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Já me tinham alertado para a dureza deste filme, mas quem tem visto alguns filmes do cinema russo recente não ficará surpreendido. A verdade é que algumas obras desta cinematografia são duras de engolir.
E «A Minha Alegria», apesar do título, não é excepção. Algo que é expresso logo a abrir, numa sequência aparentemente sem ligação ao resto do filme, em que alguém é enterrado em cimento.
A estreia na ficção de Sergei Loznitsa, realizador com obra feita na área do documentário, mostra o percurso de Georgy, um camionista que transporta uma mercadoria e por um acaso do destino (fica preso numa enorme fila de trânsito e lembra-se de dar boleia a uma prostituta menor) acaba por tomar um atalho por uma estrada secundária. Mal sabia que iria para uma viagem sem retorno.
Se a princípio parece que estamos numa viagem apenas estranha, com tons surreais como a cena da bomba de gasolina em que respondem ao camionista por cartazes, quando Georgy chega à vila onde vive a rapariga as coisas mudam. A jovem não aceita a ajuda e o camionista começa a ser olhado de lado. Depois de abandonar esta localidade, Georgy acaba por se perder e um novo encontro, desta vez com um bando de ladrões, acaba por ser determinante para o resto do filme. O mal que é feito à personagem, que às tantas é aconselhada a não interferir (conselho que vem tarde, pois nessa altura já nada podia fazer), leva-a a um final brutalíssimo que nos deixa sem pinga de sangue.
Apesar de ser um filme de ficção, nota-se que Sergei Loznitsa levou alguma da sua experiência de documentarista para «A Minha Alegria». Nota-se muito na tal cena da vila, na forma como são filmados os figurantes e nota-se na forma como são contados alguns dos episódios secundários, sobretudo o primeiro, que se dá quando um estranho homem aparece no camião de Georgy. Mesmo assim não deixa de ser para já um dos melhores filmes estreados este ano.
«Série B», opinião de Pedro Miguel Fernandes
pedrompfernandes@sapo.pt
Na entrada para a segunda metade do Campeonato Distrital de Futsal, a equipa da Rapoula do Côa, deslocou-se até Celorico da Beira para defrontar a equipa de Aldeia Viçosa. Depois do ter perdido em casa na primeira volta, esperava-se uma partida complicada. O empate foi desfeito já perto do final do jogo pela equipa da casa que venceu por três bolas a duas.

Contudo, o inicio da partida, mostrou um jogo equilibrado entre as duas formações, com algumas situações de golo para ambas.
Adiantou-se a equipa da casa no marcador (1-0), mas reagiu, muito bem, ao golo sofrido a equipa da Rapoula do Côa, que minutos mais tarde, Sérgio Pinto iguala a partida através de um livre directo.
O resultado manteve-se inalterável até ao intervalo, fruto da inspiração dos guarda-redes que iam adiando os golos.
Para a segunda parte, a equipa da casa, entrou mais ofensiva, obrigando a equipa da Rapoula do Côa a cometer alguns erros defensivos. Nesse mesmo período, a equipa da Aldeia Viçosa adianta-se de novo no marcador!
Reage, de forma tímida, a equipa da Rapoula do Côa, à desvantagem, no entanto consegue equilibrar e igual a partida, com um golo de Hugo Fernandes!
Quando se esperava que o empate seria o resultado final, a equipa da casa marca novamente e fixa o resultado final em 3-2. Com este resultado a equipa da Rapoula do Côa volta a perder pela margem mínima!
Próxima jornada (sábado, 29 de Janeiro): Rapoula do Côa-Valhelhas.
Marco Capela
O Governador Civil da Guarda, Santinho Pacheco, reúne no dia 1 de Fevereiro com as 23 corporações de bombeiros do distrito da Guarda para preparar os fogos florestais. Reportagem com edição da jornalista Sara Castro com imagem de Miguel Almeida da Redacção da LocalVisãoTv (Guarda).

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Autoria: LocalVisãoTV posted with Galeria de Vídeos Capeia Arraiana
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Loison foi um general e conde do Império Francês, que participou nas três invasões de Portugal. Ficou muito popular pelas piores razões, pois o povo, que o imortalizou como «Maneta», sofreu na pele os horrores do seu comportamento criminoso. Esteve acampado na Ruvina, no final da terceira Invasão.
Henri-Louis Loison nasceu a 13 de Maio de 1771, em Damvillers, filho de um deputado da Assembleia Constituinte. Alistou-se no exército aos 20 anos e passado um ano era tenente. Já capitão de hussardos, serviu na actual Bélgica, onde liderou o saque à célebre e riquíssima abadia de Orval, seu primeiro acto de grande atrocidade.
Promovido a general de brigada, participou na repressão da insurreição monárquica de 1795, sendo depois nomeado presidente do tribunal que condenou os cabecilhas da revolta.
