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O incêndio que deflagrou cerca da uma hora da madrugada deste domingo na zona do Casteleiro e chegou a ser dado como circunscrito pelo meio-dia voltou a reacender e ameaça agora, pelas nove horas da noite as populações de Sortelha e Urgueira. No local estão mais de uma centena de bombeiros das corporações da região com reforços de Castelo Branco e Évora e militares do Exército apoiados por 39 viaturas e um helicóptero.
Um incêndio de enormes proporções que deflagrou durante a madrugada deste domingo numa zona de mato entre as freguesias da Moita e do Casteleiro está a ameaçar as populações da aldeia histórica de Sortelha e da Urgueira. Com duas frentes activas foram accionados os grupos de reforço de incêndios florestais de Castelo Branco e de Évora e dois pelotões militares. O sinistro chegou a ser dado como circunscrito e em fase de rescaldo por volta do meio-dia. No entanto o alarme de reactivação foi dado às 16.47 horas e mantém-se fora de controlo tendo atingido zonas de mato nas freguesias do Casteleiro, Santo Estêvão, Sortelha e Urgueira.
Em declarações ao Capeia Arraiana o presidente da Aldeia Histórica de Sortelha, Luís Paulo, considerou este incêndio «como um dos maiores de que tem memória na região». O autarca mostrou-se preocupado com as populações e os animais descrevendo o cenário que se avista do alto das muralhas do Castelo de Sortelha como dantesco. «O incêndio começou no Casteleiro, já passou pelo mosteiro junto às eólicas, entrou nos limites de Santo Estêvão e está em direcção à Urgueira deixando um rasto de destruição nas culturas e nas oliveiras da freguesia de Sortelha», disse-nos telefonicamente Luís Paulo numa comunicação telefónica onde se conseguiam ouvir em fundo os gritos das populações no combate ao sinistro.
Em declarações ao «Diário de Notícias» uma fonte da Autoridade Florestal Nacional considerou que «a Guarda tem sido dos distritos mais afectado pelos fogos neste mês de Agosto. Até 15 de Agosto estavam contabilizados 23.703 hectares de área ardida e o distrito mais fustigado foi Vila Real onde terão sido consumidos pelos incêndios cerca de 4475ha. Porém os fogos dos últimos dias nos concelhos do Sabugal, Guarda e Seia provocaram uma área ardida de mais de 1500 hectares o que alterou este cenário». De acordo com esta fonte «só no incêndio de Pega, no concelho da Guarda, arderam mais de 1000 hectares o que se tornou num cenário desastroso para este distrito», conclui.
Às 21.59 horas o Posto de Comando Operacional na Serra de São Cornélio considerava o incêndio que teve início em Ribeira da Nave, Sabugal, como «Não circunscrito».
A tudo isto há a acrescentar um novo incêndio há dois dias atrás na zona de Vale das Éguas/Ruvina que, curiosamente, teve início segundo alguns populares perto do local onde no início do mês de Agosto ocorreu outro sinistro.
MAPA DO INCÊNDIO – 30-8-2009 | |
23:30 | Governadora Civil da Guarda a caminho do local |
21:59 | Posto de Comando Operacional na Serra de São Cornélio |
17:15 | Incêndio com três frentes activas. Arde mato e pinhal |
16:47 | Reactivação do incêndio |
12:21 | Incêndio em rescaldo às 12h06 |
11:40 | Incêndio circunscrito às 11h14 |
10:13 | Accionados dois pelotões militares |
8:04 | Accionados dois Aviões Bombardeiros Pesados Canadair |
7:17 | Posto de Comando Operacional no Terreiro das Bruxas |
6:39 | No local: 2.º Comandante Operacional Distrital e Veículo de Planeamento, Comando e Comunicação |
6:00 | Accionados dois Pelotões Militares |
6:00 | Accionados Grupos de Reforço de Incêndios Florestais de Castelo Branco e de Évora |
5:38 | 2.º Comandante Operacional Distrital a caminho do local |
4:52 | Comandante das Operações de Socorro (COS) Comandante do Corpo de Bombeiros de Manteigas |
4:32 | Incêndio com duas frentes activas |
jcl
Segundo Morgenthau «o realismo político baseia-se numa concepção pluralista da natureza humana». O Homem é um ente complexo, porque é simultaneamente «homem económico, politico, moral, religioso».
Alguém que fosse somente político, seria na verdade um mero animal, pois estaria completamente desprovido de freios. Se se limitasse a ser homem moral, não passaria de tolo, por privado de prudência. Um homem puramente religioso, seria um santo.
Em sentido abrangente todo o Homem é político, por ser gregário e se organizar e viver em comunidades.
Nunca tanto como até agora o cidadão comum participa, critica ou tenta alterar as boas ou más politicas de quem o governa. Não há cidadãos «apolíticos». O cidadão-consumidor, pode não rever-se nas formações politicas existentes em determinado momento, mesmo quando para tal contribuiu com o seu voto e sentir-se enganado e por isso mesmo reivindicar os seus direitos.
O povo português, até culpa os políticos por tudo o que de prejudicial lhe acontece, diariamente, como:
– O custo de vida;
– Os preços exorbitantes dos produtos alimentares;
– Os baixos salários;
– A subida de impostos, etc.
São genuínos protestos às políticos de certos políticos «vigaristas, pilantras, corruptos e lacaios».
Nos últimos anos foram várias as batalhas conquistadas pela sociedade civil, como o fim das penalizações por amortizações ou transferência de créditos e planos de poupança-reforma; arredondamentos abusivos e elevadas comissões por renegociar prazos no crédito.
O cidadão eleitor é cada vez mais dono do seu estatuto e a classe política tem de perceber esta realidade e chamar para a agenda eleitoral, problemas que deveriam ser o centro das atenções.
A intervenção politica não se faz só através da filiação em partidos políticos. Muitos «apartidários» têm mais militância politica que alguns que se arvoram de políticos dos quadros ou profissionais.
Afinal o que é um politico em sentido restrito do termo? Não sei.
Para terminar deixo aqui algumas definições quase humorísticas, pois como diziam do Gil Vicente «Rindo, castigava os costumes».
«Todos os políticos, são populistas, se forem inteligentes.» (Dorminsky, semanário «Sol»).
«Num meio onde se generalizou a convicção de que o bom político, é aquele que mostra mais combatividade, a vozearia, quase sempre na ausência de qualquer conteúdo visível, é permanente.» (Leonel Moura, «Jornal de Negócios»).
«Os políticos falam verdade e mentira indiferentemente. Realizam o prometido ou não, sem qualquer dúvida ou remorço (…) Acusam os adversários, ora no poder, ora na oposição, de tudo quanto fazem eles próprios (…)» (António Barreto, jornal «Público»).
«Político é um tipo que faz trinta por uma linha, para alcançar um lugar de poder e depois, faz trinta por uma linha, para o conservar.» (Fernando Marques, «Jornal de Notícias»).
«Terras entre Côa e Raia», opinião de José Morgado
morgadio46@gmail.com
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