontrar razões para as suas diferentes formas e meios utilizados: o cavalo, os ferros, a corda, os enganos, etc. Explicam-se pela origem da própria tauromaquia, pela caça, pelos treinos de guerra, ou simplesmente pela necessidade de domínio do homem sobre as espécies bravias, com vista ao aproveitamento dos recursos que propiciam. Com o forcão tudo é diferente, não são fáceis as explicações nem descortináveis as origens. Se não oferece dúvidas a ninguém a ancestralidade das garraiadas em Riba Côa, já quanto ao uso do forcão ninguém tem certezas sobre a época do seu aparecimento. Há quem o associe a guerras passadas.»

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Textos de António Cabanas e Fotos de Joaquim Tomé (Tutatux) retirados do livro «Forcão – Capeia Arraiana»
jcl

JOAQUIM SAPINHO

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Em exibição nos cinemas UCI

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