A ausência do Concelho do Sabugal da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), realizada recentemente, não pode ser olhada como uma simples má decisão do Executivo Municipal. Esta ausência demonstra de forma clara, a falta de uma Estratégia de Desenvolvimento Turístico para o nosso Concelho.
Porém não chega acentuar este facto e, por isso, aqui apresento de forma sumária a minha posição sobre as questões do Turismo no Sabugal.
Em primeiro lugar devo afirmar que estas questões não podem ser analisadas sem se ter um projecto para o Concelho, isto é, sem primeiro se pensar que Concelho se quer.
A mim interessa-me, antes de mais, perceber qual o papel que o Turismo assume para contribuir para transformação do Concelho num espaço competitivo, onde se promova de forma sustentada a qualidade de vida de todos os habitantes, e acredito que um Sector Turístico forte, será sempre um dos pilares do desenvolvimento do Concelho do Sabugal.
Em segundo lugar, considero que as questões turísticas devem ser definidas e concretizadas de forma pensada e planeada, o que obrigará, antes de mais, à elaboração de um Plano de Desenvolvimento Turístico do Concelho do Sabugal que defina uma estratégia, elabore planos de acção e identifique os «clientes» que se pretendem atrair.
São bem conhecidos os recursos turísticos que o Concelho possui e que vão desde a riqueza natural, ao património histórico, passando pelo património etnográfico, a que se associa a proximidade a destinos turísticos tão importantes com a Serra da Estrela.
As estratégias a desenvolver devem, no meu entender, partir desta abundância de recursos para a definição da oferta turística em que devemos apostar, não nos distraindo com coisas que parecem muito bonitas mas em nada contribuem para a concretização e a afirmação do Sabugal enquanto destino turístico.
Acredito também que não é possível definir estratégias e planos sem uma participação activa dos diferentes actores, envolvendo a população, o comércio local e, claro, o sector da hotelaria e restauração.
Mas ter uma oferta turística diversificada e rica não chega. Torna-se necessário, como já o afirmei publicamente, saber «vender o Concelho», optando por técnicas de marketing que coloquem o Concelho no competitivo mercado territorial, demonstrando quais as vantagens do Município que justificam, face aos visitantes, a sua opção por este território.
Importa assim definir estratégias de promoção do Concelho enquanto destino turístico, quer directamente junto dos potenciais visitantes, quer ainda junto dos órgãos de informação e, sobretudo, dos operadores turísticos.
Não têm sido estas as opções do actual Executivo Municipal e tal tem conduzido a uma perda consecutiva de competitividade face a outros destinos turísticos de Concelhos vizinhos.
E por isso, a ausência da Bolsa de Turismo de Lisboa…
António Dionísio
22 comentários
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Sexta-feira, 30 Janeiro, 2009 às 13:38
Kim Tomé
Parece fora de questão a importância que o turismo pode ter para o desenvolvimento de uma região.
É obvio que com a presente crise, o turismo decrescerá ao mesmo ritmo que as pessoas perdem poder de compra e mobilidade, o que torna ainda mais necessário um reforço nas práticas de promoção, como meio de captar os potenciais turistas.
É obvio que existe no concelho gente com capacidade critica e empreendedora capaz de desenvolver estratégias e objectos de promoção, capazes de contribuir efectivamente para o cumprimento dos objectivos necessários.
É obvio que é necessário empreender acções que promovam as mais valias do Concelho, os diversos patrimónios são uma óbvia mais valia, promove-los é uma obrigação de TODOS NÓS.
É obvio que as entidades públicas que tem reforçadas responsabilidades nesta matéria navegam à vista, sem rumo nem estratégia.
Mas o que é mais que obvio, é que não podemos perder tempo com estudos e projectos, temos que actuar em conjunto E JÁ, ou corremos o risco de quando se acabarem os estudos e os planos já não haja no Sabugal pessoas e, como é obvio, sem pessoas, É ÓBVIO que já não será necessária câmara, finanças, infantários, etc.
Então é obvio que temos que ser TODOS os que pretendemos viver nesta (ou desta) terra, tenhamos que fazer um esforço suplementar, tentar aligeirar processos, facilitar procedimentos, juntando-nos procurado parcerias e cooperações entre todos, para ultrapassar as dificuldades que se estão a avolumar.
Se redigi o post sobre a BTL foi porque IGNORAR O ÓBVIO é perder oportunidades e não estamos em tempo de perder oportunidades.
Estou convencido que se a atitude fosse outra, mais cooperante buscando colaborações e parcerias, o Sabugal estaria bem representado na BTL.
