O ex-presidente da Câmara Municipal da Guarda, Abílio Curto, foi apanhado a sair de um Minipreço sem pagar dois sacos de pinhões. O autarca negou o crime e o supermercado decidiu não apresentar queixa mas o sucedido ficou registado na PSP da cidade da Guarda.
«Houve de facto uma ocorrência relacionada com o alegado furto de dois sacos de pinhões, mas não foi formalizada qualquer queixa pela entidade lesada. A ideia que ficou é que tudo não terá passado de um lapso», disse ao «24» Horas um responsável da PSP da cidade da Guarda.
A notícia, divulgada pela comunicação social local, conta que Abílio Curto tinha metido furtivamente as duas embalagens no bolso do casaco.
Abílio Curto explica: «Estive no Pingo Doce e comprei um saco de pinhões que me pareceram maiores e fui comparar. Na troca de mãos, meti o saco do Minipreço no bolso. Quando ia sair o alarme tocou», conta o ex-autarca.
A explicação não convenceu a funcionária do supermercado que chamou as autoridades. «Foi confirmado que o saco de pinhões que tinha comprado no Pingo Doce estava de facto na prateleira de frutos secos do Minipreço. Eu só queria comparar os preços».
jcl com semanário «Sol»
10 comentários
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Quarta-feira, 17 Dezembro, 2008 às 17:59
josnumar
Esta “notícia” faz-me recordar a do sapato que o jornalista atirou ao presidente americano. Porquê encher páginas de jornais e telejornais com estas ninharias? É mesmo para fazer barulho e confusão.
Quarta-feira, 17 Dezembro, 2008 às 19:15
anónimo
é muita escola…
Quarta-feira, 17 Dezembro, 2008 às 20:41
João Duarte
Isto, realmente, não é uma notícia.
Quinta-feira, 18 Dezembro, 2008 às 0:28
Jose Robalo
Como colaborador do blogue, não me identifico com este tipo de notícias. Respeito e decoro.
Quinta-feira, 18 Dezembro, 2008 às 0:38
jclages
Gostei muito de ler este email que me enviaram e que passo a publicar…
Carta enviada de uma mãe para outra mãe em São Paulo, após um noticiário na TV:
De mãe para mãe…
Vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, menor, infractor, das dependências da prisão
em São Paulo para outra dependência prisional no interior do Estado de São Paulo. Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho,
das dificuldades e das despesas que passou a ter, para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela mesma transferência. Vi
também toda a cobertura que os média deram a este facto, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONG’s, etc…
Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu protesto. Quero, com ele, fazer coro. No entanto, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho. Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo. Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família.
Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual.
Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a um vídeo-clube, onde ele, meu filho, trabalhava
durante o dia para pagar os estudos à noite.
No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias ao seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores na
sua humilde campa rasa, num cemitério da periferia…
Ah! Já me ia esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranquila, pois eu estarei pagando de novo, o colchão que seu
querido filho queimou lá, na última rebelião de presidiários, onde ele se encontrava cumprindo pena por ser um criminoso. No cemitério, ou na minha
casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas ‘Entidades’ que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto, e talvez indicar quais
“Os meus direitos”.
Para terminar, ainda como mãe, peço “por favor”:
Faça circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta (falta de
vergonha) inversão de valores que assola o Brasil e não só…
Como eu compreendo os defensores dos deputados que faltam às suas obrigações… E aqueles que vivem toda a vida à custa da política!
José Carlos Lages
Quinta-feira, 18 Dezembro, 2008 às 8:30
João Duarte
Caro José Carlos Lages: aqui estamos em profundo desacordo. Isto não é mesmo uma notícia. E eu nunca vivci da política.
Quanto à do sapato, isso é uma notícia. Não tem nada a ver uma coisa com outra.
Quinta-feira, 18 Dezembro, 2008 às 20:32
josé manuel de aguiar
Desculpem-me, mas isto é notícia!
Não houve queixa-crime, é certo. Mas também não houve oposição à desistência daquela, por parte do “arguido” perante o eventual “despautério” da menina da caixa registadora.
Um ex-presidente de câmara , que cumpriu pena de prisão por factos praticados no seu mandato – transitados em julgado note-se- envolvido nestas idiossincrasias e sem desmentido formal, é sempre assinalável.
Sexta-feira, 19 Dezembro, 2008 às 2:19
António Moura
É nestes momentos e sem grandes comparações, que vemos o peso de uma notícia.
Quanto aos camaleões, a agressividade sobe durante a época da reprodução e o mimetismo fica afectado…
Sexta-feira, 19 Dezembro, 2008 às 9:01
João Duarte
Caro José Manuel “Coimbra”: isto não é notícia. Porque colocas “arguido” entre aspas?
O facto de ter cumprido pena de prisão não é para aqui chamado, acho eu.
Assim, nunca mais há reinserção social.
Sexta-feira, 19 Dezembro, 2008 às 22:53
josé manuel de aguiar
Professor:
Coloquei arguido entre aspas por que não chegou a ser constituído e, também, porque falava em abstracto.
O conceito de reinserção social está ultrapassado. Hodiernamente, fala-se em inserção social. Para se falar de reinserção social é necessário admitir que os delinquentes alguma vez tenham estado inseridos socialmente. O que não se verifica na maior parte dos casos…
Aquele afectuoso abraço arraiano.