O ministro da Agricultura, Jaime Silva, declarou quarta-feira, 31 de Outubro, que a doença da língua azul foi detectada numa exploração pecuária no concelho de Penamacor, num local próximo à fronteira com Espanha.

Ovelha com a doença da lingua azulTrata-se do primeiro foco da doença que atinge ovelhas a norte do rio Tejo, seguindo-se este a outros casos confirmados no Alto Alentejo.
Em algumas explorações do Alentejo as ovelhas foram já alvo de vacinação, numa tentativa inicial de travar a expansão da doença. Porém apenas dentro de alguns dias a vacina estará disponível em grandes quantidades e de forma gratuita. Mas nem todos os rebanhos serão vacinados, tendo de se dar prioridade aqueles que ainda não foram atingidos pela doença mas que correm esse risco.
No distrito de Castelo Branco havia já 65 explorações sob suspeita e alguns animais mortos com sintomas da doença da língua azul, mas ainda não confirmados. No distrito da Guarda não está identificada qualquer exploração como suspeita, situação que poderá mudar com a confirmação destes casos em Penamacor, pois a epidemia pode alastrar muito rapidamente.
Actualmente cerca de 600 explorações pecuárias estão sob suspeita em todo o país, no entanto o Ministério da agricultura considera que a situação não é alarmante.
O governo anunciou que vai apoiar financeiramente os produtores cujos rebanhos sejam afectados pela enfermidade. Os apoios passarão pela concessão de uma verba que varia entre os 55 e os cem euros por cada ovelha atingida.
A língua azul é uma doença que pode afectar todos os ruminantes, mas que apenas se manifesta de forma grave na espécie ovina. A transmissão é feita através de uma picada de mosquito e o tempo quente que se tem feito sentir neste Outono pode criar condições para o seu alastramento. A epidemia não afecta o ser humano nem constitui perigo para a saúde pública.
plb