You are currently browsing the daily archive for Terça-feira, 9 Setembro, 2008.
A cidade da Guarda vai ter uma Unidade Local de Saúde (ULS) com gestão empresarial a partir de Outubro.
Entra em vigor no dia 1 de Outubro o Decreto-Lei n.º 183/2008, publicado no «Diário da República» de 4 de Setembro que define e aprova a criação de três unidades locais de saúde no distrito da Guarda, no Baixo Alentejo e no Alto Minho.
A ULS da Guarda irá integrar o Hospital de Sousa Martins (Guarda), o Hospital de Seia e os centros de saúde do distrito com excepção dos concelhos de Vila Nova de Foz Côa e de Aguiar da Beira.
A página web da Administração Regional de Saúde do Centro refere que «as unidades são organizadas em hospitais e centros de saúde integrando vários serviços e instituições do Serviço Nacional de Saúde numa única entidade pública empresarial» e servirão para «prestar cuidados de saúde primários, diferenciados e continuados, a toda a população da Guarda, quer os que se encontram inscritos no SNS quer os beneficiários dos subsistemas de saúde ou outros que contratualizem a prestação destes cuidados».
«A primeira USL foi criada em 1999 no município de Matosinhos e constituiu uma experiência inovadora», pode ler-se no preâmbulo publicado no dia 4 de Setembro no «Diário da República».
Ver notícia relacionada publicada no Capeia Arraiana em Junho de 2008. Aqui.
jcl
A «Imagem do dia» e a «Imagem da Semana» são dois destaques em imagens sobre acontecimentos, momentos ou recordações relevantes. Ficamos à espera que nos envie a sua memória fotográfica para a caixa de correio electrónico: capeiaarraiana@gmail.com
Data: Agosto de 2008.
Local: Habitação em Penalobo, propriedade da Câmara Municipal do Sabugal
Legenda: Residência e dormitório dos militares que iniciaram a construção da ligação à A23. Agora, em Setembro, na hora do recomeço dos trabalhos, está pronta a receber novamente a tropa de engenharia.
Autoria: Capeia Arraiana.
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O director do Teatro Municipal da Guarda (TMG), Américo Rodrigues, decidiu criar o produto farmacêutico «Auto-estima-te!» administrado através de um conta-gotas. A apresentação (em traje informal) está marcada para sábado, 13 de Setembro, às nove e meia da noite no Café Concerto do TMG.
Depois dos frasquinhos com «Ar da Guarda» à venda no posto de Turismo para levar como recordação o criativo e irreverente guardense, Américo Rodrigues, aposta em mais uma campanha de marketing directo. Nem mais nem menos que um enigmático produto farmacêutico do qual apenas sabemos que inclui o biologicamente famoso «Ar da Guarda» e que vai ser administrado por conta-gotas.
A «campanha promocional» destaca que «os especialistas (não se sabe bem em quê) dizem que falta auto-estima aos guardenses e a alguns egitanienses» e acrescenta a certeza emotiva de «que não gostamos da Guarda nem de nós próprios tendo o problema adquirido foros de patologia».
E qual cápsula do tempo, perdão, cápsula da moral vai ficar disponível no mercado (dando preferência ao comércio tradicional que tão necessitado anda do tal remédiozinho) o «Auto-estima-te!» que «será a nossa salvação enquanto terra e gente».
A irreverentemente séria iniciativa com tiragem muito limitada, simbolizada com um logótipo criado por Jorge dos Reis, pelo terá lugar no Café Concerto do TMG no dia 13 de Setembro a partir das nove e meia da noite.
A sessão de lançamento conta com os oradores Orlando Rodrigues, Vasco Queirós (médico de família) e Pissarra da Costa (psiquiatra).
E assim se combate a inércia e o silêncio com iniciativas que obrigam a falar (e bem) da Guarda com algum esoterismo à mistura.
A entrada é livre para todos os que se apresentarem «doentes».
Não é só na Guarda que se faz sentir a falta de «auto-estima» que alguns tentam destruir assumindo atitudes de «vale tudo até tirar olhos». Ou seja são, concerteza, as diferenças políticas entre os seguidores de dois livros com o mesmo título: «O Príncipe» de Maquiavel e o «Principezinho» de Saint-Exupéry.
jcl
«Não posso senão dizer-te que consideres isso que se chama opinião pública como o que verdadeiramente é: lixo» – Palavras do escritor Hermann Hesse a um amigo.
Hoje, o que se considera como opinião pública não é mais nem menos que a opinião do poder económico, político e mediático. Os povos nunca estiveram tão condicionados pelos interesses das agências de publicidade, televisão, jornais e revistas. Um exemplo? Portugal, que está a atravessar um dos períodos mais negros da sua história em todos os campos, desde o político, passando pelo social, económico, até ao moral, mesmo assim uma sondagem feita à opinião pública dá a vitória nas próximas eleições ao causador deste descalabro todo, o partido do governo.
O homem já deixou de ter influência no rumo das coisas, e isso aconteceu com a difusão da imprensa, foi substituído pelo grande capital e os meios de comunicação ao serviço desse mesmo capital. Com isto não é de admirar que tenha aparecido o pensamento único, o pensamento vigente no momento histórico em que vivemos.
Há meios de comunicação alternativos e livres onde se pode expressar uma opinião diferente, mas esses não chegam ao grande público nem estão em condições de nos defenderem da técnica de manipulação e desinformação praticadas diariamente pelos mass media.
Notam-se algumas diferenças ideológicas entre alguns sectores da comunicação social, mas no fundo todos apoiam a ideologia dominante, digam-se de esquerda ou de direita. Não nos mostram os verdadeiros problemas do Mundo nem as suas gritantes injustiças.
Estamos a assistir a um neototalitarismo mediático capaz de manipular sem um limite aparente a opinião pública. Leitor (a) não se deixe manipular, se isso lhe acontecer deixa de ser um cidadão um livre.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
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