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Quando se fala de Paris, pensa-se na torre Eiffel, no rio Sena, no Lido ou Moulin Rouge. Em Paris são organizados eventos de grande envergadura, o Salão do Automóvel ou o Salão da Agricultura. É sobre este último que escrevo estas palavras.
Está aberto desde sabado passado e até ao dia 1 de Março o Salão da Agricultura, uma das maiores exposições organizadas anualmente em Paris, onde os modelos são os animais. Animais das mais variadas raças e espécies, de França e outros países, são preparados durante todo o ano, para poderem aguentar 15 dias de exposição, aceitarem carinhos e festas de milhares de visitantes.
Este ano, esperam-se mais de 600.000 visitantes. Os melhores ou mais originais, particiam em concursos, desfilam em passerelles em frente de centenas de cusiosos, jornalistas, especialistas e em frente aos juizes que vão dar o seu voto, pela beleza, pelo seu comportamento.
Além dos animais, é o salão onde se apresentam novidades relacionadas com a agricultura. Este ano, por exemplo, este salão quer dar enfaze às energias renováveis, quer mostrar que a agricultura se moderniza tendo na mira os problemas ambientais.
Como acontece quase todos os anos, peguei na minha familia e fomos passar algumas horas ao salão, apreciar esta riqueza, que de uma maneira ou de outra é o principio e o fim de tudo. O que seria uma sociedade sem agricultura, sem vacas ou cavalos? O que seria a raia sem touros?
Como em todas as exposições que visito, procuro sempre, com alguma curiosidade (e com muito orgulho) algum expositor português, alguma bandeira portuguesa. Este ano, encontrei apenas um pequeno espaço, dedicado ao Perdigueiro, um cão de raça que todos conhecemos. Lá estava um bonito exemplar desta raça, com uma bandeira de Portugal bem esticada e em altura. Talvez houvesse outros, mas não encontrei. O tempo também foi pouco.
O que mais me surpreende sempre, é a grande diversidade de raças de vacas e touros, de cavalos. É impressionante estar à alguns centimetros de alguns animais, mais altos que nós, que pesam mais de 1500 Kg e que finalmente até são de uma beleza rara. Mais que um salão, é realmente uma passerelle de moda animal.
«Um lagarteiro em Paris», opinião de Paulo Adão
paulo.adao@free.fr
O desporto é um dos temas que me é mais caro, devido a uma pratica constante ao longo da minha existência, que ainda hoje continuo a cultivar, reforçada com os múltiplos escritos, disponibilizados ao longo de quase três décadas, sendo por muitos considerado uma escola de virtudes, servindo para um aproximar das pessoas congregando novas amizades pois, através da pratica desportiva, proporcionam-se novos conhecimentos e reforçam-se os laços que nos unem em torno de uma convivência saudável, tanto na grande zona arraiana, como por onde permanecemos, ao longo do ano.
Devido à enorme proliferação de juventude, nada mais natural, que as actividades desportivas fossem das primeiras realizações a sério, surgindo em força nos eventos, complementando outras comemorações, como o habitual aniversário da Instituição, sempre muito concorrido.
Como referimos no artigo anterior, no 3.º Convívio, a Direcção da Casa convidou o Sporting Clube do Sabugal, nosso ilustre representante do Concelho, em provas federadas, à época, aceitando, de bom grado, o convite da Casa, disputando um jogo de Futebol, com a equipa da Casa em 5 de Junho de 1976, véspera do Convívio anual.
A jovem equipa da Casa do Concelho deu uma boa réplica ao Sporting Clube do Sabugal, vendendo cara a derrota, que se veio a verificar, com o resultado final de 2-1 a favor dos convidados, vindos do Concelho, sendo que este foi o menos importante, num bom jogo de futebol, servindo para iniciar e estreitar os laços de amizade entre as duas Instituições.
Melhor ainda foi, na sede, prolongando-se este encontro, tendo a Direcção da Casa presenteado toda a comitiva e participantes neste jogo de futebol, com um magnífico jantar.
O Sporting de Sabugal ofereceu um simpático Galhardete dedicado à Casa, tendo a Direcção da Casa feito a entrega de um belo troféu à embaixada sabugalense.
Iniciou-se assim esta convivência com o clube desportivo da novel Cidade do Sabugal, retribuindo a equipa da Casa a visita à sede do Concelho, no ano seguinte em 1977, verificando-se um resultado ainda mais desnivelado, se não nos falha a memória, 7-2 a favor do Sporting de Sabugal, numa altura em que esta equipa estava demasiado forte, para uma equipa da Casa, um pouco desfalcada, pois nem todos se puderam deslocar ao Sabugal. Não serve de desculpa, mas o que é um facto, é que a equipa sedeada no Concelho era demasiado forte, esta é que foi a realidade.
Valeu pela convivência e amizade recíprocas, que se verificou neste dealbar da Casa do Concelho do Sabugal em Lisboa.
Por altura de 1981, em 31 de Outubro, terá tido lugar mais um encontro no Sabugal, entre ambos, em que não conseguimos apurar nenhuma descrição nem registo do resultado.
«Ecos da Aldeia», opinião de Esteves Carreirinha
estevescarreirinha@gmail.com
Kim Tomé, também conhecido por Tutatux, é um sabugalense de fibra rija que, depois de longo tempo de ausência da terra natal, resolveu regressar para aqui investir e criar valor. Só que cometeu a ousadia de opinar, apontando o dedo aos pequenos sobas locais que no alto da sua mediocridade resolveram retaliar.
O Kim Tutatux regressou há um par de anos e fundou o bar «O Bardo», sito no largo do Castelo, onde os interessados podem aceder livre e gratuitamente à Internet. Apaixonado pela fotografia, sempre que a ocasião é propícia pega na câmara e brinda-nos com excelentes fotos dos nossos lugares e das nossas gentes. Intrépido, também intervém a favor de causas, e por isso aí o temos como colaborador assíduo do Capeia Arraiana, falando do que lhe apraz e comentando as notícias que considera interessantes.
De tanto intervir tornou-se incómodo. E há quem lhe não perdoe. Primeiramente acusaram-no de homossexual, lançando-lhe assim uma espécie de anátema, que o faria sucumbir. Só que a piada lasciva não pegou, e logo veio novo ataque, mais contundente: afinal era pedófilo, porque fotografava criancinhas. Também isto não criou raízes e os ataques continuaram por outras frentes.
Na última noite esvaziaram-lhe os pneus do automóvel a golpes de navalha.
Uma pobre imitação da «camorra» napolitana ter-se-á instalado no Sabugal, e actua com absoluta cobardia. Mas face a isso não pode haver temor. Ao Kim cabe agora apresentar queixa na GNR ou directamente junto do Ministério Público, para que se investigue e se punam os culpados. Sim porque o Sabugal continuará a ser uma terra de liberdade.
Lembro aqui o grande homem que foi José Diamantino dos Santos, que em tempos também os caciques locais quiseram correr do Sabugal. Mas ele resistiu e venceu e hoje está na memória de todos como um grande sabugalense.
«Contraponto», opinião de Paulo Leitão Batista
leitaobatista@gmail.com
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