Assim, parece-me que não estamos em momento de ignorar o óbvio, e TODOS temos que ser criativos, empreendedores e cooperantes para que o Sabugal sobreviva à crise e os que amam esta terra possam aqui viver felizes.
Sexta-feira, 30 Janeiro, 2009 às 16:49
Mono
Concordo com a urgência do caso, mas não me parece que a pressa seja grande conselheira, apesar das boas vontades.
Um estudo bem realizado, de preferência por uma entidade exterior ao concelho, pode dar perspectivas que não temos e abrir novos horizontes em relação a investimentos prioritários.
O marketing do concelho, a esta altura do campeonato, já devia estar mais que dominado. Houve uma boa tentativa há uns anos e não houve evolução desde essa altura. O que fiquei surpreendido, quando uma vez, na Terceira, compro o jornal e vem um folheto sobre o Sabugal lá dentro. E ainda por cima bem feito!
Sexta-feira, 30 Janeiro, 2009 às 19:30
Maria Lemos
A prova de que não se tem conseguido «vender» o concelho é que o António não vive cá!!!
Como também nunca o vi onde quer que se discutisse o turismo ou o Sabugal.
Quanto valem as eleições para que ideias, projectos e programas surjam à luz do dia.
O turismo não é a panaceia; nõ é o remédio para todos os males. E só não vê o muito que se tem feito em prol do turismo quem não quer.
Muito há ainda para fazer, porque o muito que se fez já está a dar os seus frutos. e o turismo é destas coisas que quanto mais se faz mais surge para fazer.
Eu, pela parte que me toca, tenho orgulho pela divulgação que se tem feito, até as placas distribuidas pelo Sabugal, folhetos, etc.
Sexta-feira, 30 Janeiro, 2009 às 19:40
JOSÉ DO BERNARDO
Muito se tem falado, nos ultimos tempos sobre o turismo do Sabugal e a sua divulgação seja por um motivo ou por outro, que não me interessa agora para aqui chamar. O que quero alertar, para o futuro responsável pelo nosso concelho ( entenda-se – Presidente da Câmara seja ele quem for ) para o facto de não haver qualquer tipo de insentivos, ou pelo menos se não puder haver, que ao menos não dificultem (dentro da legalidade, como é obvio ) a “vida” daqueles que querem por exemplo reconstruir as suas casas antigas, nas nossas aldeias. Pode parecer que não haja qualquer ligação entre este facto e o turismo, mas há e muito; é através destas reconstruções e contruções novas, que as gentes naturais do concelho, vivendo noutras paragens ( Lisboa, Porto, estrangeiro, etc) trazem amigos e familiares, ás suas terras e que posso dizer; ficam encantados. Não será isto também uma forma de divulgação do concelho ?.
Sexta-feira, 30 Janeiro, 2009 às 22:22
Mono
“A prova de que não se tem conseguido «vender» o concelho é que o António não vive cá!!!”
Se há coisa que me irrita é este tipo de comentário depreciativo e mesquinho tão habitual do Sabugal.
Os autores deste blog também não moram no Sabugal, portanto, se calhar o melhor era nem cá vir.
E já agora quero lembrar que as placas, plaquinhas e placonas que por aí andam têm pelo menos uns 5 anos e, não têm cor, o que acaba por ser um tanto ou quanto triste e ridículo.
Sábado, 31 Janeiro, 2009 às 8:44
Ramiro Matos
Como eu compreendo Maria Lemos…
Pela primeira vez um candidato a Presidente da Câmara Municipal coloca as questões do turismo no Concelho de forma clara, definindo metodologias de intervenção que ele seguirá se for eleito.
Esta crónica (espero que a primeira de muitas…), representa um salto qualitativo enorme na discussão sobre o tema e a partir dele dificilmente os assuntos continuarão a ser abordados como até aqui.
E por isso, quando não se têm outros argumentos vá de insultar, vá de insinuar, vá de tentar desviar o centro da discussão.
A vida é assim…
Por mim, só espero que o nível da discussão em torno desta crónica do Toni se mantenha nos termos em que os restantes comentadores o colocaram já.