Em 1799 serviu na Suiça, sob as ordens de Massena, que o promoveu a general de divisão. No ano seguinte participou na Campanha de Itália onde se bateu em batalha sob as ordens do marechal Ney.
Em 1806 perdeu o braço esquerdo num acidente de caça, o que o colocou fora do comando das tropas durante largos meses. Recuperado, participou no cerco de Colberg, na Alemanha, e foi nomeado governador de uma região do novo Reino da Vestefália.
Em finais de 1807, foi nomeado comandante da 2.ª divisão do Corpo de Observação da Gironda, que, sob o comando de Junot, invadiu Portugal. Foi o homem de mão de Junot para punir os actos de rebeldia dos portugueses. Isso é especialmente notório a partir de Maio de 1808, perante sinais de uma insurreição geral, o que levou Junot a encarregar Loison de expedições punitivas exemplares. Ocupou então diversas povoações portuguesas, de norte a sul, praticando todo o género de crueldades contra as populações, ferindo, açoitando e matando quem lhe surgisse pela frente. O povo chamava-o «Luisão» e «Maneta», ficando então a usar-se na linguagem popular o lugar comum «ir para o maneta», em analogia com o destino fatal de todos aqueles que o Maneta apanhava.
Finda a primeira invasão, Loison foi, em 1808, enviado para o corpo do marechal Soult, a quem Napoleão encarregou de uma segunda invasão, entrando pelo Norte. Bom conhecedor do País, Soult enviou-o por diversas vezes em campanha, a fim de pacificar zonas revoltosas ou para cobrir os movimentos do exército francês, continuando a praticar as suas malfeitorias sobre o povo.
Fracassada a segunda invasão, regressou a Espanha e, em 1810, esteve de novo ao comando de uma divisão, integrado agora no corpo de Ney, com o objectivo de entrar em Portugal, no exército de Massena. Loison combateu na batalha do Buçaco, ocupou diversas posições defronte das Linhas de Torres e evoluiu às ordens no movimento retrógrado. Massena vivia em conflito permanente com o fogoso Ney, que por sua vez detestava Loison. A rivalidade entre os marechais culminou na decisão de Massena destituir Ney do comando do 6º Corpo, em plena retirada, quando as tropas se encontravam em Celorico da Beira, tentando suster o avanço aliado.
Loison foi então escolhido para comandar o 6º Corpo, mas as tropas, que sempre tiveram Ney como herói, não se adaptaram ao novo comandante. Loison não tinha o carisma e a capacidade de comando do seu predecessor. O 6º Corpo, era a elite do exército invasor, que havia coberto toda a retirada desde Santarém, mas com Loison passou a ser uma estrutura pesada e difícil de movimentar.
Massena ordenou a Loison que ocupasse o vale do Côa, e a Junot e Reynier, os outros dois comandantes de corpo, que avançassem pelo Sabugal para sul, pretendendo relançar a invasão. Porém o atrito com Ney e a consequente demora na manobra do 6º Corpo fizeram fracassar este plano. Loison ocupa a margem direita do rio Côa, instalando-se na Ruvina, a partir de onde comandou os seus homens, com vista a garantir que as forças anglo-portuguesas não passassem o rio.
Entretanto Junot deixou Belmonte e Sortelha e recuou para Alfaiates, onde Massena estava instalado, e Reynier acampou no Sabugal, começando-se a desenhar um definitivo retrocesso dos franceses para Espanha. Wellington, à frente do exército anglo-luso, atacou Reynier no Sabugal, o qual esperou pelo socorro de Loison, que porém não foi capaz de lho prestar. Optou antes por levantar o acampamento e partir da Ruvina para Alfaiates, onde se juntou a Massena, daí recuando para Espanha.
A curta passagem de Loison pelo concelho do Sabuhgal, não deu azo a mais que os normais e puros actos de guerra, dentre os quais as acções de saque às populações a fim de garantir a subsistência do exército. Loison era um homem cansado da guerra, que transportava a fama terrível de general sanguinário e cruel. Porém não passava, nesse momento de uma sombra de si próprio.
Já acantonado em Espanha, pediu insistentemente uma licença, que acabou por lhe ser concedida, e abandonou o comando do corpo, regressando a França.
Em Maio de 1812 foi enviado por Napoleão para a campanha da Rússia, onde combateu abnegadamente.
Regressado a França em 1814, passou a comandante de uma região militar e, no ano seguinte, passou à disponibilidade. A queda de Napoleão fê-lo passar em definitivo à posição de reformado, indo viver em Liége, no recém-criado Reino dos Países Baixos, onde morreu em 30 de Dezembro de 1816, com apenas 45 anos.
