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O Executivo Municipal do Sabugal aprovou por unanimidade a proposta do presidente da Câmara de incluir mais dois vereadores na gestão política permanente da autarquia.
A proposta do presidente foi discutida e votada na última reunião do executivo, realizada a 19 de Maio, meio ano após a mesma proposta ter sido rejeitada pelos vereadores eleitos. Até agora a Câmara teve apenas a tempo inteiro o presidente, António Robalo, e a vice-presidente, Delfina Leal, o que foi considerado inadequado e limitativo da acção da câmara face à sobrecarga de funções que cada um mantinha.
A escolha foi por voto secreto, tendo a mesma sido aprovada com votos favoráveis de todos os elementos do executivo. Cabe agora a António Robalo escolher e convidar os dois vereadores que passarão a exercer funções em permanência e aos quais atribuirá pelouros.
É certo que um dos escolhidos será o vereador Ernesto Cunha, eleito pelo PSD, que vem exercendo funções no gabinete do presidente como assessor. Porém para haver um segundo vereador a desempenhar funções executivas, ele terá de vir da oposição, podendo a escolha do presidente recair no vereador eleito pelo MPT, Joaquim Ricardo, ou num dos três eleitos pelo PS – António Dionísio, Luís Sanches ou Sandra Fortuna.
Outra incógnita é se o escolhido pelo presidente aceitará a indigitação, uma vez que o presidente não indicou se já garantiu uma resposta positiva por parte dos vereadores da oposição.
Espera-se que numa das próximas reuniões o presidente anuncie ao executivo quais os vereadores que convidou para exercerem funções em permanência e quais os pelouros que lhes vai atribuir.
plb
No final do meu último artigo «Poder, Riqueza e Glória» disse que iria falar «na malta de esquerda moderna» que aceita todo este vampirismo a que alguns povos da União Europeia estão sujeitos, entre eles, Portugal, por parte de especuladores financeiros internacionais – Capitalismo Selvagem – sem a mínima reacção de rejeição.
Um silêncio de apoio? Um silêncio receoso de afrontar certos lideres partidários? Um silêncio receoso da possível perca de um qualquer cargo político? Falta de ideais de esquerda? Ausência total de ideologia? Eu, com toda a sinceridade, penso que é tudo junto.
Ao falar «na malta de esquerda moderna», não o faço em tom depreciativo, faço-o em tom de revolta. E não me estou a referir a toda a gente de esquerda, como é óbvio, nem a todos os partidos de esquerda como é natural, só me refiro aqueles que aceitam esta «modernidade económica». Não me refiro aos trabalhadores(as) que nos campos, nas fábricas, nos hospitais, nos bares, nos restaurantes, e em todos os serviços privados e públicos, debaixo muitas vezes de condições não muito humanas, sofrem cada vez mais com este ataque, e com esta guerra que lhes declarou o grande poder económico internacional, esses(as) rebelam-se.
Seria injusto não reconhecer que também há homens e mulheres de esquerda, com responsabilidade política que se revoltam contra todas estas injustiças. Mas infelizmente abundam mais os que se silenciam. Isto explica-se, porque as elites dos partidos socialistas, apoiam a Globalização Neoliberal e Financeira, afastando-se cada vez mais dos assalariados do sector público e privado. Apoiam a ofensiva neoliberal, legislando para lhe entregar nas mãos todo o sector público, excluindo a defesa e a segurança.
Porquê? Pergunto eu, porque é que essa gente apoia e obedece cegamente a George Soros e à agência financeira Standard & Poor`s, esta última, culpada do que está a acontecer na Grécia, Portugal e Espanha? Não saberão que com os fundos gastos para ajudar banqueiros e grandes accionistas, poderiam ter criado bancos públicos? Se assim tivesse sido, ter-se-iam resolvido os problemas. E mais grave! Não saberão que o principal alvo deste ataque neoliberal, é a própria Democracia? Nesta União Europeia, onde predomina o pensamento neoliberal, no sector político, económico e mediático, estas medidas destinam-se a assegurar os lucros da banca privada.
Querido leitor(a), não é descabido afirmar que os «votos» dos mercados, dos bancos e, dos fundos de investimento, têm mil vezes mais peso do que os votos dos cidadãos.
Essas pessoas que se dizem de esquerda e que aceitam tudo isto, são de um farisaísmo brutal. Dizem-se de esquerda para criarem uma boa consciência, e não ter de admitir que estão ao serviço do sistema que impera, ou seja, lá no fundo são de direita.
Querido leitor(a), antes de nascer a Democracia e o Socialismo em Liberdade, já existiam a mentira e a hipocrisia.
Ao escrever este artigo, pensei no seguinte: será que eu penso como a esquerda tradicional, ainda uso um discurso baseado naquela noção de penúria que comecei a ouvir pós 25 de Abril? Que li em vários autores socialistas, e isso já não corresponderá ao nível de bem-estar material alcançado pela maior parte da população? Será que eles é que estarão do lado da razão? Não sei responder, só sei que cada vez existe mais desemprego, precariedade laboral, pobreza, códigos laborais manchesterianos, medo de perder o emprego, salários baixos, pensões de valor muito baixo, e exploração dos povos por parte de grandes consórcios financeiros internacionais, e um ataque cerrado à Democracia e à Liberdade por parte desses consórcios. Da minha parte, enquanto puder e me deixarem, falarei contra isto tudo.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
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