Ramiro Matos
Sábado, 31 Janeiro, 2009 às 11:20
AC
A propósito de “placas, plaquinhas e placonas” que por aí andam, será possível que na Câmara ainda ninguém reparou que em todas as entradas da cidade do Sabugal se encontram umas placas (ou plaquinhas) que continuam a ter escrito “Benvindo – VILA do Sabugal” (acho que é mesmo assim), apesar do Sabugal ter sido elevado a CIDADE há já vários anos? Já para não falar em alguns veículos do Município que continuam a ter um autocolante com a mesma indicação de “VILA” que me parece que ainda por aí circulam. Se não queriam que o Sabugal fosse cidade, porque raio propuseram a sua elevação? Inveja por o Soito ter “subido” a VILA?
Quanto às placonas sem cor… o preto e branco é arte e fica bonito. Para além disso realça aquele aspecto de abandono e marasmo. Essas placas, plaquinhas e placonas, o que têm realmente escrito é “PARÁMOS NO TEMPO”.
Sujeitamo-nos é a que venha aí a ASAE e nos “feche”. Afinal, para além do mau aspecto, andamos a vender gato por lebre, que é como quem diz, cidade por vila, garraiadas a “preto e branco”, etc.
Sábado, 31 Janeiro, 2009 às 11:56
josé martins
Pergunto:
Há 10 anos atrás quantas unidades hoteleiras existiam na Vila ou no Concelho? Hoje, quem visitar a cidade do Sabugal e desejar pernoitar já o pode fazer. Não conheço essas unidades e nem a qualidade do serviço que oferecem, mas quando passo por elas fico com a sensação de que os clientes são bem tratados. Alguma coisa já se fez, é sinal de que há investidores no concelho que estão dispostos a apostar no turismo. Seguir, copiar, melhorar estas ideias é o que é preciso.
Sábado, 31 Janeiro, 2009 às 17:16
Paulo Rosado
Finalmente o candidato do PS disse alguma coisa, pensei que não tinha ideias e projectos proprios e ia continuar a pedir ao Sr. Ramiro Matos que só agora é que se lembrou que o Sabugal existe, para lhe ir fazendo o trabalho de casa. Penoso!!!!
Sábado, 31 Janeiro, 2009 às 17:42
Inter Esquecido
A discussão esta acesa pena ser só nesta altura de eleições , fazem–se promessas e fala-se de tudo o que está mal, passando as eleições e fica tudo na mesma.
Quanto as plaquetas serão mesmo necessário dentro do concelho ou apostar na divulgação fora do concelho e mesmo fora do pais.
E será só o turismo uma aposta ou temos outras vertentes para explorar em conjunto com o turismo.
Não se esqueça do que estrangeiros tem feito no concelho, por exemplo filmes um até francês com algumas imagens que mostram a zona de Sortelha.
Estarei cá para ver depois das eleições se realmente se faz alguma coisa ou não serão mais uma vezes promessas….
Domingo, 1 Fevereiro, 2009 às 21:11
fh
O que falta no Sabugal é um departamento de comunicação eficiente, jovem e com muitas ideias frescas. Este é capaz de divulgar o nome desta terra em todo o mundo, promover o turismo e fazer tudo o que foi falado neste post.
Pensem no caso, não sou só eu que o digo.E pelo que vou lendo por aqui, muita gente concorda comigo.
Domingo, 1 Fevereiro, 2009 às 22:19
Ramiro Matos
Sr Paulo Rosado
Não sei quem é e isso é o que menos me importa.
Sobre mim, se o sr. não tinha ouvido falar, é porque ou anda muito distraído, ou anda pelo Sabugal há pouco tempo, ou é demasiado jovem…
Já cá faltava essa de de eu andar a fazer o trabalho de outros.
Nem me considero tão bom assim, nem nunca fui “moço de recados” de ninguém, muito menos de um sabugalense com as qualidades do Toni e que se assume como candidato a Presidente da Câmara.
Eu compreendo o seu pânico e de mais alguns. É que agora começam a perceber que há uma alternativa credível e tudo serve para tentarem desviar as atenções…
Mas o importante é que sobre um assunto com a importância do Turismo, o Toni definiu de forma clara as linhas com que se cose…
O resto é fumaça…
Ramiro Matos
Domingo, 1 Fevereiro, 2009 às 23:36
Zé Morgado
“Contra factos não há argumentos”. E por enquanto o que conta são os factos.
Concordo que as promessas são só um ponto de referência.
Segunda-feira, 2 Fevereiro, 2009 às 0:28
fernando lopes
Parece que sim! Parece que sim, só agora – pelas eleições – se decobriu o turismo! E concordo que ele é importante! Mas (tal como o outro) fico chateado, quando os discursos são do tipo redondo! Inócuos e de frases arranjadinhas, claro que fico chateado!
