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O Comandante Territorial da Guarda da GNR, coronel José Manuel Monteiro Antunes, avisa os incautos das possíveis situações de burla, que infelizmente continuam a ser frequentes, nomeadamente nas aldeias e tendo por principal alvo os mais idosos.
«As burlas continuam a ser uma forma de extorquir dinheiro aos mais incautos, apesar dos inúmeros alertas sistematicamente difundidos pelas Forças e Serviços de Segurança», afirma o coronel Antunes no comunicado que enviou à imprensa.
Avisa também que são muito diversas as formas utilizadas no cometimento destes crimes, usando todas as artimanhas para ludibriar as vítimas e conseguir os seus intuitos.
Uma das formas que ultimamente se tem registado e que parece estar a alastrar por todo o Pais consiste em os burlões procurarem uma vitima, a quem oferecem alguns serviços básicos, como afiar tesouras ou limpar brocas, apresentando no final contas exorbitantes pelo serviço prestado e exigindo o seu imediato pagamento. Para o conseguirem fazem as mais diversas ameaças.
«Na procura de debelar esta forma criminosa de actuar e com vista a prevenir a ocorrência de novos casos devem os cidadãos conhecedores de situações destas, registar sempre que possível os dados referentes a suspeitos e comunicá-los de imediato à Autoridade Policial mais próxima», conclui o comandante da GNR da Guarda.
plb
Falar da fome do mundo equivale a relatar a crónica negra do neoliberalismo e da sociedade de consumo.
Os bens da Terra tornaram-se posse privada de macro-empresas, multinacionais e oligarquias. São elas a causa da existência no Mundo de 2.500 milhões de pessoas a viverem com menos de dois dólares diários, 1.300 milhões a viverem com menos de um dólar diário, 500 milhões de trabalhadores a ganharem o equivalente a menos de um dólar diário, 100 milhões de seres humanos a passarem fome, e cada dia morram 150.000 pessoas por causa da desnutrição.
Temos que juntar ainda os 120 milhões de crianças com carências alimentares graves, a maior parte dessas crianças morre, devido a essas carências. A nível social, quase metade da humanidade vive por debaixo do nível de miséria. Os 20 por cento mais ricos consomem 80 por cento da riqueza da Terra, e os 20 por cento mais pobres contentam-se com 1,5 por cento. Podemos afirmar que um em cada seis seres humanos passa fome. Também aqui, neste opulento Ocidente, o problema da fome está a aumentar, afecta presentemente 15 milhões de pessoas.
Porquê tudo isto, em pleno século XXI, quando existem conhecimentos e tecnologia capazes de minorar, e até erradicar, a fome? Não há vontade política. O poder político é uma derivação do económico, por conseguinte, não representa os interesses dos seus povos, mas sim o «big business» que procura o lucro rápido e abundante, não a justiça. É esse «big business» que estipula os preços dos produtos agrários a nível mundial.
Numa reunião da FAO – organismo das Nações Unidas para a agricultura e alimentação – numerosos oradores, representantes de vários países, afirmaram que as políticas agrícolas baseadas na liberalização descontrolada da agricultura, transformaram países em vias de desenvolvimento e exportadores de alimentos, em países importadores de alimentos.
Os enormes subsídios aos grandes agricultores e grandes empresas agrícolas , por parte dos Estados Unidos e da União Europeia, contribuíram para a ruína, pobreza e fome de milhões de pessoas, e de pequenos agricultores dos países subdesenvolvidos.
Alguns analistas avisam que estamos a entrar numa situação neofeudal. Todos os direitos, e todo o poder económico concentrado só em poucos, submetem à servidão a imensa maioria da humanidade.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
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