Paulo Leitão Batista
As corporações de bombeiros do distrito da Guarda vão receber viaturas novas durante o ano de 2011. Reportagem com edição da jornalista Sara Castro com imagem de Miguel Almeida da Redacção da LocalVisãoTv (Guarda).

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Ainda valerá a pena falar de Distrito da Guarda?
Uma leitura rápida da Constituição da República Portuguesa permite de imediato perceber que a existência do Distrito só se mantém porque, até ao momento, não houve condições para se concretizar o conteúdo do nº 1 do Artº 236º «1. No continente as autarquias locais são as freguesias, os municípios e as regiões administrativas.»
Após a aprovação e criação da região administrativa, os seus órgãos representativos serão a Assembleia Regional e a Junta regional.
Nessa altura desaparecerá o que hoje conhecemos como Distrito e, nomeadamente no que diz respeito ao Governo Civil, o Artº 262º da Constituição diz apenas que «Junto de cada região pode haver um representante do Governo, nomeado em Conselho de Ministros, cuja competência se exerce igualmente junto das autarquias existentes na área respetiva.»
Voltando ao atual Distrito da Guarda, o mesmo integra, como todos sabemos, os Municípios de: Aguiar da Beira, Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda. Manteigas, Meda, Pinhel, Sabugal, Seia, Trancoso e Vila Nova de Foz Coa.
Mas outras realidades hoje se impõem.
Em primeiro lugar a questão das Unidades Territoriais Estatísticas (NUTs).
No que diz respeito ás NUTs II (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve) se alguém pensava que todos os Municípios do Distrito pertenciam à região Centro, enganou-se, pois Vila Nova de Foz Coa pertence à região Norte!
E se descermos até às NUTS III, aí então, a divisão é ainda maior.
– Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Manteigas, Meda, Pinhel, Sabugal e Trancoso constituem a Beira Interior Norte;
– Fornos de Algodres, Gouveia e Seia constituem a Serra da Estrela;
– Aguiar da Beira pertence a NUT III Dão-Lafões, sendo os restantes Municípios do Distrito de Viseu; e
– Vila Nova de Foz Coa pertence à NUT III do Douro com Municípios de Bragança, Vila Real e Viseu!
Mas se abandonarmos esta classificação, vejamos o que se passa a nível de Comunidades Intermunicipais e Associações Municípios.
Ressalta desde logo a COMURBEIRAS, a que pertencem os Municípios da Beira Interior Norte, mas também Belmonte, Covilhã e Fundão da Cova da Beira e do Distrito de Castelo Branco.
Curiosamente, e em 2007, a CCDR Centro ainda incluía Aguiar da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia e Seia na Grande Área Metropolitana de Viseu!
A nível de Turismo foram criadas cinco áreas regionais – Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve e os pólos de desenvolvimento turístico do Douro, a que pertence Vila Nova de Foz Coa, mais uma vez em conjunto com Municípios de Bragança, Vila real e Viseu e o pólo de desenvolvimento turístico da Serra da Estrela, com Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Guarda, Manteigas, Meda, Pinhel, Sabugal, Seia e Trancoso, Municípios da Guarda e de Castelo Branco.
A nível de águas, tem-se as Águas do Zêzere e Coa, abrangendo os Municípios de Aguiar da Beira, Almeida, Belmonte, Figueira Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Guarda, Manteigas, Meda, Oliveira do Hospital, Penamacor, Pinhel e Sabugal, Municípios de Castelo Branco, Guarda e Viseu.
A RESIESTRELA, nos resíduos, abrange, por sua vez, os Municípios de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Guarda, Manteigas, Meda, Penamacor, Pinhel, Sabugal Trancoso e Covilhã, mais uma vez dos distritos da Guarda e de Castelo Branco.
Mas a nível de Associações de Municípios a situação é ainda mais confusa, com os Municípios do Distrito da Guarda a associarem-se a Municípios dos distritos de Bragança, Castelo Branco e Viseu, existindo, pelo menos a Associação de Municípios da Cova da Beira, a Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão, a Associação de Municípios de Trás-os-Montes e Alto Douro, a Associação de Municípios do Douro Superior, a Associação de Municípios do Vale do Coa, a Associação de Municípios dos Castelos da Raia, a Associação de Municípios da Beira Serra Raiana, e a Associação de Municípios da Região Dão Lafões
Face a isto tudo, penso que faz sentido hoje questionar se ainda valerá a pena falar em Distrito da Guarda?
E se vale, para quê?
Ps. Para os que consideraram as eleições presidenciais como a primeira volta de eleições legislativas antecipadas com a derrota anunciada do Partido Socialista, lembro que há 5 anos, o candidato do PS chamava-se Mário Soares…
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Presidente da Assembleia Municipal do Sabugal)
rmlmatos@gmail.com
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