Segunda-feira, 2 Fevereiro, 2009 às 10:35
joão Valente
Não costumo discutir política, porque é tempo inútilmente gasto. Mas falar em turismo de forma tão vaga, numa região deprimida e com um défice demográfico tão acentuado como o Sabugal (façam-se as contas: a percentagem de jovens por cada idoso, implicam que dentro de vinte anos o concelho perca mais de 2/3 da sua população), é como querer dar uma injecção de capilé nas veias de um moibundo.
Nada resolve! Tudo isto, desgarrado de uma perspectiva integrada de desenvolvimento, não será apenas miragem só para eleitor ver? É que turismo, não são ruínas, castelos,; é também cultura, tradição, costumes, etc. E isso não existe onde não há gente!
Eu por mim confesso com mita desilusão; vejo o futuro do nosso concelho, muito negro!
Segunda-feira, 2 Fevereiro, 2009 às 11:56
Zé Sabugal
O problema do Turismo e as imensas falhas deste Executivo são tantas que a não participação na BTL é apenas um péssimo exemplo.
Segunda-feira, 2 Fevereiro, 2009 às 14:54
joão Valente
E toda a gente a dar no turismo, como se fosse o turismo a descoberta da pólvora para os males da região! Turismo sem gente para quê? Pode ter sido uma falha da câmara não ter participado na BTL, mas eu que resido no litoral, quando vou à minha aldeia, bem vejo que as estradas do concelho estão arranjadas e que se fizeram grandes infraestruturas (saneamento e outros equipamentos) nas Freguesias. São benefícios que vieram com décadas de atraso e que teriam ajudado a fixar alguma população, mas que se devem a este executivo.
É promovendo o bem estar dos que ficaram para que não partam também, que se promove o progresso do concelho. Não com miragens!
Segunda-feira, 2 Fevereiro, 2009 às 15:29
JOSÉ DO BERNARDO
Apesar de estar a gostar deste debate ( sim, porque isto acaba por ser um bom debate) pode não levar a lado nenhum, mas é como costumo dizer: não interessa que falem mal ou bem de mim, o que interessa é que falem, pois assim é sinal de que existo. Aqui aplico o mesmo, não interessa muito que se fale bem ou mal do nosso turismo, o que interessa, nesta fase, é que se fale. Este falar ( teclar ) desperta em nós, sabugalenses, a necessidade de procurar alternativas. Podem não ser as melhores alternativas, mas só esse facto ( a boa vontade ) vai concerteza sobrepor-se a tudo o resto ( que pouco interessa ). E já agora, não acho boa ideia começar por tentar “vender” o nosso turismo, vamos sim oferece-lo gratuitamente, depois numa segunda fase, vamos sim “vende-lo”. O marketing é assim, dar primeiro…para depois quem quiser mais, ter de pagar. Agora como o iremos “dar” isso é que já vai ser mais complicado: aceitam-se propostas, mas não as enviem para mim, enviem-nas directamente para o “mundo”, ainda que esse mundo se resuma ao nosso pais.
Segunda-feira, 2 Fevereiro, 2009 às 15:41
Nuno Sabugal
Este texto, é sem dúvida alguma o fiel retrato do estado adormecido, imóvel e desleixado em que se encontra o “nosso” concelho.
Perante um texto destes, tenho apenas que concordar com a realidade nele implícita e com a qual infelizmente tenho que viver diariamente.
O Mono refere, com toda a razão, o facto de existirem perdidas por todo o concelho, todo esse sem número de placas dos mais variados tipos, formas e feitios, sendo que nenhuma delas se enquadra no panorama histórico. Panorama esse, que tanto nos poderia favorecer e o qual está completamente ditado ao abandono.
Na minha “vulgar” interpretação do estado do concelho, observo que existe e sempre existiu falta de interesse, conhecimento ou sabedoria, por parte de quem tem ocupado a “cadeira do poder”… Poderia ter-se explorado e dado a conhecer a todos (poucos) que visitam o nosso concelho, o que de belo e único por cá existe, levando a que dessa forma os visitantes pudessem voltar e até trazer mais gente, mas não, isso é o que menos tem tido importância para os executivos que por este município têm passado!
