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Um incêndio de grandes proporções no Terreiro das Bruxas, no concelho do Sabugal, foi combatido por 132 bombeiros com o apoio de meios aéreos, segundo informação da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). – ACTUALIZAÇÃO
Na tarde de hoje, 12 de Agosto, as chamas lavraram com intensidade na Serra d’Opa, entre o Terreiro das Bruxas e o Vale da Senhora da Póvoa, o que fez mobilizar para o local mais de cem bombeiros de diversas corporações, incluindo a do Sabugal, apoiados por meios aéreos.
O fogo deflagrou cerca das 15 horas. Face ao avanço rápido das chamas mobilizaram-se 132 bombeiros, apoiados por 33 veículos, dois helicópteros e dois aerotanques pesados Canadair.
Os aviões recolheram sucessivamente água na barragem do Sabugal, que depois largavam sobre as chamas. Atendendo à proximidade de quintas e povoações houve preocupações redrobardas por parte dos bombeiros, não havendo porém notícia de casas de habitação em perigo.
Segundo a ANPC o fogo do Terreiro das Bruxas foi circunscrito às 18 horas, tendo então sido desmobilizados os aviões, que regressaram à base.
No combate ao incêndio, para além de várias corporações de bombeiros voluntários, estiveram empenhados meios especiais, como duas equipas da Direcção Geral de Recursos Florestais, duas equipas e um Helicóptero da AFOCELCA (associação de empresas florestais) , uma equipa da Força Especial de Bombeiros e um Veículo de Planeamento, Comando e Comunicações, sob coordenação do Comandante Distrital.
plb
Duas iniciativas culturais importantes vão ter lugar na próxima quinta-feira, dia 14 de Agosto, na Casa do Povo, em Vale de Espinho, freguesia arraiana do concelho do Sabugal.
Uma é a apresentação do livro «Viagens na Minha Infância – Lembranças Romanescas» do natural desta mesma aldeia arraiana, Joaquim Tenreira Martins.
A outra á a criação da editora luso-espanhola Côa-Águeda, com sede provisória nos Fóios e em Ciudad Rodrigo, na Espanha.
Joaquim Tenreira Martins retomou o painel de azulejos de Sacavém, que se encontra no Fontanário do campanário de Vale de Espinho, com uma cena infantil escolar, datado de 1936, para colocar na capa do seu livro.
O livro consta de 19 capítulos – o autor tem horror aos números redondos! Cada um apresenta-se como uma espécie de conto, que tanto pode ser lido por crianças, como por pessoas de idade.
Há jovens que o estão a ler e o curioso é que se sentem obrigados a esclarecer com os pais as tradições, os costumes, os lugares, os antepassados. Cria-se com o livro um diálogo entre gerações, à volta de uma aldeia raiana dos meados do século passado.
No final da obra insere-se um glossário com cerca de mil vocábulos. A maior parte das palavras nem vêm sequer no dicionário, mas continuam a ser usadas pelos naturais de Vale de Espinho e arredores. É tempo dos investigadores linguistas se debruçarem sobre este linguarejar raiano-beirão e o inserirem nos seus dicionários.
Pela mesma ocasião, será anunciada a criação da editora Côa-Águeda, com a sua plataforma que tem por lema «Da cultura para o desenvolvimento» – já de si um verdadeiro programa! Através da Côa-Águeda, os seus fundadores, espanhóis e portugueses, pretendem fazer um apelo aos seus filhos dispersos um pouco por toda a parte para que as suas ficções artísticas e literárias possam ser publicadas na terra onde nasceram e irradiar a partir daqui. Á semelhança do que aconteceu na pequena aldeia de Fóios, que tem uma plêiade de escritores, qual deles o mais valioso, e que não conseguiu editor para os seus manuscritos, também o mesmo se passará noutras terras do interior. A editora Côa-Águeda abre-lhes agora as suas portas.
O interior é motivo de inspiração para todo o domínio artístico. As artes precisam de sossego, de paz, de espaços livres e de horizontes a perder de vista. A raia beirã e a sua congénere espanhola é um oásis onde a natureza é mãe e rainha. Portugal está virado unicamente para Lisboa. Ela é o centro, o resto é o interior.
