Sem a definição de uma estratégia por parte da organização política e de um(a) candidato (a) com perfil adequado para a sua concretização tudo será feito ao acaso, ao sabor das circunstâncias do momento e nada mais!

Joaquim Ricardo («Ideias Soltas»)O concelho do Sabugal, está já em plena campanha eleitoral para as autárquicas que hão-de acontecer no ano de 2009, talvez no mês de Novembro. O PS já escolheu o seu candidato e fez questão de tornar público o seu nome – António Dionízio, chefe de finanças do mesmo concelho que aproveito, daqui, para o saudar e desejar-lhe sorte nesta sua nova missão. Os restantes partidos da praça – PSD, CDS, PCP e talvez outros (?) estão à procura de um (a) candidato (a) para encabeçar as suas listas à autarquia. Para ajudar a encontrar o (a) candidato (a) ideal, permitam-me, que a partir deste espaço de divulgação lançar um repto aos partidos que ainda não têm candidato (a) para que lancem um anúncio nos órgãos de comunicação social divulgando o perfil que pretendem para o seu (sua) candidato (a) a candidato (a). Assim propunha, a bem do futuro do concelho, o seguinte texto:

«PROCURA-SE candidato(a) a candidato (a) com o seguinte perfil: Homem ou mulher ambicioso (a) e empreendedor(a). O (A) candidato (a) a candidato (a) deverá definir clara e inequivocamente qual seria, em caso de vitória: A sua Missão ou seja o que pretende proporcionar aos seus munícipes; Os Valores pelos quais irá reger-se durante o exercício do seu mandato; Qual é a sua Visão ou seja, no final do seu mandato como deseja ver o concelho que governou e foi seu principal responsável e, por último, qual a sua Estratégia para realizar tudo aquilo a que se propõe, isto é, quais serão os principais projectos em que vai assentar o seu mandato para realizar os seus objectivos. Para completar deverá também entregar, conjuntamente com as propostas referidas atrás, um “Curriculum Vitae” detalhado sobre qual foi o percurso da sua vida profissional e académica e ainda juntar uma relação das obras por si idealizadas e realizadas.»

Os partidos destinatários das propostas apresentadas pelos candidatos (as) a candidatos (as), teriam assim oportunidade de organizar uma lista onde os (as) candidatos (as) seriam relacionados (as) de acordo com as propostas apresentadas e de acordo com aquilo que eles (partidos) desejam dos (das) candidatos (as) a candidatos (as) a quem irão deixar os destinos de tão importante concelho.
A definição do perfil é, em meu entender, mais importante que o (a) candidato (a) a nomear. As organizações responsáveis têm obrigação de definir qual a sua estratégia para a região que servem e depois procurar o perfil do homem ou mulher que lhes dará garantias da sua concretização. Sem a definição de uma estratégia por parte da organização politica e de um (uma) candidato (a) com perfil adequado para a sua concretização tudo será feito ao acaso, ao sabor das circunstâncias do momento e nada mais!
O processo de escolha de um (uma) candidato (a) não pode fundar-se em «vingançazinhas» caseiras, de interesses pessoais e mesquinhos, do resultado de conversas de café ou ainda do lugar que provisoriamente o «presidenciavel» ocupa e das «influências» que pode mover a seu favor. Os responsáveis pela escolha de um (uma) candidato (a) são os primeiros responsáveis pelo sucesso ou insucesso do futuro gestor (a) local e isso deverá ter consequências no lugar que ocupam na organização. Senão, todo o processo de nomeação é uma farsa, o povo nunca lhe perdoará e não tardará a julgá-lo impiedosamente a si e depois à própria organização que nele confiou os seus destinos.
«Ideias Soltas», opinião de Joaquim Ricardo

dr_jfricardo@hotmail.com