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Começo por transcrever o primeiro parágrafo do texto assinado por Equipa que organizou o Carnaval no Sabugal: «O Carnaval em Aldeia do Bispo poderia não se realizar este ano se a Câmara Municipal de Sabugal não tivesse dado o sim ao financiamento da nova Associação (Associação da Mocidade de Aldeia do Bispo) que este ano fará o Carnaval».
Fique sabendo a Ex.ma equipa que nestes seis anos em que se realizou o desfile de Carnaval nem sempre houve subsídios da Câmara e os festejos rondaram sempre os quatro mil euros.
Fui contactado verbalmente, por telefone, em Novembro, por uma funcionária da Câmara Municipal apenas com um único objectivo: pedir-nos os cabeçudos para os desfiles do Sabugal a realizar no Domingo e Terça-feira de Carnaval. Respondi-lhe que o desfile de Carnaval de Aldeia do Bispo tem sempre lugar no Domingo e que, é com alguma surpresa que tomo conhecimento de um desfile organizado pela Câmara coincidente com o nosso. Portanto, aquando desta conversa telefónica, a Câmara já tinha decidido organizar os dois desfiles.
O importante de tudo isto é a informação que lhe foi dada da parte da Associação Desportiva e Cultural: ser-lhes-iam cedidos os cabeçudos desde que os festejos não coincidissem com os nossos.
Ora, na agenda cultural da Câmara (pagina 13) vem a divulgação de todo o programa dos festejos carnavalescos de Aldeia do Bispo. Portanto, não venha a Câmara (ou a tal equipa) dizer que desconhecia a existência do nosso desfile. A Câmara, como governo do concelho (que devia ser) não deve tomar iniciativas em prejuízo de outras.
Quando a funcionária fez os contactos (todos de boca) não foi com intenção de poder vir a mudar a data do desfile de Domingo mas, sim, de pedir os cabeçudos. De referir ainda o facto de um vereador da Câmara me ter dito que, acerca destes festejos nada sabia e que eram da total responsabilidade dos serviços!
Para terminar: como é possível que a Câmara, que tem tanta gente a tempo inteiro, se faça substituir por uma tal equipa que age sem o conhecimento do vereador?
Chico Bárrios
Passada a natural euforia e, decorrida toda esta árdua luta pela fundação da Casa, no sentido de manter vivo o sonho de ter em Lisboa uma Associação do Concelho, onde os sabugalenses tivessem o seu espaço de encontro, importa agora, darmos atenção às primeiras actividades culturais, desportivas e outras, que foram sendo levadas a cabo, tanto pela Comissão Instaladora, como pelos primeiros Corpos Gerentes, eleitos em Fevereiro de 1976.
Uma das boas maneiras de juntar os naturais da nossa zona em Lisboa, consistiu na realização dos primeiros convívios, que a Comissão Instaladora providenciou, servindo para um aproximar das nossas gentes, com muitos jovens a corresponder a todo este movimento e à oportunidade criada em prol do Concelho.
Em 14 de Julho de 1974 teve lugar o primeiro convívio, conseguindo-se uma boa participação, com várias actividades, incluindo um animada quermesse, para angariar fundos, num belo dia passado no Seminário dos Olivais, seguindo-se o primeiro Magusto, no Colégio das Irmãs Maristas, em 10 de Novembro de 1974.
No ano seguinte, em 13 de Junho de 1975, a Comissão Instaladora promoveu, na sede da Casa, uma semana de actividades culturais, abordando vários temas, a que já nos referimos anteriormente, culminando com o convívio anual, no mesmo Colégio das Irmãs Maristas.
No terceiro convívio, em 5 e 6 de Julho de 1976, a novel Direcção da Casa convidou, expressamente, o Sporting Clube de Sabugal a deslocar-se a Lisboa, para participar neste evento, tendo-se efectuado um desafio amigável com uma equipa representativa da Casa, a que nos reportaremos no próximo artigo, onde iniciaremos alguma descrição das actividades desportivas, levadas a cabo pela Casa do Concelho, ao longo destes anos.
Com todas estas realizações, fortaleceu-se, um bom bocado mais, a frequência da Casa, surgindo, naturalmente, as diversas festas com bailes e outros divertimentos, numa altura em que subiram consideravelmente, os que demandavam a sede.
Festa de Natal, Passagem de Ano, Carnaval, tardes culturais e infantis com alguns artistas, os Magustos, para além dos convívios, acima referidos, de tudo um pouco foi programado e levado a cabo, com algum êxito e basta participação.
Todas estas realizações arrastaram muitos sabugalenses com alguma predominância de uma juventude irrequieta e desejosa de participar em todos estes eventos. A sede da Casa, nesta altura, parecia pequena para tantos, que a procuravam, como foi bom de ver.
Mas não se pense, que foi só em Lisboa, outras realizações foram levadas ao Concelho, como veremos aí mais adiante.
«Ecos da Aldeia», opinião de Esteves Carreirinha
estevescarreirinha@gmail.com
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