A fundação da Côa-Águeda é uma atitude de protesto e de apelo a todos os que pretendem modificar este estado de coisas.
Como dizia Miguel Torga, «pode ser que o exemplo seja seguido, e o êxodo, que empobreceu a nação comece a fazer-se em sentido inverso, e as nossas misérias e tristezas mudem de fisionomia porque Portugal necessita urgentemente de ser repovoado».
A editora Côa-Águeda nasce de mãos dadas com uma outra editora sediada no Porto, O Progresso da Foz, que, paralelamente à sua actividade editorial, tem um interessante passado cultural, literário e jornalístico.
Neste contexto, tivemos a preciosa colaboração do editor, Dr. Joaquim Pinto da Silva, director do Progresso da Foz, que numa atitude cívica fora do vulgar nos abriu as portas para que este sonho se tornasse realidade.
J.V.
As novas tecnologias chegaram e com elas um leque alargado de possibilidades. Com o Cartão do Cidadão os portugueses vão passar a ter um novo e mais prático documento de identificação.
Segundo a página oficial do Cartão do Cidadão (www.cartaodecidadao.pt) já foram emitidos 144 mil cartões e 30 mil aguardam por ser levantados pelos seus titulares.
Este cartão vai permitir substituir o Bilhete de Identidade e os cartões da Segurança Social, do utente do Serviço Nacional de Saúde e o do Contribuinte. No futuro, quando a nova lei eleitoral estiver publicada, o Cartão de Eleitor também vai fazer parte desta união.
Esta multifuncionalidade vai permitir ao cidadão uma intervenção mais rápida e segura nos seus assuntos. A fotografia, o chip comos dados identificativos e a assinatura digitalizada trazem uma maior segurança á sua utilização.
Neste momento existem em Portugal 248 locais de atendimento com o serviço de «Cartão do Cidadão». No distrito da Guarda temos, segundo informação do portal do Cartão do Cidadão, os serviços de emissão disponíveis nas Conservatórias do Registo Civil de Almeida, Aguiar da Beira, Celorico da Beira, Figueira Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Meda, Pinhel, Sabugal, Seia, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa. Ou seja, todo o distrito está já coberto com o novo serviço.
Portal do Cidadão, bem como o Portal da Empresa, disponibilizam informação diversificada sobre este novo documento e, desde já, possibilitam a todos os detentores do Cartão a realização de alguns serviços online.
aps
«Westpolitik» é a aproximação da União Europeia aos Estados Unidos, para uma cooperação económica e política.
Muitos políticos e tecnocratas europeus formaram-se em universidades americanas e agora tentam aproximar o modelo capitalista europeu ao americano. Vêem nele a única alternativa para a U.E. vir a ser uma potência competitiva. Um ex-ministro alemão e hoje presidente de um grande lobby europeu da indústria automóvel, propôs criar uma «área atlântica de prosperidade» que seria, nem mais nem menos, do que um liberalismo económico extremo com posições políticas muito próximas do radical-conservadorismo norte-americano.
Também o ex-chanceler alemão Helmut Schmidt publicou no Diet Zeit uma carta aberta com perguntas aos candidatos presidenciais norte americanos. Entre elas estava uma que dizia: «nós os europeus poderemos vir a participar nas primárias americanas?» Os políticos que mais trabalham para a aproximação, são Sarkozy e a senhora Merkel. França e Alemanha, os dois motores da União Europeia. Sarkozy está a ser influenciado pelo lobby judaico, a senhora Merkel pelo protestantismo.
A Europa tem larguíssimas centenas de anos de história e conheceu grandes transformações políticas, económicas, culturais, sociais e religiosas. Os Estados Unidos são um país sem raízes históricas profundas, o passado mais distante que se lhes conhece é da altura do começo da modernidade na Europa. Mas talvez tenha a idade suficiente para iniciar a perca da sua hegemonia mundial. Todos os impérios caíram, este não vai ser excepção. Mas nessa queda arrastará a Europa com ele, se esta não se afastar das suas políticas económicas e militaristas.
Outro império e outra civilização estão em gestação.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
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