O Sr. Presidente do Município afirmou numa sessão da Assembleia Municipal, que a maior parte das obras que realizou no concelho, que segundo ele foram muitas, não se vêem e como tal o vulgar munícipe delas não tem conhecimento. Perante uma tão inteligente afirmação, urge-me perguntar ao Sr., Porque não faz obras visíveis?? Não quero nem por sombras considerar a única obra visível (Centro de Negócios Transfronteiriço do Soito) concretizada pelo presente executivo, embora por herança do anterior, como sendo uma obra que possa atrair visitantes. Não consigo imaginar os turistas a fotografar o referido “centro” sob a afirmação: “isto sim, é qualidade de vida! Que monumento! Realmente esse D. Dinis fez o que quis………”
Em relação a este assunto, resta-me apenas usar o sábio ditado: “Dá Deus nozes a quem não tem dentes”…
Quanto ao facto de o Toni não viver no Sabugal, gostaria de pedir a quem do alto da sua sabedoria e conhecimento, me possa enumerar de entre os Presidentes que o “nosso” município já teve, quantos viviam no Sabugal, antes ou durante o mandato? Isso foi impedimento para que fossem eleitos??
No meu ponto de vista, o Toni, ao aceitar tornar-se o “cabeça de lista” de uma candidatura à Câmara Municipal, virou a “SARNA” que faz comichão a tanta gente! Ainda bem! É bom sinal, porque se assim não fosse quereria dizer que a sua passagem era completamente despercebida e isso sim, era muito grave e preocupante.
Como conselho gratuito ao executivo do Município (digo gratuito, porque tendo em conta o nível de endividamento em que se encontra, não teria coragem para cobrar qualquer valor…) quero apenas deixar uma proposta para a designação do canal de televisão on line “Sabugal TV” que deveria passar a chamar-se CREDO (Canal Regional do Enterior Desquecido e Ostracisado)
Obs. Para os literários e diplomados que apenas frequentam os blogs para tecer comentários sobre a ortografia, literacia e estrutura frásica, deixo aqui um pedido de desculpas pela forma como se apresenta o nome do canal, mas se não gostarem é só dizer e o autor, (seja lá quem for) tentará alterá-lo por forma a agradar aos mais críticos…
Força Toni, continua a tirar o sono a quem se acomodou ao marasmo e á ignorância…
Tenho dito…
Segunda-feira, 2 Fevereiro, 2009 às 19:49
António Moura
Todos estes comentários à volta do “assunto”, fazem lembrar o longínquo paleolítico, onde os caçadores recolectores, à volta da fogueira discutiam os seus assuntos: a caça, os territórios e a guerra com outras tribos eram certamente matérias em destaque.
O domínio do fogo pelo homem é talvez ainda hoje a sua maior descoberta. Ela deu-se de forma empírica (observação e experimentação) hà cerca de 500 000 anos e permitiu aos primeiros hominídios, não só o aquecimento, a iluminação e a preparação de alimentos, mas algo que em consequência disto tudo e pelas suas características se tornou muito mais importante, a disponibilidade de tempo.
Esse tempo passado à volta da fogueira, que ainda hoje parece possuir um poder hipnótico e acolhedor no homem, contribuiu provavelmente mais do que qualquer outra coisa ao aparecimento da linguagem há 150 000 anos e da escrita há 10 000 anos.
Este Blogue, parece ser a fogueira à volta da qual os homens de hoje, usando a linguagem escrita, se degladiam em acelerados e subreptícios processos de argumentação, destinados à obtenção de um poder que poderá nunca ser verdadeiramente legítimo. A legitimidade não precisa de argumentos nem de decretos, tal como a verdade, ela é ou não é, e todos nós sabemos intuitivamente o que é justo e injusto. Por isso também, talvez a justiça, a legitimidade, a verdade e a mãe política, imiscuídas no “conciente colectivo” não passem de armas de um poder, que por todos ansiarem ninguém conscientemente rejeita.
Esta singularidade dos primeiros hominídios, revela todo o seu esplendor à medida que a batalha se aproxima.
A única diferença hoje é a luta ser entre os elementos da mesma fogueira.
GLOBALIZAÇÃO….
Terça-feira, 3 Fevereiro, 2009 às 12:28
JOSÉ DO BERNARDO
O DIFICIL NUNCA FOI FÁCIL…
Quarta-feira, 4 Fevereiro, 2009 às 23:07
António Moura
O difícil e o fácil fazem parte de um mundo de dualidades em que eu vejo sentido para viver, para mim são a mesma coisa, faces da mesma moeda que o factor tempo momentaneamente transmuta para devolver ao seu estado original.
Um mundo perfeito seria igualmente um mundo imperfeito, e ele claramente não é atingível senão na ilusão da sua busca, porque não existe.
Apenas existe um caminhar… um perder e recuperar de equilíbrios entre cada passo.